segunda-feira, 26 de agosto de 2013

É bom ver Hélio Turco de volta a Mangueira

Hélio Turco
Carioca do Grajaú, Hélio Rodrigues Neves foi morar na Mangueira antes de completar um ano de idade. Herdou o apelido de um tio, Jorge Turco, que era dono de um armarinho no morro.
Na comunidade do Morro da Mangueira, Hélio Turco é conhecido como um exímio artesão de pipas e balões. Não bastasse isso, é o maior vencedor de sambas de enredo da história da verde e rosa. Chegou à ala de compositores da Mangueira no final dos anos 50, levado pelo amigo Jurandir. Já no ano de 1959, em parceria com Cícero e Pelado, foi o autor do samba "Brasil Através dos Tempos". A mesma parceria venceu no ano seguinte, 1960 com "Carnaval de Todos os Tempos", e em 1961, com "Recordações do Rio Antigo".
Perdeu em 1962 para Leleo, Zagaia e Comprido, mas obteve o tricampeonato, em parceria com Pelado e Comprido,com "Relíquias da Bahia" em 1963, "História de um Preto-Velho" 1964 e "Rio Através dos Séculos" 1965. Tornou a vencer em 1967 "O Mundo Encantado de Monteiro Lobato" com Darcy, Jurandir, Batista, Luiz e Dico; em 1968 "Samba, Festa de um Povo", 1969 "Mercadores e Suas Tradições", e em 1971 "Modernos Bandeirantes".
Após se afastar das disputas por 13 anos, voltou a competir em 1984 e ganhou com o memorável "Yes, Nós Temos Braguinha", em parceria com Jurandir e Alvinho. Com os mesmos parceiros é o autor do samba de 1985 e de 1988 "Cem Anos de Liberdade, Realidade ou Ilusão?"; em 1990 "E Deu a Louca no Barroco, em 1991 "As Três Rendeiras do Universo", e em 1992 "Se todos Fossem Iguais a Você".
Depois de sua volta vitoriosa, Hélio Turco afastou-se novamente das disputas no início dos anos 90, discordando dos rumos que o concurso para a escolha dos sambas tomou nos tempos atuais. Continua morando no morro, fazendo pipas e confeccionando as bandeiras de papel que a torcida mangueirense agita na avenida.
Hélio Turco, um dos mais queridos mangueirenses, teve problemas  na gestão Ivo Meirelles, e juntou-se a outros monstros sagrados no exílio que a gestão passado nos provocou. Volta agora, com força total num samba emocionante, valente e guerreiro, como sempre foram suas obras. 
Que bom ter Hélio Turco de volta as disputas de samba, de volta a Estação Primeira, de onde seu coração nunca saiu, gosto de olhar para este Senhor do Samba, e ter a convicção de que é bom ser mangueirense, e ter a convicção de que para chegar onde a Verde e Rosa chegou, tem que respeitar nossa história e nossa gente eternamente bamba.

VAMOS HÉLIO TURCO ESSA É HORA!

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