quinta-feira, 10 de abril de 2014

Unidos da Tijuca e a difícil arte de se manter grande

Unidos da Tijuca 2014
A debandada pós-carnaval na escola do Borel, se fez um tanto parecida com a ocorrida em 2013 na Vila Isabel, entretanto, com valores bem distintos entre si. Na ocasião, a escola que perdera carnavalesca, casal de mestre-sala e porta-bandeira, coreógrafo de comissão de frente e intérprete, vinha emoldurada com um discurso de falta de pagamento e problemas na execução daquele carnaval campeão; o que temos hoje, na Unidos da Tijuca, é uma gestão, que até os dias de hoje, pelos números e notícias, está dando certo, profissionais com seus vencimentos em dia, e  tendo cumprido seu cronograma para o carnaval deste ano, campeão com Ayton Senna. A debandada foi, no mínimo, estranha...

A pergunta que se faz é: Mauro Quintaes, o novo carnavalesco da Tijuca, será capaz de suprir as expectativas de uma escola campeão do carnaval?

Pontos a considerar:


  • qual estilo a Unidos da Tijuca adotará? Pensando que a estética de Paulo Barros, em nada tem haver com o estilo muito próprio de Mauro Quintaes;
  • a Tijuca terá fôlego para se manter na disputa do carnaval 2015?
  • é possível uma "nova" Tijuca sobreviver?

É claro que a escola não era somente Paulo Barros, não se trata disso. O fato é que, o presidente Fernando Horta, que sempre bateu no peito para dizer que a Unidos da Tijuca tinha quesito, perdeu peças importantes de seu misterioso quebra-cabeças, o "rei do carnaval" como ele mesmo se designou, não conseguiu impedir a saída, por exemplo, do talentoso casal de coreógrafos da comissão de frente, nem tão pouco, os coreógrafos que acompanham o ex-carnavalesco, na arte de dar vida às alegorias de alto padrão criativo.

O nosso 2015 será de expectativas e muito mais empenho das escolas que desejarem brigar pelo título, ou quem sabe se manter entre as seis melhores, vejamos:

  • Salgueiro é a potência que é, indiscutível!
  • Portela, renasceu das cinzas, mostrou que uma administração nova e comprometida, com um carnavalesco de ponta, faz diferença;
  • União da Ilha pode sim ter se reencontrado, e tem ninguém menos que o carnavalesco Alex de Souza, sem contar com uma administração impecável de Ney Filardi, a escola vêm acertando seus quesitos nesses últimos anos, vide comissão de frente, casal de mestre-sala e porta-bandeira, harmonia, evolução e bateria;
  • Imperatriz, parece ter retomado o gosto de ser favorita, e não vai deixar este  G6 tão facilmente;
  • Grande Rio é a mesma de sempre, poder financeiro, com um grande carnavalesco e a eterna vontade de ganhar um carnaval no grupo especial;
  • Beija-Flor, não se enganem, ela volta pra mostrar toda sua força e capacidade de conquistar campeonatos, só precisa fazer as pazes com os julgadores;
  • Mangueira, abadala ainda com toda especulação que vinha tendo a cerca de seu desfile, porém com uma péssima colocação em 2014, tem administração e time para virar esse jogo;
  • Mocidade, é a escola que mais investiu para a próxima temporada, parece ter acertado a questão financeira, e devolveu quesitos para suas cores.
  • E por fim, ainda temos  Vila Isabel, até porque ninguém sabe exatamente a real situação financeira da agremiação, nem tão pouco os rumos da eleição que se aproxima.

Se manter na disputa pelo título, ou mesmo se manter entre as seis melhores colocadas, será uma tarefa extremamente complicada de ser executada com perfeição para os que sobraram na escola do Borel. É bom que se diga, a agremiação não tem comunidade forte (a tal comunidade são os apaixonados por Paulo Barros, foram embora), está abalada com todas essas perdas, não está no auge de seu poderio econômico, enfim... vai se embolar entre as nove anteriormente mencionadas para se manter grande. 



7 comentários:

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  2. perde-se os anéis e ficam os dedos... já ouvir falar nesse ditado? A equipe ficou, assim como em 2004 o Fernando Horta deu chance a um carnavalesco conhecido apenas no acesso e em 2008 a jovens bailarinos, muito experientes nos palco, mas sem nenhuma experiencia na sapucaí? acredito no Fernando Horta!

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  3. Estava indo bem, ate tropeçar na parte final. A tal comunidade que segue Paulo Barros, estava na escola em 2007, 2008 e 2009.

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  4. Será uma temporada bem dificil tenho certeza! A escola perdeu tudo é muito fraca na adversidade

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    1. Ela não perdeu muito, até por quê os assistentes do Paulo Barros, permanecem na agremiação. assim como Julinho e Ruth, Mestre Casagrande que especularam sua saída. talvez deva perder na Comissão de Frente que era o ponto chave da escola, nos últimos anos.

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  5. A Tijuca agora tem estrutura, diferente de 2007 a 2009, onde ficava sem o PB. mas acho que a escola manterá o estilo Paulo Barros, até por quê o Mauro Quintaes não e só carnavalesco, pois e uma Comissão de Carnaval aonde se tem o ex-assistentes que acompanharam o própio Paulo, como a Annik que era o braço direito do PB e quiz permanecer.

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  6. Mauro Quintaes derrubou a Mocidade e provavelmente faça isso com a Tijuca, considero-o carnavalesco de R$ 1,99, seus enrredos são banais e sem criatividade um carnavalesco ultapassado, num carnaval acirrado como o do especial não há lugar para ele, A Tijuca deveria apostar em novos profissionais, que estão sobrando no grupo de acesso, gente nova com garra e criatividade.

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