quarta-feira, 30 de julho de 2014

Que bateria é essa?

Bateria da Mangueira
Quando a gente defendeu que a tradicional bateria da Mangueira deveria voltar às suas raízes, e que não havia entendimento de uma bateria com as credenciais da Verde e Rosa, ter de carregar uma marca que tem outro dono que não a Instituição Cultural G.R.E.S. Estação Primeira de Mangueira, a gente não estava defendendo apenas uma simples troca de nome, mas a essência do quesito propriamente dito.

Se na gestão Ivo Meirelles algo realmente funcionou, isso foi a bateria, então "Surdo Um", comandada a mãos de ferro pelo aí sim talentoso artista que desejou virar presidente, este, deu todas as condições que a bateria precisou para brilhar. E com a chegada de Mestre Aílton, vimos uma bateria arrepiar a Sapucaí, com paradinhas, paradonas, super-paradonas, duas baterias, e essa que era tão tradicional começou a trilhar um caminho quase hollywoodiano, talvez sem volta, se no tempo certo não tivesse sido resgatada. Essas linhas não tratam de criticar negativamente a postura dessa bateria durante a gestão passada, de forma alguma, foi preciso para aquele momento, e repito, para aquele momento.

E se era apenas um momento, aquele momento tinha data de validade, e quando venceu, havia um clamor da nação mangueirense de ter sua bateria de volta, e prontamente o presidente Chiquinho da Mangueira e sua diretoria atendeu esse desejo do povo de Mangueira, e vimos uma nova bateria, bem nos moldes daquela dos consagrados Mestres Alcyr Explosão, Taranta e tantos outros sagrados sambistas que deram nome e sobrenome à bateria da Estação Primeira de Mangueira ao longo desses 86 anos.

O retorno da bateria "Tem Que Respeitar Meu Tamborim", com uma Rainha da comunidade, e uma batida que fosse idêntica a nossa tradicional, começou num processo em que Mestre Aílton foi extramente necessário e realizou um bom trabalho, só que era apenas o primeiro passo, a Mangueira precisava mais, e ainda precisa. O que temos hoje, é o ressurgimento das crias da Mangueira, de quem nasceu e vive não apenas no Morro, mas na escola que é acima de tudo, de samba! 

Hoje, ainda se preparando para 2015, essa nova, da mesma antiga "Tem Que Respeitar Meu Tamborim", incorporou de fato, a honra que é representar esse extraordinário coração verde e rosa, que move e impulsiona a "mais querida do planeta". Não se trata tão-somente de um segmento ou uma bateria, se trata de uma paixão, difícil de ser conceituada em palavras ou linhas que nem de longe reflete todo sentimento que envolve essa mágica batida, mas que esses meninos da Mangueira muito bem já tomaram para si.

Trabalhando sem parar, com garra, coragem, determinação e pulso firme, a nova bateria da Velha Manga, tem a missão de resgatar nosso orgulho de ser Mangueira, e a força que une nosso mundo à um mundo onde vive imortais como Cartola, Carlos Cachaça, Nelson Cavaquinho, Jamelão, Mestre Delegado, Dona Zica, Dona Neuma, e tantos homens e mulheres de Mangueira, que nos fazem acreditar que nossa missão em defender essa escola de samba é maior do que qualquer vaidade ou dissidência.

Essa é a bateria que queremos!

Vamos Mangueira, Essa É A Hora!

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