Coração Valente |
Está chegando a hora de cada brasileiro refletir no futuro
que deseja para o país nos próximos quatro anos, e nessa análise, é claro
que cada um vai se posicionar dentro do seu quadrado de idéias e conceitos,
entretanto, para além de nossas divergências e/ou identidades políticas, é chegada
a hora de pautar em que campo democrático vamos nos posicionar.
E nesse campo das idéias, o samba, perseguido e
marginalizado pela direita, exilado nos anos de chumbo durante a Ditadura
Militar, oprimido pelo regime conservador que governou esse país com mãos de
ferro, num tempo em que as liberdades foram suspensas e restritas, e que escola
de samba tinha de ter enredo censurado e confiscado pelo Governo, não se pode admitir que depois de tanta luta vamos entregar nossas conquistas à um presidente fascista,
ditador, aventureiro e oportunista.
Este espaço nunca antes fora utilizado, em defesa de
qualquer evidência partidária, embora não faça questão alguma de esconder todo
respeito, admiração e militância sempre no campo de uma política de esquerda,
que seja progressista, libertária e difusa aos direitos humanos, minhas posições, diferente de muita gente que anda por aí, sempre foram muito claras e concretas as minhas posturas diante de qualquer tema gostem ou desgostem,
não dá para se construir conceitos em cima do muro, foi assim que meus pais me ensinaram.
Muito longe de suas origens começa a se desmascarar toda
arte aventureira e quase que ordinária da candidata que em três anos passou por
três partidos políticos e agora quer pregar uma nova política, utiliza uma jato em sua campanha identificado como financiado
por uso de Caixa 2, com seu marido sendo indiciado por desvio de dinheiro público,
que escreveu seu Programa de Governo à lápis, onde ao sabor da opinião dos
conservadores vai trocando e voltando atrás de seus compromissos, como o fez
quando num dia se posicionou à favor da Criminalização da Homofobia e do
Casamento Gay, e após 4 twitter de um certo pastor chamado Silas Malafaia
criticando sua postura retrocedeu, rasgando a página, alguém que deseja a independência do Banco Central para favorecer os banqueiros desse país e promover o arrocho salarial, a revisão dos Direitos Trabalhistas, a redução da exploração do Pré-Sal, e tantas conquistas do povo brasileiro.
Ao se comparar a posição de cada candidato nestas eleições,
o povo do samba, ao qual me enquadro perfeita e apaixonadamente, não consegue aceitar e ligar seu voto a uma candidata que
declarou pautar suas decisões na Bíblia, com todo respeitos às religiões de
matriz cristã, vivemos num país Laico, onde não se pode admitir a
possibilidade de se misturar política com religião. Num suposto governo
liderado por uma presidente conservadora e autoritária, manipulada pelas
Igrejas Evangélicas, onde ficariam os recursos para o carnaval brasileiro? Teríamos
espaço, incentivos e liberdade para desenvolvermos enredos de matriz africana,
da fé que não seja cristã, de temas que não sejam aceitos pelos
fundamentalistas? Ou teríamos as amarras em volta das escolas que são de samba?
Embora todo discurso oportunista se faça neste momento, é
preciso lembrar que sempre fomos vistos como “festa do diabo” ou termologias
bem parecidas envolvidas com o preconceito e retrocesso de todas as nossas
conquistas em defesa do samba.
Esta eleição será marcada não apenas por se gostar ou não de
um partido, mas por se garantir direitos conquistados, que neste momento estão
em risco pela candidatura de Marina Silva e sua trupe fundamentalista.
Pensando na cultura, na diversidade das idéias, artistas se
reuniram no Rio de Janeiro neste setembro de ideias, para assinarem um manifesto em apoio à presidenta
Dilma Rousseff, que definiu muito bem sua posição à favor da Cultura e diversidade cultura deste país, gente ligada ao samba em sua grande maioria, artistas e
intelectuais expressivos estão nesta luta, como é o caso de: Alcione, Beth
Carvalho, Antonio Pitanga, Chico Buarque, Chico César, Leci Brandão, Leonardo
Boff, Luís Fernando Veríssimo, Luís Nassif, Nelson Sargento, Noca da Portela, Osmar
Prado, Ângela Vieira, Paulo Betti, Rildo Hora, Saturnino Braga, Tonico Pereira,
Zezé Motta e tantos outros grandes brasileiros, confira na íntegra o documento
que também está disponível para adesão no site www.dilma.com.br e assine também o
Manifesto.
MANIFESTOS DE ARTISTAS E INTELECTUAIS:
A PRIMAVERA DOS DIREITOS DE TODOS:
GANHAR PARA AVANÇAR
Os brasileiros decidem agora se o
caminho em que o país está desde 2003 é positivo e deve ser mantido, melhorado
e aprofundado, ou se devemos voltar ao Brasil de antes - o do desemprego, da
entrega, da pobreza e da humilhação.
Nós consideramos que nunca o Brasil
havia vivido um processo tão profundo e prolongado de mudança e de justiça social,
reconhecendo e assegurando os direitos daqueles que sempre foram abandonados.
Consideramos que é essencial assegurar as transformações que ocorreram e
ocorrem no país, e que devem ser consolidadas e aprofundadas. Só assim o Brasil
será de verdade um país internacionalmente soberano, menos injusto, menos
desigual, mais solidário.
Abandonar esse caminho para retomar
fórmulas econômicas que protegem os privilegiados de sempre seria um enorme
retrocesso. O brasileiro já pagou um preço demasiado para beneficiar os
especuladores e os gananciosos. Não se pode admitir voltar atrás e eliminar os
programas sociais, tirar do Estado sua responsabilidade básica e fundamental.
O Brasil precisa, sim, de mudanças,
como as próprias manifestações de rua do ano passado revelaram. Precisa, sem
dúvida, reformular as suas políticas de segurança pública e de mobilidade
urbana. Precisa aprofundar as transformações na educação e na saúde públicas,
na agricultura, consolidando com ousadia as políticas de cultura, meio ambiente,
ciência e tecnologia, e combatendo, sem trégua, todas as discriminações.
O Brasil precisa urgentemente de
uma reforma política. Mas precisa mudar avançando e não recuando. Necessita
fortalecer e não enfraquecer o combate às desigualdades. O caminho iniciado por
Lula e continuado por Dilma é o da primavera de todos os brasileiros. Por isso
apoiamos Dilma Rousseff.
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