Laíla |
No programa Globo Comunidade que foi ao ar neste último domingo (17-02), pela TV Globo, Laíla, o grande 'maestro' da arte, organização, harmonia, sucesso e excelência nos desfiles da Beija-Flor de Nilópolis, foi um dos entrevistados, e que entrevista! É bom ouvir um homem do samba, sério, que sabe o que diz, que tem uma vida dedicada a perfeição em seus trabalhos.
Foi bom ver Laíla parabenizar o belo campeonato conquistado pela Unidos de Vila Isabel, segundo ele, já havia percebido o diferencial do samba campeão já nas gravações do CD das agremiações.
É bom estar aqui neste 'mundinho de quinta' (como bem disse na última semana o jornalista e comentarista Arnaldo Jabour, sobre o planeta em que vivemos depois do meteorito que caiu na Rússia), para aprender, observar e sobretudo tentar colher ao máximo das idéias, quando um gênio se expressa.
Laíla reclamou muito do espaço para a concentração das escolas de samba, e principalmente a dispersão que é de deixar qualquer um louco, é claro, que quem acompanha os desfiles das escolas de samba do Rio de Janeiro de perto já percebeu a total falta de conforto, e de praticidade mesmo, para se realizar um bom trabalho seja para concentrar a agremiação, seja para deixar a avenida. É óbvio que não vamos diminuir nosso carnaval, a passarela do samba, e o espetáculo de uma forma geral se agigantou tanto que recuar seria qualquer coisa de doido, e Laíla defendeu com afinco esta ideia, disse que estará sempre em sua agremiação defendendo o tamanho de seu carnaval, ressaltou ainda que não dá para crescer mais, porém recuar nem pensar. O poder público é quem tem de garantir condições dignas para que nosso trabalho seja realizado de forma confortável sem qualquer prejuízo para as agremiações e componentes, afinal este é um espetáculo que move uma economia de mais de R$ 1 bi e parte disso se deve a tudo que se passa na Marquês de Sapucaí.
Ele confessou que tem problemas para entender o motivo pelo qual nos últimos anos sua agremiação vem perdendo décimos importantes nos quesitos enredo e alegorias e adereços. Que sabe a liberdade dentro da Comissão de Carnaval de gente como o carnavalesco Bira, ou a contratação de um nome experiente resolvesse esta inquietude que permeia o pensar do Mestre.
Seria difícil transmitir aqui toda essência do que se passou na entrevista, mas deu para perceber, mais uma vez o bom senso de um homem que quando vê seus diretores errar chama a responsabilidade para si, porque sabe ser o líder desta corrente, um artista que ama, protege e defende sua escola para que por longos anos continue sendo esta potência no mundo do samba.
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