Por Jorge Mendes, colunista do site Carnavalesco
Jorge Mendes |
Depois de tudo que já se falou sobre a partida de João 30, fica difícil dizer algo que não caia em lugar comum ou que não seja repetição com outras palavras. Por isso, vou revelar um filme de minha mente de três momentos que me marcaram dessa polêmica e brilhante criatura maranhense.
Cena 1: Carnaval de 1978 - A Beija-Flor acabava de obter um tricampeonato, até então inédito, furando a grande muralha das quatro grandes da época (Portela, Mangueira, Salgueiro e Império Serrano). Já incomodando as escolas derrotadas e até a própria imprensa da época, começou uma avalanche de críticas, a maioria sem fundamento. Uma de maior repercussão foi a de que J30 estaria fazendo um carnaval de forte apelo visual e, o mais agravante, utilizando material importado de alto custo. Qual foi a surpresa quando o criticado carnavalesco revelou o tal material "importado": volumosos tufos de ráfia branca, bacias de metal invertidas e decoradas e boias de isopor cortadas, também decoradas com galão, fitas e espelhos.
Cena 2: Carnaval de 1986 - O Mundo é uma Bola - Com um carnaval grandioso, figurinos maravilhosos de Viriato, trazendo inclusive famosa ala da Portela (de Campinho), prestes a iniciar seu desfile, ainda na concentração, um diretor diz a J30 que o principal destaque do abre-alas, que seria o Rei Pelé, não chegou. Parecendo já possuir um plano B na cabeça, o carnavalesco passa a percorrer as alas de trás na busca de um menino negro com uniforme de futebol para substituir o Pelé. Conseguindo seu objetivo, colocando o guri no alto do carro, mas a criança revela um pavor de altura. João, aos berros, dizia par ele desmarrar a cara, acenar e sorrir para o público; ou seja, missão impossível. Nesse momento, desaba um violento temporal. João chega ao clímax da irritação, soltando palavrões impublicáveis;... quando chega uma equipe de tv já com holofote aceso e com a encharcada repórter perguntando: "E aí Joãozinho, tudo bem ? Você acha que essa chuva pode atrapalhar de alguma forma o desfile ?" J30 se vira, já abrindo um largo sorriso e responde: " Atrapalhar ? Nunca ! Essa chuva é uma bênção dos Deuses !"
Cena 1: Carnaval de 1978 - A Beija-Flor acabava de obter um tricampeonato, até então inédito, furando a grande muralha das quatro grandes da época (Portela, Mangueira, Salgueiro e Império Serrano). Já incomodando as escolas derrotadas e até a própria imprensa da época, começou uma avalanche de críticas, a maioria sem fundamento. Uma de maior repercussão foi a de que J30 estaria fazendo um carnaval de forte apelo visual e, o mais agravante, utilizando material importado de alto custo. Qual foi a surpresa quando o criticado carnavalesco revelou o tal material "importado": volumosos tufos de ráfia branca, bacias de metal invertidas e decoradas e boias de isopor cortadas, também decoradas com galão, fitas e espelhos.
Cena 2: Carnaval de 1986 - O Mundo é uma Bola - Com um carnaval grandioso, figurinos maravilhosos de Viriato, trazendo inclusive famosa ala da Portela (de Campinho), prestes a iniciar seu desfile, ainda na concentração, um diretor diz a J30 que o principal destaque do abre-alas, que seria o Rei Pelé, não chegou. Parecendo já possuir um plano B na cabeça, o carnavalesco passa a percorrer as alas de trás na busca de um menino negro com uniforme de futebol para substituir o Pelé. Conseguindo seu objetivo, colocando o guri no alto do carro, mas a criança revela um pavor de altura. João, aos berros, dizia par ele desmarrar a cara, acenar e sorrir para o público; ou seja, missão impossível. Nesse momento, desaba um violento temporal. João chega ao clímax da irritação, soltando palavrões impublicáveis;... quando chega uma equipe de tv já com holofote aceso e com a encharcada repórter perguntando: "E aí Joãozinho, tudo bem ? Você acha que essa chuva pode atrapalhar de alguma forma o desfile ?" J30 se vira, já abrindo um largo sorriso e responde: " Atrapalhar ? Nunca ! Essa chuva é uma bênção dos Deuses !"
PS: Nem sei se foi por causa da chuva, mas o fato é que, mesmo não conseguindo o título, foi um dos desfiles mais arrebatadores que a Beija-Flor fez.
Cena 3: Carnaval de 1989 - O polêmico enredo Ratos e Urubus já era para ter acontecido em 88, mas com seria o centenário da abolição, foi adiado para 89. Outra famosa ala da Portela havia ingressado na Beija-Flor. A Jovem-Flu, era conhecida por fazer fantasias grandes, volumosas e de efeito visual. Para não fugir à regra, foi passado ao presidente um figurino belíssimo, um grande anjo preto e rosa. Quando o presidente, orgulhosamente foi apresentar seu magnífico protótipo ao J30, sem explicar qual sua intenção para o enredo daquele ano, nosso artista começou a rasgar, sujar de cal e queimar toda a fantasia. Terminando o"serviço", disse: "Pronto é assim que eu quero essa roupa!" , sem sequer perceber a cara de assombro do pobre presidente da ala que, sem fala, só chorava.
Cena 3: Carnaval de 1989 - O polêmico enredo Ratos e Urubus já era para ter acontecido em 88, mas com seria o centenário da abolição, foi adiado para 89. Outra famosa ala da Portela havia ingressado na Beija-Flor. A Jovem-Flu, era conhecida por fazer fantasias grandes, volumosas e de efeito visual. Para não fugir à regra, foi passado ao presidente um figurino belíssimo, um grande anjo preto e rosa. Quando o presidente, orgulhosamente foi apresentar seu magnífico protótipo ao J30, sem explicar qual sua intenção para o enredo daquele ano, nosso artista começou a rasgar, sujar de cal e queimar toda a fantasia. Terminando o"serviço", disse: "Pronto é assim que eu quero essa roupa!" , sem sequer perceber a cara de assombro do pobre presidente da ala que, sem fala, só chorava.
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