sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Site Carnavalesco elege os melhores sambas do carnaval 2014

Mapa das Notas Sambas de Enredo 2014
Raphael Azevedo - Repórter do jornal O DIA

Mocidade - 10
A "estreia" de Dudu Nobre nas disputas de samba foi em grande estilo. O refrão principal é muito forte, e a letra é um verdadeiro presente para os componentes e torcedores da Mocidade, que sonham com a volta ao topo do Carnaval. A homenagem ao lendário Fernando Pinto também emociona. Além disso, a melodia é criativa e bem interessante. O bom resultado se completa com o desempenho da bateria e sua batida característica.

Imperatriz - 9.9
Com refrão de fortíssimo apelo popular e melodia inspirada, o samba da Imperatriz em homenagem a Zico tem tudo para fazer história na Sapucaí. E tomara que faça. A obra de Elymar Santos, Guga e parceiros tem poesia e trechos emocionantes. A gravação oficial, no entanto, não captou todo esse potencial.

Salgueiro - 9.9
Há tempos não se via um samba tão idolatrado por sua comunidade como esse. O "quesito" emoção fez com que o hino do Salgueiro se tornasse um sambaço. A primeira parte tem passagens melódicas bem interessantes e faz a composição explodir no refrão do meio com uma emocionante exaltação aos orixás. Apesar de não ter refrão principal, a obra consegue crescer na segunda parte com o verso "meu samba vai tocar seu coração", que já virou uma espécie de "mantra." O coro dos componentes, que se destaca no ínício da gravação, é outro momento arrepiante.

Portela - 9.9
Pelo terceiro ano seguido, o samba da Portela foge do óbvio, dos formatos tradicionais, e se destaca pela originalidade. A letra tem conteúdo e cita momentos importantes da história do Rio, além de exaltar o carioca com trechos de pura poesia. A melodia tem grandes momentos. Em sua estreia na Portela, o veterano Wantuir cumpriu sua missão com garra e competência. O samba é gostoso de cantar e pode crescer bastante até o Carnaval.

Vila Isabel - 9.9
Mais uma bela obra dos professores André Diniz, Evandro Bocão e Arlindo Cruz e seus parceiros. Apesar do enredo extenso, a letra é bastante descritiva, com conteúdo e tem boas soluções poéticas e melódicas. O refrão principal é fortíssimo e arrepia com os versos "O samba é a minha natureza, é bom lembrar / Tem que respeitar."

Mangueira - 9.8
Mais uma grande obra da turma de Lequinho, Igor Leal e parceiros. Apesar do enredo extenso e com muitas citações, o samba conseguiu traduzir tudo isso com emoção e versos inspirados como "Ao longe todo mundo me conhece / O meu samba é uma prece / Desço o morro pra mostrar." Na segunda parte, a composição cresce e emociona ao exaltar o momento de 'renascimento' que a escola vive. O único pecado na letra é o exagerado destaque com três versos para a Parada Gay de São Paulo (apesar da sua relevância). Vale destacar, no entanto, a acertada lembrança do "supercampeonato" de 1894, no ano que o mesmo completa 30 anos. A (empolgante) interpretação de Luizito é digna de aplausos.

União da Ilha - 9.8
Melhor samba da União da Ilha dos últimos tempos. A letra é inspirada e tem boas sacadas, principalmente na segunda parte. O refrão do meio, no entanto, fica aquém do restante. Na gravação, a interpretação de Ito Melodia é outro ponto positivo, assim como a atuação da bateria de mestre Thiago Diogo, que já estreia deixando sua marca.

Unidos da Tijuca - 9.8
Tem, no refrão do meio, o seu grande diferencial, principalmente pelo desenho melódico. A letra conseguiu retratar o enredo, que fala de Ayrton Senna e da velocidade de uma maneira geral, de forma clara e objetiva. Faltou só mais um pouquinho de riqueza poética. No entanto, os últimos versos da segunda parte, que exaltam Senna, são emocionantes e nos fazem lembrar claramente de como era bom acordar cedo aos domingos para ver a Fórmula-1.

Beija-Flor - 9.7
Acostumada a ter sambas quase sempre perfeitos, a Beija-Flor deixou um pouco a desejar. Os compositores tiveram que "tirar leite de pedra" para exaltar Boni e ainda fazer um passeio pela história da comunicação na mesma letra. Faltou poesia e mais conteúdo. A parceria teve mais sucesso, no entanto, na melodia, que é fácil de pegar. Amigo do homenageado, Neguinho da Beija-Flor acertou no andamento e mostrou todo seu talento na gravação.

Império da Tijuca - 9.6
O refrão principal é poderoso, forte, e muito bem sacado. A letra tem bastante conteúdo, lembra a força de "Kizomba" e ainda exalta a fundação do Império da Tijuca, que surgiu bem antes do Império Serrano. Após tanto tempo fora do Grupo Especial, é importante a escola exaltar o orgulho do componente e lembrar seu pioneirismo aos "desavisados." Além disso, a presença do competente puxador Pixulé no CD do Grupo Especial é um fato a ser comemorado.

São Clemente - 9.5
Um enredo tão forte como esse merecia um samba um pouco mais inspirado. Apesar de boas passagens, a letra peca no uso de alguns clichês. A melodia tem acertos, e é a coisa mais interessante da obra. A garra e a alegria de Igor Sorriso também merecem destaque.

Grande Rio - 9.5
Apesar da sinopse poética, o samba da Grande Rio não conseguiu exaltar Maricá sem abusar de clichês. Versos como "joga a rede pescador" e "o couro vai comer" pecam pela falta de criatividade. A letra, no entanto, tem acertos. E a melhor parte do samba está no fim da segunda parte: "O sol que bronzeia a morena / revela em seus olhos o brilho do mar / deixei o vento me levar No meu barquinho pelo mundo a navega."

Leonardo Bruno - editor do jornal EXTRA e titular da coluna Roda de Samba

Império da Tijuca 10
Um samba que te tira da cadeira, faz o "chão tremer" realmente. Melodia deliciosa, proporcionando um samba guerreiro, com a cara do Império da Tijuca. O enredo inteiro é compreendido numa letra claríssima. Nota 10!

Mangueira 10
Com esse samba, já dá para imaginar a Mangueira desfilando, com seu componente vibrando na Avenida. É samba de garra, de explosão. E veja a diferença que faz um bom enredo: tudo o que é dito na letra é compreensível, os mangueirenses cantam sabendo exatamente o que estão dizendo. E como é bom ouvir Luizito! Ninguém melhor do que ele para ocupar o lugar de Jamelão. Luizito não foi valorizado nos últimos anos, mas espero que volte a ser exaltado como o grande cantor da verde e rosa.

Portela 9,9
Um samba que oferece várias nuances melódicas, ótimo para o canto, como a Portela tem feito nos últimos anos. A melodia não se torna previsível em momento algum. Logo na cabeça, traz um delicioso ôôô, mostrando o canto do Cais do Valongo, que me remeteu aos sambas tradicionais. O samba tem uma pequena queda a partir do trecho da Revolta da Chibata.

Salgueiro 9,9
O "refrão" principal é muito inteligente, funcionando como refrão sem ser (já que não repete a estrofe). Mas a volta do "canta, Salgueiro" é surpreendente e cai como uma luva para chamar o componente. O refrão do meio também é bem construído para envolver o desfilante. O enredo não fica tão claro na letra.

Mocidade 9,8
Um bom samba, com passagens interessantes que remetem ao falar pernambucano. O refrão principal, embora forte e com apelo emocional aos torcedores, me parece deslocado em relação ao restante do samba.

Imperatriz 9,7
Inicialmente, o samba causa estranheza, por ser difícil reconhecer a Imperatriz nele. Mas depois, vemos que tem uma boa letra, onde o enredo é claramente explicado. Letra e melodia chamam o tempo todo para a emoção do torcedor, a paixão do futebol, mas a gravação morna do disco acabou enfraquecendo essa característica.

Vila Isabel 9,5
Um samba que tem dificuldade para explicar o enredo. A melodia é simples, com brilho em poucos momentos. O samba parece adotar um estilo uniforme todo o tempo, sem um grande trecho de explosão ou emoção.

União da Ilha 9,5
União da Ilha + brinquedos = samba leve. Certo? Errado. Falta leveza ao samba da Ilha, o que era obrigatório nesse enredo. O refrão principal tem alguma inspiração, mas ela não reaparece no restante do samba. A letra tem passagens interessantes, mas a melodia é pouco criativa.

Grande Rio 9,4
Melodia fraca durante todo o samba. Quanto à letra, parece que os compositores não tinham muito a falar sobre Maricá. Nossa solidariedade a eles: é dureza fazer samba para um enredo desses.

Unidos da Tijuca 9,3
Esse tipo de enredo de recortes, com imagens estanques, que não contam uma história, até hoje não rendeu um samba bom. E mais uma vez a Tijuca vem com um samba todo entrecortado, sem ligação entre as partes. A melodia é simples, sem grandes novidades. Alguns trechos deixam muito a desejar, como "Impressionante a ousadia / A internet ultrapassou a energia".

São Clemente 9,2
Boa parte da sinopse fala em irreverência, mas não se nota isso em momento algum do samba, que em um de seus versos fala "rico de emoção" - justamente algo que lhe faltou. O refrão principal e o do meio são pobres.

Beija-Flor 9,1
Samba arrastado, que não consegue contar uma história. Tem alguns trechos ruins ("Um lado a comunicar, o outro comunicou") e outros inacreditáveis ("Mostra que babado é esse de samba no pé") - culpa do enredo, que vai de Boni ao Babado da Folia. Nem Neguinho da Beija-Flor, que é quem melhor grava o disco do carnaval, salvou o samba.

Marcelo de Melo - editor no jornal O Globo

Império da Tijuca: 9.9
Samba  empolgante e que permite muitas bossas da bateria, o que é conveniente para o enredo, "Batuk". A melodia é variada, sem perder a unidade, e tem grandes chances de ser um dos motivos de um desfile valente. Porém, algumas soluções melódicas e da letra são comuns.

Grande Rio: 9.1
Melodia marcheada, sem variação, com possibilidades de resultar num desfile arrastado. A letra não tem criatividade e o refrão final reúne clichês que nada querem dizer e poderiam estar num samba sobre qualquer enredo: "O couro vai comer!", "Sou emoção" e  "Canta meu povo, bate forte coracão!"

São Clemente: 9.8
O melhor samba da escola nos últimos anos. Interessante a descrição do surgimento das favelas na primeira parte. Boa segunda parte, na qual tanto letra quanto melodia encaminham bem a "conclusão". Falta, porém, um trecho de impacto.

Mangueira: 9.8
Do ponto de vista funcional, é muito bom porque deve facilitar a evolução, empolgar os componentes e se integrar com a bateria da escola. Como obra musical, não tem grande brilho. A letra faz uma descrição lírica das festas, assunto do enredo. Interessante que, ao se referir à Parada Gay de São Paulo, assume um conteúdo  político, alertando para  o respeito à diversidade. No tom adequado.

Salgueiro: 10
O melhor samba do Salgueiro nos últimos dez anos. Melodia ambiciosa no bom sentido, à altura  de narrar uma grande saga, capaz de proporcionar um  desfile de peso. Fica claro que os compositores quiseram ir  além do refrão  para "animar a galera", mas que, na prática, banalizava a vermelho e branco. E a letra dá claramente o recado em favor da sustentabilidade, sobretudo no verso: "É uma questão de querer aprender a cuidar"

Beija-Flor de Nilópolis: 9.6
Melodia razoável e que indica claramente a opção da escola de Nilópolis por sambas de verdade, em detrimento de verdadeiras marchinhas que predominam em outras agremiações. Mas, à primeira audição, não é empolgante e seu desempenho, mais do que nunca, vai depender da conhecida valentia dos  componentes da azul e branco. A letra não é muito clara quanto ao conteúdo do enredo.

Mocidade: 9.5
Marcheado e sem variação. Letra e melodia de pouca criatividade e com grandes chances de soar cansativo no desfile.

União da Ilha: 9.5
A letra tem (poucos) momentos inspirados, com uma descrição lírica da relação das crianças com os brinquedos. A melodia não empolga e o verso "E pegue na estante, um livro fascinante" tem sonoridade desagradável. Uma pena, porque a ideia de mostrar a leitura  como uma brincadeira capaz de fazer a garotada viajar é uma boa sacada. Grande chance de repetir 2013 com a homenagem a Vinicius de Moraes: um assunto interessante mas melodia monótona.

Vila Isabel: 9.4
Um samba sem personalidade, comum. A melodia é irregular, sem unidade, com trechos que nem parecem fazer parte da mesma obra. O trecho  "A brasilidade aflora no sertão" é particularmente incômodo por dois motivos: o canto não é confortável porque a letra mal "cabe" na melodia e o texto é  incompatível com a poesia que um samba deve ter. E essas características  se repetem em outras partes da composição.

Imperatriz: 9.7
Bom samba. Mas tanto a melodia quanto a letra são "contidos" demais quando se leva em conta o assunto em questão, a homenagem a Zico. Seguindo a abordagem escolhida pelo carnavalesco, é formal demais para falar de futebol. Falta um momento para levantar a galera.

Portela: 9.6
Belo refrão final. O início é bonito. Mas a letra tem  trechos de solução fácil e melodia irregular em alguns momentos. Alguns versos parecem não caber no tempo do canto.

Unidos da Tijuca: 9.6
Um samba sem emoção nem adrenalina, o que, numa obra que tem como mote os 20 anos sem Ayrton Senna, é surpreendente. Melodia linear e  letra sem grande inspiração. Não deve comprometer o desfile mas tampouco levar  a escola à vitória. Se o título vier, será por outros motivos.

Fábio Fabato - site Galeria de Samba

Avaliação geral: não há um samba-enredo com a qualidade de Vila Isabel 2013 e Portela 2012, mas a média geral é alguns décimos melhor do que nos últimos anos. Luizito mandou bem, Roosevelt Pixulé faz um bem danado pros ouvidos, Mocidade se recuperou à moda da casa e com gente da casa, o babado do Boni tem pinta de novela com barriga, Portela e Salgueiro ousaram mais que as outras no formato de suas obras, o bolo de fubá da Vila está menos saboroso dessa vez. E que venha 2014, seus enredos e desenredos, para a delícia, dor, sabor e desamor dos que são abastecidos anualmente pelo combustível que move o palco iluminado. “Dá-lhe, dá-lhe, dá-lhe ô... O show começou!”. Observação: as falas dos carnavalescos antes de cada faixa representam a ideia mais equivocada do século!

Salgueiro – Bonito, vigoroso, com todos os elementos pamplônicos e Djalma-sabiáticos que chamam os salgueirenses para o front. (10)

Imperatriz – Não é perfeito como uma falta cobrada pelo Galinho, mas dá conta do recado. Tem todos os ingredientes para fazer a Avenida delirar, apesar de haver perdido um pouco do gás na (bela) voz do Plácido Domingos do samba. (9,7)

Beija-Flor – Dona Beija é sempre favorita, mas o samba (que era o melhor da disputa), ao contrário do histórico de obra geniais da agremiação, está mais para “Amor à Vida” do que para “Avenida Brasil”. O verso “Que babado é esse” ganha o prêmio “Pelas contas do rosário” do ano. (9,4)

Mocidade - A mistura de Fernando Pinto com Pernambuco, com Dudu Nobre e as bênçãos de Lenine, deu em belíssimo resultado. O refrão de cabeça (ou final) é um Alceu Valença (medida de qualidade que inventei) abaixo do restante da obra, mas nada que atrapalhe o autêntico exorcismo Poético-Pernam-Fernan-Pintista para o natimorto carnaval do Rock in Rio. (10)

Vila Isabel - Longe de ser o “bolo de fubá” dos últimos dois anos, longe de um samba ruim. A competência sabida da parceria, mas com menos água no feijão com relação a brilho melódico e poético. (9,7)

Portela – Parece truncado ali na meiúca, mas é feliz, desamarrado, não-engaiolado, sem pegadas “mudernosas”. Para sair desfilando sem pensar nos agruras da vida, nos problemas para conseguir mandar fax na hora de comprar ingresso e coisas afins. (10)

Grande Rio – Samba com cara de obra fervida dos anos 80 e 90. Seria “cult” nos dias de hoje, caso tivesse sido composto em, sei lá, 1985. Longe dos melhores do ano, mas com o mérito de driblar a melancolia presente no DNA e no copo da homenageada. (9,7)

União da Ilha – Depois de deixar marrom a Bossa Nova (inda bem que Roberto Carlos é da Jovem Guarda...), a lha parece querer voltar à alegria Augustiana que marcou sua história. O samba tem algumas passagens pouco inspiradas, mas apresenta o mérito de tentar recuperar o sorriso da escola. Pode crescer. (9,6)

Unidos da Tijuca – O samba apresenta todos os ingredientes da interessante “corrida maluca” proposta pelo tema, mas está muito mais para uma Ligier (quem se lembra?) do que para as velhas McLaren e Williams dos eternos duelos de Senna com Prost. (9,5)

Mangueira – Luizito não enfeita, não faz firulas, não economiza. E não erra. Samba com a cara da escola, até parecido com alguns recentes, e que cresceu muito na gravação oficial. Perde o fôlego no finzinho – poderia ter uns quatro versos a menos - mas recupera na virada pro refrão de cabeça. Vai explodir. (9,8)

São Clemente – Não decola, não apresenta as características principais da mais irreverente entre as escolas. A letra e a melodia, com oscilações a todo instante, não marcam. Faltou Bububu. E Bobobó, claro. (9,4)

Império da Tijuca – Bonita obra (apesar de algumas oscilações em letra e melodia), com o vigor e frescor de uma escola que se reposiciona entre as grandes na carona de muito talento para fazer samba. Roosevelt – sim, este é o nome do sempre bom Pixulé – mais uma vez pilota com maestria o formigueiro de bambas. (9,9)

Aydano André Motta - jornal O Globo

Vila Isabel - Sofre na comparação com a obra-prima de 2013. A gravação está muito acelerada. Um degrau abaixo do alto padrão a que a escola se habituou. 9.6

Beija-Flor - O enredo difícil foi um adversário para os compositores. Um pouco mais curto do que o normal, o samba é um esforço louvável, que usa slogans da TV Globo para identificar o homenageado. O grande Neguinho da Beija-Flor está muito bem na gravação e conduz um samba cadenciado, que patina no inevitável "Boni, tu és o astro da televisão". Mas a comunidade cantará forte como sempre. 9.5

Unidos da Tijuca - Mistura os animais velozes e a internet, além de pôr Dick Vigarista, o vilão da Corrida Maluca, no refrão. Cita, no fim, o homenageado Ayrton Senna. A segunda parte pisa no freio, mas as referências ao universo pop atiçam a expectativa para o desfile concebido por Paulo Barros. 9.3

Imperatriz - O refrão se apropria de um grito das arquibancadas como ponto alto de um samba com estrutura tradicional. A composição vai tocar os corações rubro-negros. Mas a escola não conseguiu manter o nível (alto) dos anos anteriores. 9.6

Salgueiro - O refrão único, que lista os orixás, tem tudo pra ser o acontecimento do carnaval. É o ponto alto de um samba exclente, o melhor do ano, que certamente conduzirá os componentes num desfile eletrizante. Vai tocar o coração dos apaixonados pela folia. 9.9

Grande Rio - Outro enredo que exige demais da criatividade dos compositores. Deu num samba acelerado, com bons refrões, que cumpre seu papel de descrever o que passará pela Sapucaí. E pouco mais. 9.4

Portela - A dupla Toninho Nascimento/Luiz Carlos Máximo consolida-se como referência de qualidade. A Portela tem um samba que flui leve no ouvido, contando o enredo de maneira clara e fácil, de novo com três refrões. A azul e branco tem uma das grandes composições do ano. 9.8

Mangueira - O refrão principal forte casa com a vigorosa batida da verde e rosa. Vai ser uma festa, bem no clima do enredo. A segunda parte tem uma pequena queda, mas nada grave. O chão incrível da verde e rosa garantirá a festança. 9.7

Ilha - As referências às brincadeiras de criança prometiam um samba leve, com a alegria sempre sonhada para a União da Ilha. Mas os compositores não foram tão felizes. Com dois refrões regulares, a composição brinca com o desejo das crianças e cita a imaginação. Podia ir além. 9.3

São Clemente - A primeira frase do samba lembra o rap da felicidade, abrindo a composição que se beneficiou do ótimo enredo. A primeira parte é poética e agradável, mas o samba peca no refrão do meio. Reage na bela homenagem aos sambistas. A favela termina celebrada. 9.5

Mocidade - Com referências a Ziriguidum 2001, a homenagem a Fernando Pinto se mistura às referências a Pernambuco e aos ritmos nordestinos. O "Padim Padre Miguel" é uma ótima ideia. Um samba bonito, como há muito a escola não tem. 9.7

Império da Tijuca - A caçula do Grupo Especial apresenta um samba de gente grande, forte, com letra poética e um ótimo refrão do meio. O enredo está bem explicado, numa linguagem muito carnavalesca. Para ficar perfeito, faltou a segunda parte ser um pouco mais curta. 9.7


Fonte: Site Carnavalesco

Acadêmicos da Rocinha apresenta fantasias das alas da comunidade

Ala da Borboleta

Ala Medalhas

Ala Lanchonete

Ala Salão de Beleza

Ala Surfista

Ala Tamanduá
A Acadêmicos da Rocinha apresentou suas fantasias e já recebe inscrição para as alas da
comunidade. Os interessados poderão entrar em contato com os representantes de cada ala
e pagar R$70. Além do pagamento, também será exigido que o componente participe dos
ensaios da escola, que acontecem na quadra todas as quintas-feiras, a partir das 20 horas,
com entrada gratuita, na  Rua Bertha Lutz, 80, São Conrado.

A agremiação conta com seis fantasias para as alas da comunidade, são elas: Medalhas,
contato com Merynha (78457749) ou Nádia (993882786); Borboleta na Praia, Bruna
(31162254) ou Marconi (78993820); Lanchonete, Júnior (9806663427) ou Lena (96419270);
Salão de Beleza, Zeze (96580139) ou (33224705); Surfista de Praia , Lilico (78217643) ou
33241185; e Tamanduá, Pinho (77223851) ou  (24221223). Também é possível obter
informações na secretaria da agremiação com Sílvia ou Célia no telefone 2422-5007.

Terceira escola a desfilar na sexta-feira de Carnaval pela Lierj, no dia 28 de fevereiro de
2014, a Acadêmicos da Rocinha vai levar à Marques de Sapucaí o enredo “Do paraíso
sonhado, um sonho realizado. Sorria, a Rocinha chegou à Barra”, do carnavalesco Luiz
Carlos Bruno.



Nayara Justino será o Rio de Janeiro na decisão do concurso "Globeleza"

Nayara Justino
A grande final do concurso que vai eleger a nova "Globeleza" acontece domingo, no programa "Fantástico", da Rede Globo. E o Rio de Janeiro estará representado por Nayara Justino, de 25 anos. Nascida em Volta Redonda, a mulata, dona de uma beleza exótica, superou mais de 10 mil concorrentes e brigará pelo posto com Camila Silva, de Minas Gerais, e Nara Carvalho, da Bahia.

Participando de concursos de beleza desde os 13 anos, Nayara foi eleita em 2008 Miss Barra Mansa. Ela afirmou que sua ligação com o samba existe antes dela nascer.
“Fui criada no meio do samba. Passei os nove meses na barriga da minha mãe sambando, já que ela sempre frequentou rodas de samba. Meu samba é mais elegante e delicado e acho que tem tudo a ver com a Globeleza”, diz Nayara, que sonha em ser a sucessora de Aline Prado, que ocupada o cargo desde 2006.


Presidente Chiquinho não aceita saída de Hélio Turco da Mangueira

Hélio Turco

Após a reunião dos baluartes da Estação Primeira de Mangueira, esta semana, o presidente da escola, Chiquinho da Mangueira informou que o baluarte Hélio Turco permanece na Mangueira.


O compositor, que fez história na Verde e Rosa, como o maior vencedor de samba enredo, havia anunciado sua saída da Mangueira, entregando uma carta ao presidente informando sua decisão. Hélio havia declarado, em entrevista, que estava muito triste, pois, estaria cansado de ser roubado nas disputas de samba da escola.

Segundo o presidente Chiquinho da Mangueira, já está tudo em paz novamente com o baluarte. “Não aceitei sua carta de saída da escola. Como poderia deixar de fora deste momento de resgate da Mangueira um de seus maiores nomes. Quanto as suas convicções, ponderei com ele que jamais deixaria que ele fosse roubado e que cabe aos jurados a decisão de escolher o melhor samba, de forma mais democrática possível. O importante é que já conversamos e está desfeito este mal entendido” finalizou Chiquinho.

Só para lembrar: Ao todo, Hélio Turco ganhou 13 sambas na Estação Primeira de Mangueira. O último deles, o cantado pela escola em 1992. Ele desfilou pela primeira vez na escola em 1955 e nos últimos anos foi finalista de samba enredo em 2011 e 2010.

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Confira Fantasias da União da Ilha 2014


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As fantasias e composições aqui apresentadas fazem parte do conjunto de obras que serão comercializadas pela União da Ilha do Governador em 2014. Com o enredo "É brinquedo, é brincadeira; A Ilha vai Levantar Poeira!" o carnavalesco Alex de Souza promete emocionar o público com o fantástico mundo das magias infantis, expressadas em brinquedos e brincadeiras. Maiores informações para compras acesse o site oficial da agremiação: http://www.gresuniaodailha.com.br/fantasias2014.htm 

terça-feira, 26 de novembro de 2013

São Clemente tenta afastar crise com a chegada de Max Lopes

O carnalesco Max Lopes e o diretor de carnaval Roberto Gomes, da São Clemente (Foto: Alba Valéria Mendonça/ G1)
Max Lopes
É com o espírito de uma fênix, que renasce das cinzas, que a São Clemente quer despontar no Sambódromo, no desfile do Grupo Especial, em 2014. O momento é de renovação e criatividade com a chegada de Max Lopes, que veio acertar o passo da escola entre os altos e baixos enfrentados no desenvolvimento do enredo “Favelas”.  Carnavalesco experiente, Max quer ajudar a escola a ultrapassar os obstáculos para chegar ao topo do carnaval do Rio.
E já chegou mostrando ao que veio. Conhecido como “o mago das cores” do carnaval carioca, Max conta que a São Clemente já se mostra uma escola diferente, com o predomínio de uma determinada cor em cada setor da escola e a utilização de tripés na abertura do desfile. Elementos característicos do carnavalesco. Além disso, Max alterou a roteirização do desfile e discute a inclusão de elementos de teatralização num carro alegórico.
“Cheguei com o trabalho em andamento, que vem sendo muito bem executado por Tiago Martins, João Vítor e Bruno César, no Núcleo Criativo de Carnaval. Mas sou muito ligado em detalhes, no requinte. Então, já pedi para alterar o tamanho dos carros, busquei figurinos com cores mais exuberantes e não vamos mais nos prender só ao preto e ao amarelo da São Clemente”, explicou o carnavalesco, que como requer o enredo “Favelas” é preciso chegar devagar, mas pisando firme.
O diretor de carnaval, Roberto Gomes conta que, como numa favela, os caminhos da São Clemente são difíceis, mas os obstáculos não são intransponíveis.  A décima colocada no desfile de 2013, já ficou para trás. A renovação começou com o sorteio do desfile de 2014, quando conquistou um lugar nobre: vai ser a terceira escola a se apresentar no domingo (2 de março), depois de passar os últimos três anos sendo a primeira a desfilar no domingo ou na segunda-feira.
“Contratamos a atriz e diretora Bia Lessa para ser nossa carnavalesca. Mas não deu certo. Houve uma série de incompatibilidades. Tivemos de parar tudo. Há dois meses resolvermos recomeçar do zero com o trio do Núcleo Criativo. Agora trouxemos o Max para lapidar o trabalho. Com toda a experiência dele, a São Clemente está se desdobrando para chegar ao topo”, disse Gomes, acrescentando que a escola não obteve qualquer patrocínio para tocar o enredo “Favelas”.
Gomes e Max destacam que apesar falar sobre favelas, a São Clemente vai manter a irreverência que a caracteriza e promete um desfile para cima. Violência, miséria e tristeza não fazem parte da história que a escola vai contar na avenida. Ao contrário, diz Gomes, a intenção é deixar as mazelas de lado e mostrar porque tanta gente se orgulha de viver em favelas, desde os tempos em que as aglomerações de moradias de ex-escravos foram batizadas com o nome da planta encontrada no arraial de Canudos (BA).
“Vamos contar a origem do nome favela, mostrar a riqueza humana, com seus malandros e mulatas, e cultural, com o samba, o jongo, a religiosidade, os movimentos sociais e esportivos, a arquitetura e suas peculiaridades. Além de homenagearmos seis favelas cariocas, vamos lembrar grandes favelas internacionais como a de Mumbai, na Índia”, detalhou o diretor de carnaval.
Tudo com muita cor e alegria, mas politizado, como faz questão de frisar Max Lopes, que acredita que a criatividade, a esperança e a genialidade artística nascem da adversidade.
“Artista que não vem do sofrimento não é artista. Tem de ter uma dificuldade, um obstáculo a ser enfrentado para ele desabrochar, seja uma grande perda ou uma pequena desilusão amorosa. É desse sofrimento que brotam os melhores trabalhos. As favelas são fontes de sofrimento e genialidade”, filosofa Max Lopes, que vai celebrar a criatividade de “Favelas”, no último carro da São Clemente, com uma festa na laje.

Hélio Turco diz que sairá da Mangueira

Hélio Turco
Um dos maiores nomes da Estação Primeira de Mangueira está prestes a deixar a escola. Hélio Turco, compositor mais vezes campeão na Verde e Rosa, declarou ao site CARNAVALESCO que irá entregar uma carta de saída da agremiação na reunião entre os baluartes, marcada para acontecer na noite desta terça-feira.
 
- Hoje é um dia triste para mim. Estou saindo da Mangueira. Estou cansado de ser roubado nas disputas de samba da escola. Esse ano não me deixaram chegar nem na final. Vou entregar uma carta anunciando a minha saída da escola na reunião dos baluartes na noite de hoje - disse o poeta, que foi contactado para comentar o desfile de 1984, ano em que a Mangueira foi supercampeã do carnaval carioca.
 
Diretoria se posiciona

Informado sobre a decisão de Hélio Turco, Chiquinho da Mangueira, presidente da Verde e Rosa, afirmou que torce para o baluarte repensar a decisão.
 
- Não vou aceitar a carta dele. É o maior vencedor de samba enredo da história da Mangueira e hoje mesmo vou convidá-lo para ser o presidente da nova Velha Guarda Show da Mangueira, uma ideia que já tínhamos anteriormente. O que posso dizer é que ele, pela história que tem e pelo o que já fez pela Mangueira, sempre está com a razão. Com relação ao fato de estar sendo roubado nas disputas de samba, creio que esteja usando um termo que não é o correto. Jamais deixaria que ele fosse roubado na Mangueira. O fato de o samba dele não ter chegado na final, não é uma decisão minha. São 40 jurados na nossa comissão e vocês têm acompanhado que o samba da Mangueira tem sido eleito por todos como um dos três melhores do ano. Não vou aceitar a saída dele. Hélio Turco tem direito a tudo dentro da escola. 
 
Ao todo, Hélio Turco ganhou 13 sambas na Estação Primeira de Mangueira. O último deles, o cantado pela escola em 1992. Ele desfilou pela primeira vez na escola em 1955 e nos últimos anos foi finalista de samba enredo em 2011 e 2010.

Fonte: Site Carnavalesco