terça-feira, 29 de abril de 2014

Rosa Magalhães agora é São Clemente

Rosa Magalhães
Ao anunciar seu mais novo e expressivo combustível para a permanência no grupo especial em 2015, o presidente Renato Almeida, afirmou que a São Clemente tem um grande presente. Com a saída do carnavalesco Max Lopes, que parecia o fim do sonho para  escola da zona sul permanecer na elite co planeta carnaval carioca, a agremiação surpreendeu ao anunciar a campeoníssima professora Rosa Magalhães, que deixou a Mangueira.

Renato Almeida disse ainda que a escola quer brigar pelo título, e no próximo ano não estará no bloco das agremiações que brigam para não descer.

"Ainda há pouco estava me emocionando, chorando. É uma grande conquista. Estou há trinta dias conversando e indo até na casa dela. Este é um momento muito marcante para a São Clemente. Hoje falo que somos uma escola totalmente estabelecida, bem financeiramente. Não existe uma pessoa que fale que a São Clemente deve algo. Minha vontade é ir para as cabeças. Em 2014 vimos que muita escola grande está desorganizada, que só está vivendo de nome. Hoje sou muito feliz por ver a minha escola bem como está", afirmou o presidente.

A São Clemente anunciou ainda que  professora Rosa Magalhães trará um grande coreógrafo para a escola. Dia 17 de maio é a data para apresentação do enredo 2015, há uma expectativa que "Os Negros do Brasil" seja o tema escolhido.

"A Rosa vai trazer um coreógrafo também. Um profissional renomado, que ela faz questão de ter junto. No dia 17 vamos anunciar também o enredo, que é de autoria dela. É uma mulher guerreira, de uma inteligência gigantesca. Chegou a hora da São Clemente", finalizou o presidente.


segunda-feira, 28 de abril de 2014

Feliz Mangueira! E o samba encontrou sua alma...

Mangueira
Lá em Mangueira...

Lá em Mangueira, é difícil falar algo sem gerar um debate caloroso de ideias e conceitos quando referente ao carnaval que pensamos ser o melhor para a nação Verde e Rosa, mas isso não é ruim, é apenas prova de um amor e uma defesa que impressiona qualquer dito ser humano que não tenha em sua essência o samba, e em sua alma um pouco de Mangueira. Quem olha de fora deste planeta chamado Mangueira, não é capaz de captar todo entendimento deste sentimento que é sem limites, sem pudores ou regras, que é simplesmente transcedental.

Já naquele memorável 28 de abril de 1928, quando Angenor de Oliveira (Cartola), Saturnino Gonçalves (Seu Saturnino), Abelardo da Bolinha, Carlos Moreira de Castro (Carlos Cachaça), José Gomes da Costa (Zé Espinguela), Euclides Roberto dos Santos (Seu Euclides), Marcelino José Claudino (Seu Maçu) e Pedro Paquetá fundaram o Grêmio Recreativo Escola de Samba Estação Primeira de Mangueira, tudo aquilo que o Morro de Mangueira proporcionava a sua gente ficou pequeno demais, porque nascia ali um sentimento tão grande, que anos depois o poeta portelense expressou sabiamente: "Mangueira não cabe explicação!". 

E por que explicar? Não, definitivamente é melhor seguir o conselho do poeta e viver essa atmosfera que move um povo que se fez nação... Nação de leais e fiéis soldados, intrépidos sambistas, que hoje, já não apenas descem o Morro todos os anos à caminho da Sapucaí para defender suas cores, mas gente que vem do Oiapoque ao Chuí, e ainda de todos os lugares do mundo, para se não participar, observar um espetáculo à parte, e tentar entender o que é a Estação Primeira de Mangueira. Alguns voltam para casa sem entender, outros voltam loucamente apaixonados, e ainda muitos nem voltam mais, se tornam mangueirenses pelo coração, é que o coração desta legião de sambistas comanda o cérebro.

Este é o dia de agradecer... e tanto agradecer, pelo sorriso  simples e sincero de nossas crianças, pela benção que recebemos de nossos baluartes e velha-guarda, do espetáculo que nos contagia de nossos passistas, das rezas de nossas baianas, da voz sempre eloquente de nossos intérpretes, pelo som de nossos ritmistas ou a beleza de nossa rainha, poder admirar nosso pavilhão sagrado defendido bravamente por nosso casal de mestre-sala e porta-bandeira, pelo show de nossa comissão de frente, pelos belos sambas vindo do coração de nosso celeiro de compositores e poetas, do mais simples mangueirense, o mais novo, aquele que acaba de nascer neste momento em que você ler estas mal traçadas linhas em algum lugar do mundo, ao nosso presidente que tem ao seu lado um presidente de honra com as credencias de Nelson Sargento, de tantos mangueirenses, celebridades ou ditos anônimos, hoje é o dia de agradecer: nós somos a escola de samba mais querida do planeta! QUE ORGULHO! ORGULHO DE SER MANGUEIRENSE!

É que todo mundo te conhece ao longe... pelo som de teus tamborins e o rufar do seu tambor!

E que venham outros 86 anos com a mesma paixão que nos moveu até aqui, para que o legado deixado por nossos ancestrais nos serva de exemplo para caminharmos unidos defendendo uma das mais importantes instituições culturais do universo com o mesmo respeito, amor e dedicação de nossos pares.

É que há 86 anos o verde encontrou o rosa, e desde então, o samba encontrou sua alma!

Parabéns Estação Primeira de Mangueira!

Estação Primeira de Mangueira

sábado, 26 de abril de 2014

Mulheres Mangueirenses deve ser o enredo da Mangueira em 2015

Alcione
As negociações para a definição do enredo da Estação Primeira de Mangueira, que tradicionalmente anuncia o tema no dia de seu aniversário em 28 de abril, estão bastantes adiantas. A festa que acontece no Palácio do Samba nesta segunda-feira, será restrita a  convidados, diretoria, membros do Conselho, beneméritos, associados e baluartes.

Ainda abalada pelo fraco desempenho no carnaval de 2014, a escola tentar um enredo popular que emocione a nação mangueirense, que sempre deu muito certo na avenida, Mangueira falando de Mangueira. O enredo que abordaria as mulheres mangueirense, além de um passeio por grandes figuras femininas do Brasil, é um sonho antigo da Verde Rosa.

O apoio financeiro para 2015 ainda não se confirmou mas tudo indica que um grupo empresarial do seguimento têxtil de Minas Gerais contribua para o carnaval da Estação Primeira.

Na Sapucaí, figuras como Dona Neuma, Dona Zica, Tia Suluca, Tia Zélia, Tia Chininha, Beth Carvalho, Leci Brandão, Alcione, Rosemary, entre tantas outras mangueirenses serão apresentadas.

Cirque Du Soleil deve ser o enredo da Grande Rio em 2015

Cirque Du Soleil
Numa missão fantástica para levar à Sapucaí um dos maiores espetáculo mundiais, o Cirque Du Soliel, o patrono da Grande Rio Jayder Soares e uma comitiva formada por executivos e artistas da escola, estão em Montreal, principal cidade da província canadense Quebec,  onde está localizada a base da companhia circense, afim de acertar que o mais conhecido Circo do Mundo seja o enredo da tricolor caxiense em 2015.

Há uma expectativa de que nos próximos dias já seja realizado o anúncio oficial do enredo que será desenvolvido pelo carnavalesco Fábio Ricardo.

A trupe do Cirque du Soleil já passou pelo Brasil cinco vezes, apresentando os espetáculos: Saltimbanco, Alegria Quidam, Varekai e Corteo. Sendo o último apresentado durante os anos de 2013 e 2014 em seis cidades.

terça-feira, 22 de abril de 2014

Mangueira terá grande festa pelos seus 86 anos!

Mangueira 86 anos

A Estação Primeira de Mangueira realizará no próximo dia 28, data de seu aniversário, uma grande festa para comemorar seus 86 anos de existência.

A primeira etapa acontecerá já pela manhã, às 8h com uma alvorada festiva, que terá a presença da banda do corpo de bombeiros, seguida da tradicional distribuição de chocolate com biscoito para as crianças.

O complemento da festa será na parte da noite, com um grande baile dançante, que reunirá diretoria, membros do Conselho, Beneméritos, Grande Beneméritos, Baluartes, associados e convidados.

O convite dos diretores, assim como dos associados que estão em dia com suas mensalidades, estará à disposição, nos dias 24 e 25 de abril, no horário comercial, na quadra da Mangueira, para a retirada.

Outro destaque desta comemoração ficará por conta do lançamento do selo comemorativo do evento, uma criação do designer Levi Cintra, que foi o carnavalesco responsável pelo desfile da Mangueira do Amanhã no carnaval de 2014.


Segue abaixo a programação completa:

08:00 – Alvorada festiva com a presença da banda do corpo de bombeiros.
08:30 – Tradicional chocolate com biscoito.
20:00 – Abertura dos portões.
20:00/20:30 – Benção em comemoração aos 86 anos da Mangueira.
20:30/20:50 – Palavra do presidente.
21:00 – Coquetel com a apresentação da Banda Signus.
01:00 – Encerramento.

Fernanda Montenegro é o enredo da Viradouro 2015

Fernanda Montenegro
A Viradouro, que retorna ao grupo especial em 2015, bateu o martelo e definiu seu enredo para o próximo carnaval. A atriz global Fernanda Montenegro, grande dama da teledramaturgia, cinema e teatro brasileiro, será o tema do desfile da escola de Niterói.
O presidente Gusttavo Clarão falou sobre a decisão da Viradouro:
- Vamos confirmar todas as novidades na quarta-feira, dia trinta, na Cidade do Samba. Mas é claro que, embora tivéssemos mais duas ótimas opções de enredo, pelo menos, o nome de uma das maiores atrizes brasileiras de todos os tempos cai como uma luva em nossos corações – frisou.
- A vida nos reserva surpresas extraordinárias. De doze em doze anos, por exemplo, coincidentemente ou não, trazemos divas fantásticas como tema da nossa escola. Pelo enredo bem escolhido passa toda nossa ambição, que vai bem além de apenas a clássica tentativa de manutenção no grupo. Temos capacidade de gestão e uma verba muito diferente do que tínhamos, que serão suficientes para tentar muito mais – afirmou.
A escola que já trouxe para a Sapucaí, temas como a vida de Bibi Ferreira e Dercy Gonçalves em grandes momentos da história dos desfiles deste país, optou mais uma vez num nome de grande apelo popular para voltar ao cenário das grandes agremiações do Rio de Janeiro.
Amigo pessoal de Fernanda Montenegro, o ex-carnavalesco, Mílton Cunha será o responsável pela sinopse do enredo. O carnavalesco João Vitor Araújo desenvolverá mais um carnaval na escola niteroiense.
Clarão também descartou a possibilidade de dispensa do atual carnavalesco em substituição à Mílton Cunha.
- Milton é um nome extraordinário, uma eminência parda do carnaval. Respeitado, inteligente, posso adiantar apenas que queremos muito confirmar seu nome como pesquisador e responsável por escrever a sinopse, lá na entrevista coletiva. Já o João Vitor, talentosíssimo, será o cara certo para o desenvolvimento artístico e plástico. Já estamos conversando muito com ele e farei isso o tempo inteiro sobre a necessidade de inovação. Vou cobrar dele pesquisas de trabalhos artísticos. Não que queira a essência do carnaval perdida, mas entendo que está claro que o desfile precisa hoje de algo a mais. E vamos exigir isso exatamente pela confiança que temos no seu taco. Espero todo mundo na Cidade do Samba, dia 30 de abril, a fim de confirmarmos todas as belas novidades da nossa escola – concluiu.

Viradouro abre inscrições para Oficina de Percussão

Mestre Pablo
A Bateria Furacão Vermelho e Branco  comandada  por Mestre Pablo, vai dar a oportunidade para  os que  desejam aprender a tocar algum instrumento. Isso porque já estão abertas as inscrições para a oficina  de percussão que tem início previsto para o dia 08 de maio. 

Serão duas turmas: crianças com até 12 anos , sempre de 19h às 20h e adultos de 20h às 21h.

 Para se inscrever basta ir até a quadra da escola, na Avenida do contorno, 16 - Barreto com muita vontade de aprender. Este será  o quinto  ano da oficina de Percussão de Mestre Pablo que já formou muitos ritmistas que hoje fazem parte da bateria Furacão Vermelho e Branco.

Viradouro renova com Zé Paulo Sierra

Zé Paulo Sierra
De volta ao Grupo Especial, a Unidos do Viradouro, renovou o contrato do Intérprete oficial, Zé Paulo Sierra para o carnaval de 2015. 
- Voltar a ter apenas um interprete oficial deu muito certo, o Zé é muito querido por toda comunidade e estará conosco em 2015 - afirmou  o presidente Gusttavo Clarão.
Para o interprete , continuar na Vermelho e Branco é  muito gratificante.
 - Fizemos um trabalho em legal no carro de som da Viradouro. Os meninos que trabalham comigo ganharam mais confiança e o resultado disso foi visto na avenida. Foi um trabalho muito legal e agora estamos colhendo os frutos. Para 2015, vamos melhorar mais ainda, a comunidade me acolheu e hoje afirmo que estou com a Viradouro onde ela estiver - afirmou animado Zé Paulo.
Carioca do subúrbio, a atração pelo samba surgiu quando ouviu "Das maravilhas do mar, fez-se o esplendor de uma noite" (Portela, 1981) e, incentivado por seu pai, não parou mais. Aos 14 anos, Zé Paulo foi intérprete oficial da Difícil é o nome, escola do Grupo de Acesso B. Teve passagens ainda pelo Aprendizes do Salgueiro, Caprichosos de Pilares, Unidos da Ponte e Mangueira .

segunda-feira, 21 de abril de 2014

Análise: o que vi dos intérpretes na Sapucaí em 2014

Jamelão
Puxador não! Intérprete sim! E salve o Maior de todos os tempos: Mestre Jamelão - o insuperável e eterno!


TINGA - Unidos da Tijuca
Extremamente competente ao que se propõe, consegue carregar qualquer samba, até um que seja razoável, e transforma-lo num grande samba. Um timbre potente, mas sem agredir os ouvidos. Tinga, está entre meu TOP3 dos melhores, é um gigante.Trouxe um espírito de samba-grande para a Tijuca que não tinha um samba à altura de um campeonato; contagiante e emocionante, sem perder o controle do que se deve fazer ao defender um samba na Sapucaí, Tinga fez o componente acreditar em seu samba. E para quem me acompanha, sabe muito bem que não é de hoje que defendo esse intérprete.
Tinga


QUINHO, SERGINHO DO PORTO, LEONARDO BESSA E XANDY DE PILARES - Salgueiro 
Confesso não gostar muito de ver o microfone de uma escola de samba tão dividido assim, a gente acaba não tendo uma referência do que é a voz da agremiação.
Quinho embora tenha um carisma ímpar tem problemas seríssimos de dicção, vale dizer já foi pior, mas se identifica completamente com o Salgueiro, tem momentos que agride nossos ouvidos, mas é um bom artista, quando consegue dosar seu potencial, bancado pela presidente Regina Celli, mais uma vez, passou sem grandes momentos na Sapucaí, porém cumprindo o que parece sua missão: animar a massa!
Serginho do Porto é bom intérprete, seguro, mas sem tanto destaque, talvez até pela opção da já mencionada divisão do microfone. Em solo, poderia render bem mais ao Salgueiro, que parece ter tudo e ao mesmo tempo não ter nada.
Leonardo Bessa tem carisma, bela voz, potencial em ascensão.Fez uma boa passagem mais uma vez pela avenida, afinado, e com poder de carregar um samba em seus 82 minutos de desfile.
Xandy de Pilares, muito bom cantor, intérprete de samba enredo precisa aperfeiçoar bastante. Mas cumpriu sua missão, que parece ter sido de dar visibilidade ao carro de som da escola, com mais uma estrela de grande apelo popular.
Talvez pelo time mediano (digo mediano para bom) que o Salgueiro possui, a aposta da  diretoria  tenha optado por este time que num cômputo geral acaba se completando. 
Salgueiro

WANTUIR - Portela
Exímio intérprete de samba enredo. Fez falta no carnaval do Rio. Que bom tê-lo entre os grandes outra vez. Acertada posição da Portela, que com a saída de Gilsinho, pôde vislumbrar um grande talento. Fez sem dúvidas, uma das melhores apresentações deste ano, levando a Portela ao lugar que lhe é seu por direito e história! Muito bom!
Wantuir


ITO MELODIA - União da Ilha
Herdeiro de Aroldo Melodia, intérprete que brilho com a União da Ilha, Ito, o filho virtuoso, pinta e borda no microfone da sua escola de coração. Sua voz, talvez, não seja uma das mais belas dos que aí estão, mas sua performance e atuação sempre se destacam. Tem a cara da Ilha, carisma, competência e segurança profissional para ousar e levar o povo a brincar de carnaval. Deitou e rolou com o microfone da União da Ilha, abrilhantante ainda mais, o grande show que a escola deu neste carnaval. Grande Ito Melodia!
Ito Melodia


WANDER PIRES - Imperatriz Leopoldinense
Bom intérprete, tem um condição vocal privilegiada. Consegue trazer emoção quando canta e é sem dúvidas um bom artista, quando consegue ser profissional, muitas vezes não consegue unir talento à responsabilidade. Foi vergonhoso ouvir Wander Pires totalmente rouco no desfile da Imperatriz, atrapalhando o que poderia ser um grande espetáculo. Muito ruim! 
Um intérprete para ser bom de fato, precisa SIM unir seu talento ao compromisso que assume com determinada escola de samba!
Wander Pires


EMERSON DIAS - Grande Rio
Simpático, carismático, conquistou a comunidade da Grande Rio, mas falta volume vocal, há momentos em que é quase impossível ouvi-lo, não fosse pelo canto duvidoso da agremiação, seria complicado. Tem dificuldades em carregar o samba da agremiação sozinho, principalmente pela força e potência da Invocada, bateria comandada pelo então Mestre Ciça. 
Emerson Dias


NEGUINHO DA BEIJA-FLOR - Beija-Flor de Nilópolis
Uma espécie de herdeiro do trono de Jamelão, no quesito o maior em atividade, é inegável como tem segurança e pode crescer, nunca começa uma temporada igual à outra, está sempre inovando, sem preder a tradição. Impecável, sempre esteve entre os melhores,  e após a despedida de Jamelão assumiu o trono de Rei. Conseguiu carregar nas cordas vocais uma samba medíocre, que ao poder de sua voz, foi capaz passar bem pela Sapucaí, fazendo o que era possível, motivando a comunidade a entender que talvez não tivessem um samba, mas tinha o maior intérprete em exercício. Salve! Salve!
Neguinho da Beija-Flor


LUIZITO - Mangueira
Aquele carnaval de 2006 quando Jamelão se despediu do carro de som da Mangueira, parecia o fim de uma marca da escola, ter um grande intérprete. Não o foi! Embora, jamais alguém se compare a Jamelão, Luizito conseguiu desde então, levar a escola com raça e coração. Luizito perdeu o devido destaque que merece na gestão Ivo Meirelles, mas voltou ao lugar que é seu por direito e talento: o microfone principal da Verde e Rosa. Leva emoção ao público e não se permite errar! É um grande mestre! 
Porém, é bom que se diga, que não é Jamelão, e com um carro de som aquém às tradições da Mangueira, o intérprete teve dificuldades para manter a mesma qualidade ao longo dos 82 minutos de desfile da escola, o que resultou numa de suas piores passagens pela Sapucaí, não rendendo tudo o que se esperava e é capaz; e se este problema não for resolvido, certamente vai perder a cada carnaval mais força, até porque idade e condições profissionais chegam a qualquer um que não se chame Jamelão.
Luizito


BRUNO RIBBAS - Mocidade 
Que bom Sr. Presidente o retorno de Bruno Ribbas à estrela guia da zona oeste! Estava difícil de entender como um talento como este poderia ficar de fora do carnaval carioca em 2014, após ser dispensado pela Unidos da Tijuca. Cantor impecável. Está em ascensão, e vai, se continuar assim, se tornar um TOP. Deu um toque a mais ao bom samba que a Mocidade levou para seu carnaval, fez o povo se emocionar e levantou a Sapucaí, conseguiu colocar o samba na melodia correta tanto técnica quanto emotiva.
Bruno Ribbas


GILSINHO - Vila Isabel
Excelente cantor, consegue com uma firmeza ímpar emocionar e levar um samba que pode até não ser um dos melhores com a mesma habilidade de um grande samba, seus anos na Portela, me parece que foram de muito aperfeiçoamento, cresceu muito, de grande e potencial, acredito que vai crescer ainda mais nos próximos anos. O Gilsinho tem conquistado meu respeito ano após ano, com menos gritos e mais segurança, passou firme com uma Vila Isabel, que ao seu som, não quis saber de nada além de sambar e fazer carnaval. Muito bom!
Gilsinho


IGOR SORRISO - São Clemente
É uma espécie de xodó, entre tudo que gosto de ouvir. Cativante, voz doce, entretanto forte, consegue reunir carisma, emoção, talento e um diferencial difícil de explicar em palavras, é melhor ouvir e sentir... Emoção é a palavra! Ouço por horas sem me cansar. Sem tanto tempo de estrada como alguns outros ditos grandes, ainda vai crescer muito. Fez uma bela apresentação, ocupando todos os lugares que era possível no carro de som da agremiação, sem perder a magia de se "brincar de carnaval". Sem dúvidas é um intérprete de grupo especial. 
Igor Sorriso

PIXULÉ - Império da Tijuca
A volta da Império da Tijuca, trouxe não apenas a beleza do primeiro Império do Samba à elite do carnaval carioca, mas nos brindou também com um talento fascinante, chamado Pixulé. Potente, avassalador, carismático e guerreiro, é assim que consigo definir o intérprete da escola do Morro da Formiga em sua passagem pela Sapucaí. Embora não o conheça pessoalmente, nem tenha tantos dados sobre a forma de tratar sua profissão, o que dá a transparecer, é que, trata-se de um artista extremamente dedicado, defendeu sua agremiação como se fosse a luta por um título, e de certa forma até era... O rebaixamento sofrido, em nada diminui sua qualidade como intérprete, nem mesmo é possível diminuir o brilho que deixou registrado na avenida.
Pixulé

quinta-feira, 17 de abril de 2014

Dona Beta será eleita por aclamação na Vila Isabel e anuncia nova equipe

Vila Isabel
Wilsinho Alves, atual presidente da Vila Isabel, anunciou sua saída da escola de Noel Rosa, e confirmou que no dia quatro de maio, Dona Beta será eleita por aclamação a nova presidente da agremiação.
Confirmado o comando de Dona Beta a frente da Vila para os próximos anos, a nova equipe foi confirmada, além do carnavalesco Max Lopes, integram ao time azul e branco, o coreógrafo da comissão de frente Jaime Arôxa, ex-União da Ilha, e o casal de mestre-sala e porta-bandeira Diego Machado e Natália Pereira passam a ser o primeiro casal, já que era o segundo, além de defender a Acadêmicos do Cubando. O intérprete Gilsinho e o diretor de bateria Wallan renovaram seus contratos,  Décio Bastos volta à direção de harmonia e Tavinho à direção de carnaval.
Dona Beta



terça-feira, 15 de abril de 2014

Leandro Valendo não é mais carnavalesco da Porto da Pedra

Leandro Valente
O carnavalesco Leandro Valente, que comandou os últimos dois carnavais da Unidos do Porto da Pedra, anunciou na noite desta segunda-feira (14-04), seu desligamento da escola de São Gonçalo. Em sua conta no facebook, o artista postou sua despedida e falou a cerca de seu futuro.
Confira na íntegra:
Queridos amigos da Porto da Pedra,


Como a vida é, invariavelmente, marcada por encontros e despedidas, chegou o momento de eu me despedir de vocês. A partir de hoje, oficialmente, não integro mais a equipe do Tigre de São Gonçalo. Parto agora em busca de novos desafios. 

Foram sete anos, dois como carnavalesco, defendendo o pavilhão vermelho e branco e tendo a honra de conviver com essa comunidade maravilhosa, que me acolheu com tanto carinho e que tanto me apoiou. Não tenham dúvidas, um pedaço do meu coração fica com vocês. São tantos nomes, tantos sorrisos e abraços, que prefiro não citá-los para não cometer a injustiça de esquecer alguém. Todos vocês fazem parte da minha história e seguirão comigo em minhas lembranças mais queridas. 

Parto feliz, com o sentimento de dever cumprido e com uma enorme bagagem de aprendizado. Aceitei feliz o desafio de ser o carnavalesco de uma agremiação querida à beira de enrolar bandeira, fazendo o impossível em apenas 28 dias e colocando a escola em um honroso nono lugar em 2013, entre 19 escolas. No carnaval de 2014, produzimos um enredo que ficará marcado para sempre em meu coração e também no carnaval. Fizemos de novo o impossível. Superamos todos os problemas (quem esteve perto sabe disso), e fizemos um desfile maravilhoso, elogiado e que colocou a Porto da Pedra entre as quatro melhores escolas do Grupo de Acesso, sendo a melhor colocada no primeiro dia de desfiles. Isso muito me orgulha! Olhar o rosto alegre de vocês na avenida e receber as mensagens de orgulho que sentiram pela escola não tem preço.

Sempre vou torcer por esta comunidade que tanto amo. Este pavilhão que representa vocês merece todo o respeito e todo o sucesso do mundo! Tenho certeza de que sempre que nos cruzarmos pelas estradas da vida, sei que poderei contar com o carinho e com aquele afeto que vocês sabem dar como ninguém. Vida longa ao Tigre!

Um beijo carinhoso e um abraço bem apertado em todos vocês!




segunda-feira, 14 de abril de 2014

Max Lopes é o novo carnavalesco da Vila Isabel

Max Lopes
A assessoria de imprensa da Vila Isabel anunciou no início da noite de hoje (14-04), a contratação do experiente carnavalesco Max Lopes para desenvolver o carnaval da escola de Noel Rosa em 2015. 

Max Lopes comentou que as conversas estavam bastante adiantadas com a escola, apenas alguns pontos estavam sendo ponderados, e agora resolvidos, foi possível retornar à escola onde já desenvolveu seu trabalho antes, em duas oportunidades, entre os anos de 1985 e 1987, e nos anos de 1995 e 1996, sua melhor colocação foi em 85 com o enredo "Parece Que Foi Ontem", onde conquistou um terceiro lugar, na ocasião Max vinha do supercampeonato pela Estação Primeira de Mangueira.

O talentosíssimo Max Lopes, tem a missão de resgatar a auto-estima da escola, abalada pelos transtornos no carnaval deste ano, e a tumultuada desorganização administrativa que atingiu seguimentos importantes da tradicional escola da zona norte. O 'Mago Das Cores' já pensa no enredo, com a cara e a força da Vila, para trazer de volta a credibilidade perdida pelo péssimo desfile que desenvolveu este ano assinado pelo carnavalesco Cid Carvalho, hoje na Mangueira.

domingo, 13 de abril de 2014

Paulo Barros beija chão da quadra da Mocidade

Paulo Barros
A noite de ontem (12-04), foi memorável para a história da Mocidade Independente de Padre Miguel, de portas abertas, a escola recebeu uma legião de sambistas para abraçar o novo carnavalesco Paulo Barros, que chega com a expectativa de levar a escola novamente à disputa deocampeonato no grupo especial.
Paulo Barros falou sobre a confiança no título em 2015.
- Nós vamos trabalhar muito. Respeito todos que fazem carnaval, mas a Mocidade quer ser campeã, e não será por "a", "b" ou "c", será por um time que lutará junto pelo sucesso da agremiação.
Paulo, chegou a chorar durante seu discurso. Relembrou o carnavalesco Fernando Pinto, um mito que se consagrou na escola de Padre Miguel, onde assinou seis carnavais, e conquistou o campeonato de 1985.
- Essa escola me proporcionou momentos maravilhosos com o maior gênio que o carnaval já viu, o Fernando Pinto. Ele me influenciou bastante. A história da Mocidade é repleta de grandes carnavalescos e eu quero ser digno de integrar esse grupo.
Paulo Barrou que trocou a Unidos da Tijuca pela Mocidade, onde conquistou seus três campeonatos, recebeu homenagens dos torcedores, e chegou a beijar o chão da quadra.
Monique Evans, que voltou a desfilar pela agremiação este ano, também esteve presente na festa, além do casal de mestre-sala e porta-bandeira, o estreante Diogo Jesus e a veterana Lucinha Nobre, a noite contou ainda com a presença de Dudu Nobre, e dos coreógrafos da comissão de frente Jorge Teixeira e Saulo Finelon. Paulo Barros, também levou sua equipe coreográfica, liderada por Marcelo Sandryni e Roberta Nogueira, que acompanham Paulo desde o começo de sua carreira.
Paulo Barros beija chão da Mocidade
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sábado, 12 de abril de 2014

Mariana Rios deixa o posto de rainha de bateria da Mocidade

Mariana Rios
Mariana Rios, atriz da Rede Globo de Televisão, que assumiu o posto de rainha da bateria "Não Existe Mais Quente", mesmo contrariando o gosto e aprovação da comunidade de Padre Miguel, deixa o posto que ocupou sob protestos e polêmica em 2014.
O patrono da agremiação, Rogério Andrade, revelou que foi uma decisão consensual, devido aos diversos compromissos profissionais da ex-rainha.
- A Mocidade agradece o excelente papel desempenhado pela Mariana no Carnaval 2014. Ela chegou na escola em um momento de dificuldades e mudanças, mas soube honrar um dos postos mais cobiçados do carnaval. Toda a nossa comunidade estará sempre de braços abertos para receber e aplaudir essa maravilhosa atriz – declarou Rogério Andrade, em nota.
Mariana Rios também se pronunciou a cerca de seu desligamento de um dos postos mais disputados no carnaval carioca
- Nesses poucos meses aprendi a admirar esta comunidade que me recebeu com tanto carinho. Só tenho a agradecer os momentos de alegria e emoção. Confesso que meu coração sempre será verde e branco – afirmou a bela morena.
A expectativa, é de que a nova rainha seja divulgada nos próximos dias, e é bem provável que outra atriz da Rede Globo de Televisão ocupe o posto.

quinta-feira, 10 de abril de 2014

Unidos da Tijuca e a difícil arte de se manter grande

Unidos da Tijuca 2014
A debandada pós-carnaval na escola do Borel, se fez um tanto parecida com a ocorrida em 2013 na Vila Isabel, entretanto, com valores bem distintos entre si. Na ocasião, a escola que perdera carnavalesca, casal de mestre-sala e porta-bandeira, coreógrafo de comissão de frente e intérprete, vinha emoldurada com um discurso de falta de pagamento e problemas na execução daquele carnaval campeão; o que temos hoje, na Unidos da Tijuca, é uma gestão, que até os dias de hoje, pelos números e notícias, está dando certo, profissionais com seus vencimentos em dia, e  tendo cumprido seu cronograma para o carnaval deste ano, campeão com Ayton Senna. A debandada foi, no mínimo, estranha...

A pergunta que se faz é: Mauro Quintaes, o novo carnavalesco da Tijuca, será capaz de suprir as expectativas de uma escola campeão do carnaval?

Pontos a considerar:


  • qual estilo a Unidos da Tijuca adotará? Pensando que a estética de Paulo Barros, em nada tem haver com o estilo muito próprio de Mauro Quintaes;
  • a Tijuca terá fôlego para se manter na disputa do carnaval 2015?
  • é possível uma "nova" Tijuca sobreviver?

É claro que a escola não era somente Paulo Barros, não se trata disso. O fato é que, o presidente Fernando Horta, que sempre bateu no peito para dizer que a Unidos da Tijuca tinha quesito, perdeu peças importantes de seu misterioso quebra-cabeças, o "rei do carnaval" como ele mesmo se designou, não conseguiu impedir a saída, por exemplo, do talentoso casal de coreógrafos da comissão de frente, nem tão pouco, os coreógrafos que acompanham o ex-carnavalesco, na arte de dar vida às alegorias de alto padrão criativo.

O nosso 2015 será de expectativas e muito mais empenho das escolas que desejarem brigar pelo título, ou quem sabe se manter entre as seis melhores, vejamos:

  • Salgueiro é a potência que é, indiscutível!
  • Portela, renasceu das cinzas, mostrou que uma administração nova e comprometida, com um carnavalesco de ponta, faz diferença;
  • União da Ilha pode sim ter se reencontrado, e tem ninguém menos que o carnavalesco Alex de Souza, sem contar com uma administração impecável de Ney Filardi, a escola vêm acertando seus quesitos nesses últimos anos, vide comissão de frente, casal de mestre-sala e porta-bandeira, harmonia, evolução e bateria;
  • Imperatriz, parece ter retomado o gosto de ser favorita, e não vai deixar este  G6 tão facilmente;
  • Grande Rio é a mesma de sempre, poder financeiro, com um grande carnavalesco e a eterna vontade de ganhar um carnaval no grupo especial;
  • Beija-Flor, não se enganem, ela volta pra mostrar toda sua força e capacidade de conquistar campeonatos, só precisa fazer as pazes com os julgadores;
  • Mangueira, abadala ainda com toda especulação que vinha tendo a cerca de seu desfile, porém com uma péssima colocação em 2014, tem administração e time para virar esse jogo;
  • Mocidade, é a escola que mais investiu para a próxima temporada, parece ter acertado a questão financeira, e devolveu quesitos para suas cores.
  • E por fim, ainda temos  Vila Isabel, até porque ninguém sabe exatamente a real situação financeira da agremiação, nem tão pouco os rumos da eleição que se aproxima.

Se manter na disputa pelo título, ou mesmo se manter entre as seis melhores colocadas, será uma tarefa extremamente complicada de ser executada com perfeição para os que sobraram na escola do Borel. É bom que se diga, a agremiação não tem comunidade forte (a tal comunidade são os apaixonados por Paulo Barros, foram embora), está abalada com todas essas perdas, não está no auge de seu poderio econômico, enfim... vai se embolar entre as nove anteriormente mencionadas para se manter grande. 



terça-feira, 8 de abril de 2014

“Se o mundo fosse acabar, me diz o que você faria se só lhe restasse um dia?” - é o título do enredo da Mocidade 2015

Paulo Barros na Mocidade
O carnavalesco Paulo Barros, a grande contratação da Mocidade para 2015, será oficialmente apresentado em sua escola neste sábado, 12 de abril às 22h na quadra da Mocidade. A noite será para o talentoso carnavalesco e apresentar o enredo “Se o mundo fosse acabar, me diz o que você faria se só lhe restasse um dia?”
Paulo Barros falou à imprensa sobre o projeto do carnaval na Mocidade:
- Por enquanto, a escola está na fase de organizar o barracão para que possamos dar, na prática, a largada para colocar o projeto no papel. Já tenho todo o desfile na cabeça. Viajo para o exterior dia 23. Vou ficar fora dez dias. Quando voltar vou, então, começar a trabalhar o fim do mundo.

quinta-feira, 3 de abril de 2014

Entendendo as justificativas da LIESA - HARMONIA

Salgueiro 
Julgadores:


Módulo 1  -  Sidnei Martins Dantas

Módulo 2  -  Miriam Orofino Gomes

Módulo 3  -  Célia Souto

Módulo 4  -  Monique Aragão



Império da Tijuca  -  9,6  /  9,7  /  9,7  /  9,6

Segundo Sidnei Martins Dantas a escola conseguiu manter o entrosamento perfeito entre intérprete a bateria, porém o canto dos componentes não se manteve constante com intensidade, vigor e empolgação, sendo assim diversas alas foram citadas como exemplo do problema que penalizou a agremiação com a perda de quatro décimos. Miriam Orofino Gomes julgou que houve falta de entrosamento entre canto e ritmo no decorrer do desfile, a marcação rítmica acentuada dificultou a harmonia e leveza do desfile, e aos 40 minutos de desfile ouve desarmonia entre bateria e  o carro de som, três alas foram penalizadas por ausência de canto. Célia Souto observou que a escola não manteve igualdade rítmica e melódica no seu desfile, tendo assim, dez alas prejudicadas. Monique Aragão julgou que parte da letra do samba se tornara incompreensível por conta do andamento acelerado, entretanto, esse andamento caiu significativamente durante o desfile, os componentes em sua maioria deixaram de cantar parte dos samba.

Diante de tantos problemas apresentados por Miriam Orofino Gomes, até que a julgadora foi bem razoável com nota do Império da Tijuca! Um desfile com andamento acelerado, é sempre algo a se questionar, tanto pela capacidade física do componente, como pela própria desenvoltura geral de cada pessoa que passa pela avenida.


Grande Rio  -  9,7  /  9,9  /  10  /  9,6

Problemas no canto de diversas alas, analisadas no primeiro módulo. Segundo Miriam Orofino Gomes os julgadores desafinaram durante o desfile, na parada da bateria aos 35 minutos, o canto não foi retomado adequadamente. Monique Aragão julgou que entendimento geral da letra foi prejudicado, comissão de frente, elemento alegórico e abre-alas não cantaram o samba.

A Grande Rio doou 100% de suas fantasias, segundo a escola, porém isso não se refletiu como uma harmonia perfeita, ainda falta chão à comunidade caxiense, entretanto, é bom ressaltar que o samba não ajudava. Esse 9,6 soou fora dos padrões, sinceramente eu gostaria muito que a julgadora tivesse apresentados as comissões de frente que cantaram o samba enredo!


São Clemente  -  9,7  /  9,8  /  9,8  /  10

Algumas alas mostraram dispersão, pouca vibração e garra prejudicando a escola, segundo o julgador Sidnei Martins Dantas. Miriam Orofino Gomes julgou que houve desequilíbrio entre ritmo e canto aos 50 minutos de desfile, duas alas foram penalizadas pela ausência de canto. Célia Souto observou no terceiro módulo que oito alas tiveram problemas no canto.

A julgadora Célia Souto, foi das mais rigorosas, disparou apenas duas notas máximas e uma delas para São Clemente! PARABÉNS!


Mangueira  -  9,9  /  9,9  /  9,9  /  9,8 

Quatro alas passaram com problemas no canto no primeiro módulo de julgadores. Miriam Orofino Gomes avaliou que houve falta de uniformidade no canto dos intérpretes aos 29 minutos de desfile, a harmonia também foi prejudicada por conta da parada da alegoria 4, aos 51 minutos, diante do módulo dois. Célia Souto observou   que a escola não teve o rendimento esperado no canto, o chão da escola não teve força, o canto soou fraco, pouco cadenciado, sete alas passaram com problemas de harmonia. Monique Aragão julgou que a velocidade do andamento prejudicou o verso "pegue seu par, dance quadrilha", além de grande parte dos componentes não cantaram o samba na íntegra, apenas os refrões.

Há um problema sério com escolas que insistem em manter um número elevado de alas comerciais, só na Mangueira são 14, esse número é um tremendo absurdo, e, enquanto a agremiação insistir nessa estratégia político/administrativa, vai ser complicado resgatar o chão desta, que é sem dúvida alguma uma das grandes "vozes" do carnaval, com uma comunidade impecável, mas sendo assim, é um esforço desumano para a valente comunidade mangueirense.


Salgueiro  -  10  /  10  /  10  /  10


Beija-Flor  -  9,9  /  10  /  10  /  9,9

Quatro alas passaram com problemas no canto e pouca vibração no primeiro módulo de julgadores. Monique Aragão julgou que a escolha da tonalidade prejudicou a execução do samba pelo intérprete.

Muito das justificativas da perda de dois décimos, se dá por conta de um samba que não funcionou, mesmo com uma das melhores harmonias do grupo especial, de qualquer forma, PARABÉNS ao componente que passou mais uma vez valente e guerreiro defendendo a Beija-Flor de Nilópolis. Valeu Laíla, o melhor!


Mocidade  -  9,8  /  10  /  9,8  /  9,9

Houve oscilação quanto a intensidade do canto com ênfase no refrão causando desequilíbrio na harmonia, oito alas foram penalizadas. Célia Souto observou que excesso de floreados e incentivos durante o desfile prejudicaram a clareza do desfile, além de oito alas passarem com problemas de harmonia. Monique Aragão julgou que, excesso de contra-cantos executados com volume predominante, encobria as vozes condutoras do samba.

Os exaustivos ensaios na Guilherme da Silveira (rua onde a Mocidade ensaia), não se refletiram como se esperava na Sapucaí, várias alas tiveram dificuldade de canto, com um samba que levantou a Sapucaí de qualquer modo, vai ter que arrumar a casa no quesito harmonia para 2015.


União da Ilha  -  10  /  9,9  /  10  /  9,9

Miriam Orofino Gomes julgou que não houve clareza e afinação do canto dos intérpretes, falta de entrosamento entre canto e ritmo na retomada do som pela bateria aos 20 minutos, duas alas foram penalizadas pela ausência do canto. Monique Aragão julgou que o grande número de fantasias ocultou a comunicação com o público.

A justificativa de Monique Aragão é ABSURDA!!! Sem fundamento, coerência, e com um único propósito: prejudicar a União da Ilha!!!


Vila Isabel  -  9,9  /  9,9  /  9,9  /  9,6


O canto não foi sustentado de maneira uniforme segundo o primeiro julgador, sendo, quatro alas penalizadas. Miriam Orofino Gomes julgou problemas entre canto e bateria e desafinação dos intérpretes em alguns momentos do samba. Célia Souto observou que a escola não apresentou um desfile com fluência, leveza e sonoridade harmoniosa e sete alas tiveram problemas no canto. Monique Aragão julgou que a melodia ficou incompreensível em alguns trechos do samba.


Imperatriz  -   9,6  /  9,8  /  9,8  /  9,8


Sidnei Martins Dantas justificou que a escola vinha muito bem, porém aos 17 minutos do desfile houve um vazio do chão da escola, motivado por um problema no abre-alas, o mesmo ocorreu após 1 hora de desfile, envolvendo a ala 30 e a alegoria 7, tais fatos, prejudicaram o perfeito aproveitamento da escola. Miriam Orofino Gomes julgou que a retomada das paradas rítmicas nem sempre foram retomadas satisfatoriamente, duas alas foram penalizadas pela falta de ânimo, e outras duas pela ausência de canto. Célia Souto observou que a escola não cantou o samba com atitude e personalidade , não teve vibração e garra, as alas 16 e 17 passaram sem canta o samba e mais seis alas tiveram problemas. Monique Aragão julgou que algumas alas só se dirigiam a sua frente, sem se comunicar com o público.

Foi, de fato, lamentável o problema ocorrido em frente ao módulo um! O carro de som da Imperatriz teve problemas sérios, seja por Wander Pires cantar rouco, seja por falta de comunicação com a bateria em vários momentos, isso se refletiu nas alas!


Portela  -  10  /  9,9  /  10  /  9,8

Miriam Orofino Gomes julgou que houve problemas no som das cordas aos 20 minutos de desfile se sobrepondo ao canto, e também houve falta de nitidez na emissão da letra do samba pelos intérpretes. Monique Aragão julgou que o andamento rápido do samba prejudicou a performance do samba, o grito da águia foi desnecessário e prejudicial.

Monique Aragão tem distúrbios mentais? Não entender o que significa o grito da águia num desfile da Portela é no mínimo imbecilidade. Não era um grito sem propósito! Seria sim, se fosse uma águia no desfile de Beija-Flor ou Mangueira, mas era Portela!!! E Portela é tudo isso e muito mais. A julgadora é digna de punição por parte da LIESA, em respeito a história das escolas de samba!


Tijuca  -  10  /  10  /  10  /  9,9

Monique Aragão julgou que sete alas não se dirigiam com o público.




quarta-feira, 2 de abril de 2014

Grande Rio reforça seu elenco para 2015

Grande Rio
Em sua incansável luta para se manter entre as "grandes" do grupo especial, a Grande Rio, que conquistou a sexta colocação neste carnaval anunciou na última semana importantes contratações, para manter/renovar a agremiação, na luta pelo tão sonhado campeonato.
O elogiado carnavalesco Fábio Ricardo foi mantido para comandar mais um desfile em 2015 na escola caxiense. Para substituir mestre Ciça, foi contratado mestre Thiago Diogo que defendeu a União da Ilha este ano. Na comissão de frente chegam a dupla de coreógrafos, ex-Unidos da Tijuca, Priscilla Mota e Rodrigo Negri, campeões três vezes pela escola do Borel. E, no quesito mestre-sala e porta-bandeira houve mudanças também, ao lado de Verônica Lima que está mantida para a próxima temporada, chega o mestre-sala Daniel Werneck, que esteve na Estácio de Sá por três anos, e fará em 2015 sua estréia no grupo especial.
O presidente Milton Perácio, comentou as mudanças:
- Estamos há quase uma década, à exceção de 2011, ano em que nosso barracão pegou fogo, desfilando no sábado das campeãs, provando que nossa escola está sempre entre as melhores. Mas queremos sentir o gosto de ser a melhor, de subir no mais alto lugar do pódio. Após algumas reuniões com a diretoria, decidimos que seriam necessárias algumas modificações, o que, na verdade, é a conclusão de um processo já iniciado anteriormente, com a vinda de um novo carnavalesco e de novos diretores de Carnaval (Ricardo Fernandes) e de harmonia (Thiago Monteiro) no ano passado. Somos muito gratos aos profissionais que já passaram pela Grande Rio, emprestando o talento deles à escola. Mas, às vezes, é preciso mexer no time para conquistar a vitória. Esta nova turma que chega à Grande Rio é muito bem-vinda e será certamente muito bem recebida pela comunidade de Duque de Caxias – declarou o dirigente.

terça-feira, 1 de abril de 2014

Entendendo as justificativas da LIESA - SAMBA ENREDO

Final de samba enredo na Mangueira
Julgadores:

Módulo 1  -  Alexandre Wanderley

Módulo 2  -  Alice Serrano

Módulo 3  -  Marta Macedo

Módulo 4  -  Maria Amélia Martins



Império da Tijuca -  9,8  /  9,9  /  9,8  /  9,8  

Segundo o julgador Alexandre Wanderley, o samba trouxe melodia que conquistou nota máxima, porém a letra apresentou falhas em combinação a certos desenhos melódicos, em que os versos não estavam perfeitamente entrosados (excesso de sílabas para pouca melodia) "é o fervo que desce a ladeira/o batuque levanta a poeira", o mesmo ocorreu com o verso "conquistou a nobreza", várias alas deixaram de cantar esta parte do samba, o que penalizou a escola. Alice Serrano justificou problemas em versos da segunda estrofes, "truncados", o que atrapalhou o canto da escola. Marta Macedo penalizou a escola com dois décimos perdidos, onde a melodia da segunda estrofe, embora mais densa que a primeira, é difícil de cantar, houve problemas de métrica e  dificuldade do canto foi acentuada e notada especialmente nos versos 4 a 12 da segunda estrofe. Maria Amélia Martins justificou que o excesso de palavras terminadas em "ao" na primeira estrofe acarretou a perda de um décimo, seguida da perda de mais um décimo na melodia. A julgadora do último módulo observou muitas variações com mudanças repentinas da melodia e o samba cantado muito acelerado atropelando algumas palavras que não foram ouvidas pela julgadora.


O Império da Tijuca, sabendo das dificuldade de se comunicar com o público, de uma escola que vem do acesso,  e é a primeira a desfilar no domingo de carnaval, com uma Sapucaí, completamente fria, se preocupou em levar um samba quente, pra cima, "veloz", talvez, tenha exagerado na dose.


Grande Rio  -  9,7  /  9,8  /  9,6  /  9,6

O julgador Alexandre Wanderley avaliou que embora o enredo faça uma rápida menção ao índio, o tema é abordado nos últimos quatro versos da primeira estrofe, o que pareceu incoerente,  versos com problemas de construção tais como, "do amparo à devoção" e "o meu lugar, seu nome da terra brotou Maricá" com resultado estético ruim,  versos da segunda estrofe apresentam pouca coesão entre si; o samba ainda apresentou falta de riqueza melódica prejudicando o canto e a dança dos desfilantes. Alice Serrano percebeu problemas na poesia pouco criativa, com rimas não originais, além da descontextualização do verso "o couro vai comer", que embora tenha empolgado, estava totalmente fora da proposta poética do samba da Grande Rio, e por fim, faltou unidade melódica. Marta Macedo analisou que a letra da primeira estrofe é confusa, e existem ainda versos deslocados na letra, que em nada acrescentam à sua beleza poética, a letra como um todo carece de tratamento poético e estético, Marta percebeu ainda,  um desequilíbrio entre os refrões melodicamente superiores às duas estrofes. Maria Amélia Martins justificou que a letra lhe pareceu genérica, excesso de rimas iguais na mesma estrofe, falta de criatividade, problema no último refrão que pareceu clichê, o verso "o couro vai comer" foi visto como vulgar a um enredo lírico, e melodia previsível. 


A vontade de se escolher um enredo patrocinado, de uma história com riscos de se causar pouco rendimento era evidente no enredo, a proposta da escola estava em compensar essa debilidade no luxo, criatividade, poder financeiro, onde, o samba não acompanhou essa estratégia. Um samba que será facilmente esquecido por Caxias.


São Clemente  -  9,6  /  9,8  /  9,8  /  9,7

Segundo Alexandre Wanderley a letra apresentou  problemas de poesia e beleza geral, como por exemplo no verso "a fome de amor faz meu sonho sonhar", problemas também com excesso de rimas terminadas em "ão" na primeira estrofe, além de pouca criatividade; já na melodia, apresentou refrões funcionais, mas os desenhos melódicos das estrofes não foram suficientemente elaborados. Alice Serrano analisou um pequeno problema de criatividade na letra, já na melodia faltou um momento de impacto, de explosão, com refrões "mornos". Marta Macedo analisou que a letra é comum demais, com pouca beleza poética. Maria Amélia Martins observou que faltou ficar explícito na letra a irreverência, o espírito, a manimolência da favela, a letra acabou comum demais, e melodia oscilante em diversos momentos do samba.


A São Clemente trouxe um samba bastante agradável ao canto, "leve", porém a falta de um refrão imponente, e utilização de rimas pouco criativas causam, de fato, problemas na avaliação geral da obra. O samba não utilizou, ainda, toda irreverência costumeira da escola para se diferenciar, entre "monstros sagrados" que circularam por outras agremiações este ano.



Mangueira  -  9,9  /  10  /  9,9  /  10

Alexandre Wanderley observou que o samba apresentou  problemas de melodia na segunda estrofe faltando um pouco mais de variação melódica, sobretudo nos primeiros versos. Marta Macedo destacou onze ocorrências de rima em "ar" ou "a" (têm o mesmo efeito sonoro), tanto na primeira como na segunda estrofe, isso comprometeu a criatividade, originalidade e beleza poética por ser uma rima muito comum.

A análise de Marta Macedo me faz refletir de como deve ser árdua a missão de compor um samba enredo que atenda a tantas expectativas, seja de comunicação com o público, funcionalidade, técnica propriamente dita, apelo popular, gosto da comunidade, tradição e identidade com a escola a que representa, beleza poética, compromisso com o enredo, enfim... esses caras merecem ser deveras aplaudidos! Grande samba da Verde e Rosa!


Salgueiro  -  9,9  /  10  /  10  /  10

Alexandre Wanderley observou que o samba não rendeu tudo o que prometia na avenida, a utilização de seis verbos na segunda estrofe "é/querer/aprender/cuidar/saber/preservar" causou problemas na letra, além da repetição da frase "canta Salgueiro" nos versos finais do refrão principal.

Quando em outra oportunidade, analisei os sambas enredos desta safra já havia atentado ao risco da repetição do verso "canta Salgueiro", que já me parecia bem excessivo e desnecessário, para esta bela obra. No mais, um dos melhores sambas que passaram na Sapucaí em 2014.


Beija-Flor  -  9,6  /  9,8  /  9,6  /  9,5

Alexandre Wanderley avaliou que não houve problemas na melodia do samba, os quatro décimos perdidos no primeiro módulo de julgadores, se deu por conta da falta de comunicação com o público,  o verso "erguer a Torre de Babel" parece sintetizar essa dificuldade. Na primeira estrofe há desconexão entre os versos. O verso "um lado a comunicar, o outro comunicou"  só é compreensível para quem lê o livro abre-alas, soa forçada a rima dos versos finais "vem, a festa é sua, a festa é nossa, de quem quiser/mostra que babado é esse de samba no pé". Alice Serrano analisou que faltou conteúdo à letra, além de trechos questionáveis como "sonhar o sonho de um sonhador", "um lado a comunicar, o outro comunicou", "leva desejo divino, divino desejo me leva", "mostra que babado é esse de samba no pé". A justificativa de Marta Macedo pode ser sintetizada pela estética pobre e falta total de beleza poética, com uma melodia  previsível e pouco original. Maria Amélia Martins justificou problemas na letra quando tratou da "Torre de Babel", a letra também se perdeu no universo "global" que comprometem a beleza do samba, vulgarizando-o. A letra também perdeu em beleza e criatividade, a julgadora definiu que 80% do que se passou na letra do samba foi em referência a Rede Globo e 20% sobre a história da comunicação que poderia ter sido mais explorada na letra, já na melodia, os desenhos melódicos são fracos e os refrões monótonos.


Alexandre Wanderley sintetizou muito bem os graves problemas deste samba tão justamente mal avaliado pela crítica, e tão "defendido" como "perseguição à escola" pela diretoria e torcedores. Quando publiquei neste blog que o samba era no mínimo medíocre, disseram que eu perseguia a Beija-Flor, que não gostava da escola, que estava com medo, e o pior: que era um excelente samba e que iriam provar isto na Sapucaí. Só que não!
E por mais que a comunidade nilopolitana tenha se esforçado em defender "que babado é esse de samba no pé", o verso não convenceu!
O samba deu a entender que a Beija-Flor tentou homenagear a Rede Globo, via Boni, passando pela comunicação, o que soou estranho, complicado, de mau gosto, com uma falta de respeito a história de bons sambas que a Beija-Flor possui em sua grade.



Mocidade  -  9,8  /  10  /  10  /  10

Problemas de riqueza poética e de inventividade na letra foram os responsáveis da perda de um décimo na nota dada pelo julgador Alexandre Wanderley, que penalizou ainda a melodia, que com refrões funcionais, as estrofes não apresentaram os mesmos resultados, acarretando problemas de canto nas alas 3, 5, 12, 18, 22 e 33.


União da Ilha  -  10  /  9,7  /  9,7  /  9,9  

Alice Serrano analisou que a letra apresentou problemas de entrosamento no desenho melódico, a construção melódica também deixou a desejar. Marta Macedo justificou que a letra do samba apresentou versos soltos, versos do refrão principal são comuns, e problema no verso "perder ou ganhar, ganhar ou perder", e melodia previsível. Maria Amélia Martins analisou que o refrão do meio não impactou deixando a desejar uma obra que deveria ser mais alegre. 
 

A Ilha levou um samba sem grande pretensões, mas que por fim, propiciou ao componente, o que é raro de se ver hoje em dia: brincar de carnaval! Já as notas, aí é aquele desafio constante dos compositores, que já citei quando analisei a Mangueira. E viva a União da Ilha!


Vila Isabel  -  9,7  /  10  /  9,9  /  9,7


Problemas de estética nos versos da primeira estrofe, difícil compreensão do verso "o branco verdejou" no refrão do meio, além de problemas de melodia que de modo geral os desenhos melódicos não contribuíram para entusiasmar o componente. Marta Macedo problema de estruturação da letra nos versos da segunda estrofe, dificultam o entendimento do enredo para o público. Maria Amélia Martins justificou que alguns versos são confusos, o primeiro refrão também é confuso, a segunda estrofe faltou encadeamento dos versos, na melodia faltou mais criatividade.



Imperatriz  -  9,8  /  9,8  /  10  /  9,9

O único problema na letra se deu à falta de entrosamento no verso "da Europa ao Oriente", com a melodia, o que levou os intérpretes a praticamente suprimirem do canto a preposição "ao", perdendo assim um décimo, o outro décimo perdido se deu devido ao desenho musical que segundo Alexandre Wanderley deixou a desejar. Alice Serrano julgou um décimo perdido na letra do samba, dificuldade em alguns versos, além de "quebras" melódicas, e assim configurou-se dois décimos perdidos. Maria Amélia Martins justificou problemas na melodia que precisava de mais um momento de explosão, a melodia ficou aquém à letra, por se tratar de um enredo que tratou da paixão, o futebol.

A Imperatriz reservou-nos um samba para levantar a arquibancada sem grandes pretensões, causou boas impressões, além do que eu esperava particularmente, o péssimo desempenho do intérprete Wander Pires, talvez, tenha prejudicado a obra.



Portela  -  10  /  10  /  10  /  10

Parabéns Portela! Que segue no resgate aos grande sambas deste país, numa sequência quase que absoluta de grandes obras nos últimos anos!


Tijuca  -  9,7  /  9,8  /  9,8  /  9,9

Alexandre Wanderley analisou que o samba carece de riqueza poética, além da falta de sentido no verso "a internet ultrapassou a energia", e ainda, o desenho musical da segunda estrofe apresenta pouca variação melódica. Alice Serrano percebeu problema no conjunto dos versos que lhe pareceram em "pedaços", o que também ocorreu com a melodia. A justificativa  de Marta Macedo se resume em: carência estética e poética da obra, melodia previsível, sem muita originalidade musical. Segundo Maria Amélia Martins a letra não teve um grande momento, ficou sem emoção, versos simples e sem beleza.
 

Embora esse fosse um dos meus "xodós" ao lado do samba da União da Ilha, sempre me perguntei de onde  foi tirada a ideia de que 'a internet ultrapassou a energia', vale ressaltar que este verso foi modificado pela escola depois da escolha do samba, que originalmente não trazia este verso. 
Os enredos e desfiles defendidos pelo carnavalesco Paulo Barros, embora de bom gosto, não têm servido a disposição de grandes sambas, o que tem causado problemas neste quesito, para beleza poética e boa estética das obras.