quarta-feira, 31 de julho de 2013

Dominguinhos do Estácio de volta pra casa

Dominguinhos do Estácio
Olha a Estácio de Sá chegando! Ficou para trás a sensação de estar longe do Carnaval. A convite do intérprete Leandro Santos, Dominguinhos está de volta ao carro de som da Estácio. Preterido pela Imperatriz onde não teve seu contrato renovado, o veterano ainda não havia sido procurado para cantar em 2014. Tudo mudou até que a voz principal do Leão convidasse o veterano para estar ao seu lado na Sapucaí. O retorno para a escola do coração acontece após 18 Carnavais, depois de marcantes passagens por Viradouro, Inocentes de Belford Roxo e Imperatriz.

"Olha, estou surpreso até agora. Eu estava quieto no meu cantinho quando o Leandrinho veio falar comigo. Fiquei muito feliz. Há 18 anos que eu não canto na Estácio, o último samba que cantei lá foi o do Flamengo. Vai ser um negócio muito importante. Está uma alegria só. Rapaz, minha família está toda em festa, todos acharam muito legal. Acho que vai ser tudo muito legal. Eu nunca me afastei da Estácio, nunca troquei meu nome. Estou sempre em contato com a escola e minha família toda mora lá. É muito bom isso tudo", afirmou Dominguinhos.

Se na Imperatriz a parceria com Wander Pires acabou não funcionando da maneira esperada para os cantores, na Estácio o pensamento é totalmente oposto. Empolgado com a oportunidade de seguir em ação no Carnaval, Dominguinhos não poupa agradecimentos e elogios ao parceiro Leandro Santos e faz questão de projetar uma dupla bem afiada para mais um desfile da Vermelha e Branca.

"O Leandrinho é o meu filhote, temos uma relação de pai e filho. Vai ser uma ótima parceria. Primeiro porque ele é um cara de muito talento, de muita qualidade e segundo pois agora sou eu que estarei aprendendo com ele. Estou radiante, é um sinal que não fui esquecido", acrescentou.


Leandrinho festeja retorno: 'Vou cantar com outro mestre'

Principal responsável pelo retorno de Dominguinhos, Leandro Santos não esconde a emoção e a ansiedade de poder contar com o ídolo em sua equipe. E a ideia de contar com a presença do veterano no carro de som não foi ao acaso. 

"A ideia surgiu quando vi que ele estava sem escola e achei que era o momento certo de fazer o grande mestre voltar para a casa dele. É uma honra muito grande honra dividir o microfone com o Dominguinhos. Ele é um gênio, realmente um mestre. Acho que será muito tranquilo essa nossa relação, nos respeitamos e nos gostamos muito. Será uma sensação única. Cantei seis anos ao lado do Jamelão e agora poderei cantar com outro mestre, uma satisfação que poucos conseguiram ter. 
Será um casamento que dará certo, não terá nada forçado, não terá vaidade. Ele é uma pessoa muito humilde, espetacular", comentou Leandrinho.

O lado curioso da novidade ficou por conta da reação de Dominguinhos e do presidente Leziário Nascimento quando a novidade foi colocada em pauta. Segundo Leandrinho, os dois celebraram a possibilidade do "reencontro".

"A reação do Dominguinhos foi maravilhosa. Na hora em que falei ele já aceitou vir almoçar comigo para conversarmos. A ideia mesmo partiu quando estive com o presidente e pensamos que essa possibilidade seria a ideal para o momento. Então eu mesmo tive a iniciativa de ir falar com ele e explicar esse nosso desejo. É um cara com uma ligação muito forte com a escola e também muito talentoso. Todos nós abraçamos a ideia, é uma honra enorme", contou.


Presidente festeja parceria: 'São minhocas aqui da terra'

Se a dupla está claramente empolgada com a parceria, a postura do presidente Leziário não é diferente. Ao comentar a dobradinha para o próximo Carnaval, o mandatário não demonstrou outra coisa a não ser alegria. A sensação de ter a presença da nova dupla é a melhor possível para a Vermelha e Branca.

"É isso, está confirmado! O Salgueiro tem três intérpretes, então vamos ter dois (risos). Não vou falar se vai dar certo ou não.. Já deu certo! Isso é coração, aqui não tem vaidade. Estou empolgado demais. É diferente você contratar um cantor de repente e trazer uma dupla assim. Vem da minhoca da terra. Vamos com tudo. É só felicidade".

Em 2014, a Estácio será a sexta escola a desfilar no sábado de Carnaval. Agora com Leandro Santos e Dominguinhos, a Vermelha e Branca seguirá disputando o título da Série A com um enredo sobre o Porto Maravilha. O título é "Um Rio, a beira mar vento do passado em direção ao futuro".

A apresentação de Dominguinhos acontecerá no próximo domingo durante feijoada que será realizada na quadra da agremiação.

terça-feira, 30 de julho de 2013

Gente de peso fora do carnaval carioca em 2014

O Carnaval 2014 pode reservar momentos incomuns aos olhos dos foliões mais atentos. Cerca de 20 profissionais que durante muito tempo ocuparam importantes postos nas principais agremiações do carnaval carioca estão, pelo menos oficialmente, sem escola. 

No quesito comissão de frente, o nome de Fábio de Mello na lista causaria espanto a um indivíduo que acompanhou o carnaval com mais atenção na década de 90. Seu último trabalho foi na Beija-Flor de Nilópolis, em 2012, e a saída foi um pouco traumática, já que fez críticas públicas ao trabalho de outros coreógrafos e as recebeu também de membros da própria Beija-Flor. Regina Sauer, que passou pela Imperatriz e Porto da Pedra, e Renato Vieira são outros nomes sem escola.

Já no segmento responsável pela comunicação com o público e que talvez conte com a maior visibilidade entre as pessoas que não acompanham o carnaval mais de perto, o carro de som, também tem gente de peso sem casa

confirmada no carnaval carioca. O mais famoso deles é Dominguinhos do Estácio, ídolo de muitos sambistas, mas que foi preterido pela Imperatriz Leopoldinense na ''guerra de egos'' com Wander Pires. Bruno Ribas, bicampeão com a Unidos da Tijuca e que fechou com a Vai-Vai, e Nêgo, com passagens por diversas escolas tradicionais, completam a lista.



Na condução dos pavilhões também tem gente muito boa sem escola confirmada para 2014. Gleice Simpatia (ex-Salgueiro), Robson e Ana Paula (ex-Portela), Ubirajara Claudino (ex-União da Ilha) e Raphaela Caboclo (ex-Império Serrano) integram a relação, sendo que Raphaela pediu dispensa da Verde e Branco do morro da
 Serrinha. 

Já o segmento que mais tem nomes de referência sem escola é a bateria. Dois deles, mestre Odilon e mestre Celinho, têm coleção de notas dez e relevantes serviços prestados ao carnaval. Mestre Riquinho, que comandou a bateria da União da Ilha de 2007 a 2013, e mestre Paulão, ex-Renascer de Jacarepaguá, ao lado de mestre Jorjão, inventor da batida funk na Viradouro em 1997, completam a relação.


Max Lopes


Há também dois carnavalescos de muita experiência na lista. Max Lopes, campeão do Grupo Especial em 1984, 1989 e 2002, e Roberto Szaniecki, vice-campeão com a Grande Rio em 2006.

Jéferson Carlos, homem forte da gestão Ivo Meirelles na Mangueira, é contratado pelo Salgueiro

Jéferson Carlos
Depois de se afastar da Estação Primeira de Mangueira após o desfile de 2013, Jeférson Carlos, que foi diretor de carnaval da Verde e Rosa durante a gestão de Ivo Meirelles irá trabalhar na equipe de Dudu Azevedo no Acadêmicos do Salgueiro em 2014. Não se trata de uma comissão. Dudu Azevedo é o diretor de carnaval da Vermelho e Branco e Jéferson irá integrar a equipe responsável, entre outras coisas, pelo trajeto das alegorias do barracão até a concentração.

- Eu tenho uma equipe que trabalha comigo e que é responsável pelas alegorias. Da retirada do barracão até o retorno após o desfile. Essa equipe não trabalha só no dia do desfile. Desde agora já temos reuniões e fazemos um bate-bola bem legal com a harmonia, comandada pelo Siro, Jô e Tia Alda. Nos entendemos muito bem. O Jéferson é um grande amigo que encontrei no samba. Jogamos futebol juntos toda segunda-feira e resolvi convidá-lo para fazer parte da equipe. Estou tendo a oportunidade de ser, sozinho, o diretor de carnaval da escola, mas ninguém consegue fazer nada sozinho. Preciso dessa equipe. Ele é um cara jovem, competente e que compactua de diversas opiniões que também são minhas. Temos os mesmos ideais - explicou Dudu Azevedo, que irá para o terceiro carnaval consecutivo no Acadêmicos do Salgueiro.

Nascido e criado dentro da Estação Primeira de Mangueira, Jéferson Carlos já passou por diversos segmentos da Verde e Rosa e não esconde de ninguém o amor pela escola, mas como profissional do carnaval analisa a nova oportunidade.


- Eu amo carnaval. É a minha vida. Não conseguiria ficar fora... O Dudu me fez o convite e claro que aceitei, pois é um amigo, irmão e eu admiro muito o trabalho dele. Será uma grande oportunidade de aprender um pouco mais em uma escola também muito tradicional. Será uma experiência sensacional.

O Acadêmicos do Salgueiro levará para a Avenida o enredo ''Gaia - a vida em nossas mãos'', que será desenvolvido pelos carnavalescos Renato Lage e Márcia Lage. A Vermelho e Branco será a quinta escola a desfilar no domingo de carnaval.

segunda-feira, 29 de julho de 2013

Rainha de bateria da Mangueira se apresenta no Japão

Evelyn Bastos
Evelyn Bastos, rainha de bateria da Mangueira e do Carnaval do Rio de Janeiro, embarcou para o Japão, onde vai participar de vários eventos de samba na terra do sol nascente. Evelyn viajou com a equipe da Riotur junto com o Rei Momo Milton Rodrigues e as princesas do Carnaval.

Além de representar a cidade, Evelyn terá ainda um compromisso como rainha de bateria da Mangueira. Ela vai conhecer a escola de samba Saúde, que fica na a cidade de Yokohama e que tem as cores verde e rosa.

Evelyn ficará no Japão até o dia 3 de setembro. O país tem diversas escolas de samba e vive a temporada carnavalesca entre os meses de julho e agosto, no alto verão.

Roberto Szaniecki fora do carnaval em 2014

Roberto Szaniecki

 Um artista longe do espetáculo. Após não ter seu contrato renovado com a Grande Rio, o carnavalesco Roberto Szaniecki não participará do Carnaval de 2014. Em conversa com o DIA na Folia, o artista afirmou que por uma escolha pessoal acabou aproveitando a saída da Tricolor de Caxias para dar uma pausa nos trabalhos carnavalescos para cuidar de sua saúde, já que sofre de diabetes.

"Decidi não fazer Carnaval neste ano. Precisei parar um pouco para colocar minha saúde em ordem, colocar minha vida nos trilhos. Estou há 20 anos nesta rotina, então estava precisando dar essa parada estratégica. Não adianta forçar a barra. Já estava muito cansado, não trabalho só com Carnaval, sou envolvido em muitos eventos e produzir tudo ao mesmo tempo acaba fazendo o corpo gritar. É a hora certa de dar uma descansada para poder colocar tudo no seu devido lugar", afirmou o carnavalesco.

Mesmo com a garantia de que não participará do Carnaval em 2014, os trabalhos de Szaniecki não estão totalmente parados. O artista segue desenvolvendo alguns projetos e garante que a ausência no espetáculo carioca não será muito prolongada.

"Essa parada é só neste ano mesmo, apesar de continuar fazendo outros eventos, mais em escritório. Quando estiver tudo em ordem estarei de volta ao Carnaval para 2015", afirmou.

Descendente de poloneses, Szaniecki começou seus trabalhos como carnavalesco principal em 1993, na Unidos da Ponte. No ano seguinte, o artista se transferiu para o Salgueiro e foi vice. Campeão apenas no Carnaval paulista, pela Gaviões da Fiel, em 1999, e Império de Casa verde, em 2006, Szaniecki se destacou na Grande Rio, onde foi o responsável por dirigir seis carnavais, o último em 2013, ficando com a 6ª colocação. Após se despedir da Tricolor de Caxias, o carnavalesco chegou a ser cogitado em algumas escolas para o próximo ano, mas a decisão do afastamento falou mais alto.

segunda-feira, 22 de julho de 2013

Samba chapa branca em 2014

Samba de enredo
Num tempo em que os diversos compositores espalhados por este imenso Brasil estão com sua criatividade em alta, num tempo em que Vila Isabel arrebata os corações do carnaval 2013 fundada num belo samba, num tempo de plena democracia do samba de enredo, me parece até curioso que algumas agremiações, cada qual com seu motivo, façam a escolha por um samba chapa branca. Este mesmo, aquele samba que não será submetido ao gosto do torcedor, samba que será escolhido à portas fechadas, nos gabinetes da presidência, sem qualquer disputa aos calor humano do torcedor.

Talvez dê certo, mas para isto a sintonia do bom gosto, dos astros, e de toda mediunidade precisam estar de mãos dadas. Agradar o público e marcar época, como nos antigos carnavais não tem sido tarefa fácil, mesmo com ótimas safras nos últimos anos, tanto no grupo especial como no acesso do carnaval do Rio.

Escolas como União de Jacarepaguá, Renascer de Jacarepaguá e Acadêmicos da Rocinha, decidiram encomendar seus sambas para o próximo carnaval, mesmo possuindo uma ala de compositores atuante e talentosa. Já Paraíso do Tuiuti, Em Cima da Hora e Tradição vão reeditar sambas de antigos carnavais ou de outras agremiações, ao bom sambista, amante do carnaval resta aguardar, mas fica a dica, a tarefa não é fácil, encantar, vibrar, emocionar, levantar o público, é trabalho árduo. Fica registrado a ousadia de presidentes que estão chamando a responsabilidade para si, e apostando em seu bom gosto, bem como suas respectivas assessorias.

Samba chapa branca? Sei não, hein!

Foto montagem dos integrantes da Unidos da Tijuca com Ayrton Senna do Brasil

A Unidos da Tijuca está a todo vapor, na construção de um carnaval que promete emocionar o público com a ousadia de sempre, característica que se tornou marco da equipe Paulo Barros.

A agremiação divulgou foto montagem de seus integrantes com o ídolo Ayrton Senna.

Ayrton Senna e Unidos da Tijuca

Regina Celi declara seu desejo em ter Bruno Ribas no Salgueiro

Bruno Ribas

Em sua página no facebook a presidente do Salgueiro, Regina Celli declarou na manhã desta segunda-feira (22-07) seu desejo de ter o talentoso intérprete Bruno Ribas na Academia do Samba.

Veja na íntegra:

Eu ainda tenho muitos sonhos a realizar. Um deles, é quase impossível, mas vamos lá: queria fundar uma escola de samba. E nela, teria somente amigos, pessoas que gosto de ter por perto. Isso porque não posso e não consigo tê-los todos comigo em nossa Academia do Samba. E um dos meus primeiros parceiros nessa empreitada seria o querido Bruno Ribas. Se eu pudesse, certamente ele também estaria no time de cantores do Salgueiro. Mas fico feliz e emocionada ao vê-lo chegar tão bem na G.R.C.S.E.S. Vai-Vai, levando para São Paulo toda a sua experiência e simpatia, somando ainda mais com a comunidade do Bixiga. Desejo muita sorte ao Bruno e à sua esposa, Joelma Lisboa, sempre firme e determinada a ver sua família feliz. Um exemplo!

Acadêmicos da Rocinha é a Barra da Tijuca em 2014 na Sapucaí

Acadêmicos da Rocinha

E foi com casa cheia que o G.R.E.S. Acadêmicos da Rocinha anunciou seu enredo para 2014. Durante a Feijoada dos Poetas, que aconteceu neste último domingo (21-07), o carnavalesco Luiz Carlos Bruno invocou sua comunidade a comprarem a ideia de um enredo sobre o bairro da Barra da Tijuca, zona oeste do Rio, o título já está definido: "De um paraíso sonhado, um sonho realizado. Sorria, a Rocinha chegou à Barra".  Ele ressaltou que alguns problemas de organização impediram que o enredo fosse anunciado anteriormente, com isso, a escola dispensará a etapa de disputa de samba enredo.

O carnavalesco declarou seu compromisso em levar para a Sapucaí um desfile competitivo, e salientou que hoje, a comunidade da Rocinha é respeitada entre as agremiações, e pode levar qualquer história para a passarela do samba, pois tem uma comunidade guerreira que defende com ousadia seu pavilhão.

Mesmo parecendo um enredo clichê na humilde opinião deste blogueiro, Luiz Carlos Bruno acredita que a escola vai surpreender pela força que tem, e a identidade com o tema.

Há rumores de que exista uma promessa de patrocínio sendo negociada. Num ano que escolas do grupo de acesso vão defender diferentes lugares do Rio de Janeiro, vide os enredos de Viradouro com Niterói, Caprichosos de Pilares com o bairro da Lapa, Alegria da Sul com a antiga Copacabana, Império Serrano com Angra dos Reis, vem aí nas asas da Borboleta Encantada a história do emergente bairro de classe média do Rio, a Barra da Tijuca.

A Feijoada dos Poetas, além de anunciar o enredo 2014, serviu-me para apresentar um bom lugar para se frequentar nesta nova temporada carnaval 2013/2014, uma escola de samba de uma simpatia ímpar, bateria de muito bom gosto, casa muito bem planejada, boa bebida, e claro, o sambista presente para dizer que em Rocinha se faz samba também.

Vamos Rocinha, Essa É A Hora!

Quadra da Rocinha

quinta-feira, 18 de julho de 2013

Sábado tem Feijoada Imperial

Império Serrano

Vem aí o GRES Império Rubro-Negro

Rubro-Negro
Uma nova escola de samba surge no carnaval carioca. Trata-se do Império Rubro Negro, agremiação oficialmente fundada em 08 de março de 2013 e que deverá ficar no lugar da Império de Praça Seca no Grupo de Acesso B, que desfila no domingo de carnaval, na Intendente Magalhães. A apresentação oficial, com direito a coroação de rainha de bateria, acontecerá no dia 16 de agosto, às 22h, no Clube dos Portuários. De acordo com o que o Blog do Ray apurou, o CNPJ usado será o mesmo do Império de Praça Seca.

Arraiá da Raiz Mangueirense

Arraiá


No próximo sábado, 20 de julho a partir das 15h uma das maiores torcidas organizadas do carnaval carioca, a Rais Mangueirense, realizará seu Arraiá em verde e rosa!

Para participar do evento basta pagar R$ 10,00 (até o dia 19) e levar um prato de doce ou salgado.

Expediente:

Dia: 20 de julho
Horário:  15h
Local: Avenida Visconde de Niterói - em frente a Quadra da Estação Primeira de Mangueira

Mais informações: Romário Souza - cel. 9913-7638  /  8839-2781   /   9286-5339



Rocinha realiza Feijoada dos Poetas com show de Marquinhos Sathan

Rocinha

A Acadêmicos da Rocinha realiza no domingo, dia 21, a partir das 13 horas, a tradicional Feijoada dos Poetas em comemoração ao Dia do Amigo com diversas atrações, como o cantor Marquinhos Sathan; o grupo Sem Crise; a bateria Ritmo Avassalador, de mestre Maurão; e a voz de ouro do intérprete Leléu.
Além das apresentações, o presidente Darlan Santos e sua diretoria anunciarão o enredo que a escola vai levar à Marquês de Sapucaí no Carnaval 2014 e a nova rainha de bateria da azul, verde e branca da Zona Sul.
A entrada custará R$10, com direito a uma caneca personalizada, e a feijoada, que será servida até às 16 horas, R$10. A Acadêmicos da Rocinha fica na Rua Berta Lutz, 80, São Conrado.
Serviço:
Feijoada dos Poetas – 21 de julho
Horário – 13h
Entrada – R$10, com direito a uma caneca personalizada
Feijoada – R$10h, servida das 13h às 16h
Endereço - Rua Berta Lutz, 80, São Conrado

quarta-feira, 17 de julho de 2013

Parabéns à Rainha Renata Santos!

Renata Santos

Se o dito popular, 'quem é rei (neste caso rainha) nunca perde a majestade', é verdade mais do que nunca se materializa na figura desta ex-rainha, ou eternamente rainha não sei qualificar muito bem, Renata Santos.

Após ser, mesmo contra a vontade do mangueirense, trocada pelo ex-presidente Ivo Meirelles por Gracyanne Barbosa, Renata sempre fez questão de proclamar seu amor, paixão e completa dedicação a Estação Primeira de Mangueira, e mesmo tendo recebido propostas para desfilar em outras agremiações preferiu deixar o tempo passar... coisas de mangueirense! A paixão pela verde e rosa era grande demais!

Hoje a bela Rainha comemora mais uma ano de vida, e as redes sociais que envolvem o torcedor mangueirense, o sambista apaixonado, não tem outro assunto preferencial do que a reverência, e os votos sinceros de saúde, paz e sucesso, a esta mulher que arrebatou os corações do povo de Mangueira.
Renata Santos

Vida longa a esta mulher do samba, uma figura incrível, uma pessoa admirável! E muito obrigado por tão bem ter representado nossa escola de samba enquanto Rainha de Bateria, e que venham muitos outros carnavais juntos com a Estação Primeira de Mangueira.

Parabéns Rainha!

Caprichosos de Pilares dá início a disputa de samba 2014

Caprichosos de Pilares

A disputa de samba-enredo na Caprichosos de Pilares promete ser acirrada. Com 21 sambas inscritos, a azul e branca já definiu como será o chaveamento para as eliminatórias, que começarão já nesta quinta-feira, 18, na quadra da escola.

Durante reunião com as parcerias, foram organizados os dois grupos, que concorrerão alternadamente. A chave azul contará com 11 sambas. Na semana seguinte, será a vez da branca, com as outras 10 composições. As apresentações acontecem todas as quintas-feiras, a partir das 21h.

A ordem das apresentações será sorteada pouco antes do início da disputa, com presença de um representante das parcerias. Na ausência de um compositor durante o sorteio, um diretor de harmonia será o responsável pela validação.

A Caprichosos será a quarta escola a desfilar no sábado de Carnaval com o enredo "Dos Malandros e das Madames: Lapa, a Estrela da Noite Carioca", que será desenvolvido pelo carnavalesco Amauri Santos.

A quadra fica na Rua Faleiros, 1, em Pilares. O ingresso masculino custa R$ 5 e para mulheres é grátis. Informações: (21) 2592-5620.


Confira os sambas concorrentes:

Chave azul
Parceria 01 - Jorge Lopes e Ivanzinho RF 
Parceria 02 - Joel do Andaraí, André Calvelli e Gilson do Cavaco 
Parceria 05 - Sales, Édson baiga, Walter do Engenho, Renato de Pilares, Tuninho Farias e Farias do IAPI 
Parceria 06 - Jorginho Moreira, Frank, Rafael Gigante, Victor Rangel, Max Colonna e Edinho de Pilares 
Parceria 08 - Nei Negrone, Marquinho Lessa e Ernani Missa 
Parceria 10 - Sylvinho, Dudu Mendes, Tuil Pontes, Geraldo Filho e Claúdio Bacana 
Parceria 11 - Xande de Pilares, Betinho de Pilares, Gilson Bernini, Dudu Botelho e Jassa 
Parceria 13 - Lee Santana, Eli Penteado, Geraldo Rodrigues, Zé Carlos, Fuc e Jurandir Terra 
Parceria 16 - Almir de Araújo 
Parceria 17 - Galdino, Grande, Janjão, Queilo, Eduardo do Vilar e Marcelo JF 
Parceria 20 - Ricardo Martins, Zé Ketty, Piu das Casinhas, Miranda e Dieguinho Pinná


Chave branca
Parceria 02 - Bulla, D. Minas, Luiz Careca, Bilico, Juarez Corrêa e Leozinho da Caprichosos 
Parceria 04 - Marcão Harmonia, Betinho Madureira, Beto Serpa, Anderson Bil e Jorginho Estrela Negra 
Parceria 07 - Aurélio Proença, Paulo Apparício, Mauro Speranza, Naldo da Carne de Sol, Mauro do Gato e Márcio do Swing 
Parceria 09 - Noquinha, JB, Noca da Portela, Anderson Maia, Nelsinho e Diogão Pereira 
Parceria 12 - Márcio Garcia, Sena, Gilson, Carlinhos Ouro Preto, Marcos Lauriano e Waguinho 
Parceria 14 - Carlos Roberto, Matos, Pedro Paulo e Ho-Gim 
Parceria 15 - Marcelo Marrom, Roberto Branco, Tomtom, Picolé da Beija-Flor, Pelé e Alfio Palazzo 
Parceria 18 - Zé Carlos da Saara, Juares, Zero a Zero, Silvio do Toldo, Polako e Lorinho do Engenho 
Parceria 19 - Jorge do Batuke, Jorge 101, Vitor Kacz, Robert Farrow, Ricardo Pança e Jorge Mathias 
Parceria 21 - Torres de Pilares, Vanderlei Martins, Menezes de Pilares, Adalton do Pandeiro, Marcelo Lopes e Willian do Salão

Carnaval carioca representado na Jornada Mundial da Juventude

Jornada Mundial da Juventude
A Unidos de Padre Miguel estará presente na Jornada Mundial da Juventude, através de Vinícius Antunes e Jéssica Ferreira, primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira.

Após aprovação de um arrojado projeto, Bonifácio Junior, coreógrafo do casal, prepara a dupla para uma apresentação histórica, no dia 25 de julho, na Praia de Copacabana.

A dupla Jéssica Ferreira e Vinícius Antunes – o mais jovem casal da avenida em 2014 – está ansiosa e feliz com a oportunidade e assumir o pavilhão da Jornada para representar a comunidade de Padre Miguel e o povo do Carnaval.

O pavilhão idealizado e criado por Bonifácio Júnior tem as cores do Vaticano (branco e amarelo), a logo oficial da Jornada, as letras na cor azul, que representa a cor do manto de Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil e a franja na cor ouro, que representa a excelência dos pavilhões, que compõem o cenário do samba.

A coordenação coreográfica do espetáculo leva a assinatura de Carlinhos de Jesus.

Bruno Ribas fala sobre carnaval 2014

Bruno Ribas

Ainda sem rumo no Carnaval do Rio. Esse é o panorama de Bruno Ribas atualmente. Após deixar a Unidos da Tijuca, o intérprete só acertou vínculo no desfile de São Paulo. Fechado com a Vai-Vai, o cantor admite que não está em processo de negociação com nenhuma escola de samba do Rio, no entanto, evita descartar a presença na Sapucaí em 2014.

"Sabemos que nunca é tarde, mas por enquanto não há nada no Rio, nada previsto. Ainda estou aberto a trabalhar, mas não sei o que está acontecendo no geral. O que dá para ver é que as escolas cariocas estão bem situadas na questão do carro de som, então não há nada em processo atualmente. De outro lado, estou começando nessa nova empreitada, voltando para São Paulo. Em 2008 estive defendendo o Império de Casa Verde e, agora, num trabalho muito bom no Vai-Vai. Está sendo um processo muito bacana, em breve terá a apresentação para toda a comunidade também. Estou muito empolgado com essa fase", comentou o intérprete.

Enquanto o futuro na Sapucaí ainda segue incerto, Bruno vem direcionando seu foco para o trabalho com o grupo Setor 1. Ao lado dos também intérpretes Tinga, Luizinho Andanças, Wantuir, Gilsinho e Leonardo Bessa, o cantor não esconde a felicidade e a realização com o bom momento de trabalho no projeto.

"O trabalho com o Setor 1 está muito bacana. Estamos focando na nossa música de trabalho, que é uma grande parceria com Rildo Hora. Mas no geral, temos nossa aposta no resgate de grandes compositores, como Cartola, Candeia e Paulo da Portela. É um projeto muito legal e que está cada vez mais num caminho melhor", acrescentou.

Mesmo com a distância do Carnaval do Rio, a agenda de Bruno Ribas segue repleta de trabalhos. Semanalmente, o músico se apresenta junto ao Setor 1 na Choperia Brazooka, na Lapa. Já pelo lado solo, o cantor tem compromisso agendado no Carioca da Gema quinzenalmente, às segundas.


terça-feira, 16 de julho de 2013

Veja logotipo oficial do enredo da Mangueira 2014

Logotipo da Mangueira 2014

A Estação Primeira de Mangueira apresentou, nesta terça-feira, o logotipo oficial do enredo "A festança brasileira cai no samba da Mangueira", de autoria de Rosa Magalhães e Osvaldo Martins. A Verde e Rosa celebrará na Sapucaí grandes festas realizadas em diversas regiões do país e o espírito irreverente do povo brasileiro. Festividades de origem cultural, folclórica, religiosa e até pela diversidade sexual farão parte do desfile.

Na abertura, a escola retratará uma festa inusitada: a que a tripulação de Pedro Álvares Cabral fez junto com os índios, relatada por Pero Vaz de Caminha, escrivão da frota de caravelas do descobridor português.

No enredo estarão o congado, o dia de Iemanjá, a ‘Festa da Uva’, as festas juninas, o bumba-meu-boi do Nordeste e o boi-bumbá de Parintins, a Parada Gay, o réveillon e o Carnaval. Na última parte, serão homenageados “sambistas imortais”.

A Mangueira divulgou a sinopse do enredo para os compositores no início de julho. Os sambas concorrentes devem ser entregues até o dia 6 de agosto, com cinco cópias em CD e trinta com a letra impressa. A disputa começa no dia 10 de agosto, data em que a Estação Primeira reabre sua quadra, após reforma e modernização. A final está marcada para 12 de outubro.


Sinopse da Unidos de Vila Isabel

Vila Isabel 2014
A Vila Isabel apresentou, nesta segunda-feira, a sinopse do enredo "Retratos de um Brasil plural" para os compositores. Toda a equipe de Carnaval da agremiação prestigiou o evento. Em 2014, a atual campeã tentará o tetracampeonato do Grupo Especial, sendo a terceira a desfilar na Segunda-feira.

O enredo, que vai retratar os biomas existentes no Brasil e as características das populações que os cercam, será desenvolvido pelo carnavalesco Cid Carvalho. 

O valor da inscrição do samba é R$ 150 se a parceria for da ala de compositores da Vila. Quem estiver participando pela primeira vez deverá pagar uma taxa de R$ 200. O primeiro encontro para dúvidas com o carnavalesco será no dia 23 de julho. A segunda sessão será no dia 30 e a última no dia 6 de agosto.

A entrega dos sambas deverá ser feita no dia 15 de agosto com 30 cópias da letra e dois CDs. A apresentação das composições na quadra está marcada para 17 de agosto, às 22h.


Apresentação
No Brasil, um gigante pela própria natureza, as Unidades de Conservação são áreas naturais protegidas por lei e guardam, em sua maioria, além de uma expressiva riqueza natural, um significativo patrimônio histórico-cultural, representado por ritos e celebrações, formas de expressão musical, conhecimentos, folguedos, causos e imaginário coletivo, todos construídos na relação íntima das populações tradicionais com o ambiente em que vivem.

É preciso proteger o “corpo” do “gigante”, como o fez Chico Mendes! Chico Mendes (1944-1988), nome que batiza o órgão responsável pela gestão das unidades de conservação brasileiras, foi filho de migrante cearense, começou no ofício de seringueiro da Amazônia ainda criança, acompanhando o pai em excursões pela mata. Assassinado no ano de 1988, em Xapuri, sua cidade natal, Chico Mendes nos deixou um legado de defesa da floresta e de proteção das populações nativas, bem como do meio em que vivem.

Da mesma forma se faz necessário e urgente preservar a autêntica “alma” brasileira!

E a “alma brasileira”, no dizer de Luís da Câmara Cascudo, é o amálgama de tradições múltiplas e milenares. “Nós brasileiros, somos representantes, biologicamente resignados, de povos de alto patrimônio supersticioso. (...) O nosso alicerce consta de amerabas, portugueses e africanos. (...)” “Todas essas memórias ficaram vivas nas reminiscências brasileiras, nos giros e volteios da ebulição mental, presenças ativas na química de todos os pavores coletivos”.

Câmara Cascudo (1898-1986), um dos nossos maiores folcloristas, foi um “moderno descobridor do Brasil”. Através de suas pesquisas e incansável trabalho de campo, Câmara Cascudo nos revelou os caminhos dos vários “sertões” do nosso país, e assim passamos a conhecer melhor o nosso chão e a nossa gente através de nossas manifestações folclóricas, ali onde tantos pensavam não encontrar mais que o vazio imenso, uma vez que a própria etimologia de “sertão” remete a uma forma contrata de “desertão” que, de acordo com o próprio Cascudo, veio da África a bordo dos Negreiros.

Proteger as nossas populações tradicionais e o seu folclore é a melhor maneira de preservar a VERDADEIRA NATUREZA do Brasil. Por isso, para o carnaval de 2014, a Unidos de Vila Isabel junta Chico Mendes e Luís da Câmara Cascudo para um redescobrimento da nossa terra e do nosso povo, revelando as cores e matizes que retratam um Brasil plural.


Sinopse do enredo

É o Brasil um gigante pela própria natureza! Um gigante feito de rochas, terra e matas que moldam sua figura, dos bichos e pássaros que vivem em seu corpo e dos rios que correm em suas veias. Um gigante que, por muito tempo, ficou adormecido enquanto seu corpo era mutilado e suas riquezas saqueadas. Mas é na força do povo, presente nos ritos e celebrações, na musicalidade, nos folguedos, nos causos, no imaginário coletivo e nas ações de preservação, que encontramos a alma deste imenso Brasil. Uma alma viva, que se manifesta e faz vibrar o corpo do gigante lhe fazendo despertar.

Vamos então, seguindo a trilha deixada por Câmara Cascudo, encontrar os “desertões” africanos que “batizaram” os cafundós da nossa terra e, partindo da nossa Costa Marina, adentrar os nossos sertões numa viajem para desnudar o corpo e reverenciar a alma deste imenso Brasil.
Separando as Costas daqui e de lá estava o “Oceano Tenebroso”, como um espelho d’água a refletir a triste imagem da escravidão.

Mas foi do meio do “desertão” da África tribal, e não do vai e vem do litoral, que herdamos a alegria das festividades e a espontaneidade do cantar e do dançar e que desaguaram no vasto estuário da nossa cultura popular.

Do lado de cá, os lusitanos também se fixaram como “caranguejos”, ocupando todo o litoral, berço da exuberante e diversificada Mata Atlântica, criando as diversas regiões coloniais e espalhando os “dejetos” da civilização e do progresso. Diferentemente das terras costeiras, onde os nativos e negros trabalhavam como escravos na exploração das riquezas, os “sertões selvagens” e desconhecidos ficaram renegados à própria sorte.

Mas, enquanto os “civilizados” do litoral derrubavam a floresta original, os lampejos de “brasilidade” espocavam aqui e acolá: os nativos fizeram o colonizador “dançar” e os minuetos escaparam do salão para as varandas e dali para os congos, batuques e cucumbis dos terreiros negros. Seja nas procissões, seja nas danças, iniciou-se o “embaralhamento” como traço marcante desse barroco-latência que nos constituiu.

Mas se, mesmo dilacerado, o litoral foi o ventre gerador, foram os solos desprezados dos sertões que guardaram e protegeram as tradições mais autênticas que do Brasil floresceu. Foi ali, na dureza da lida e da vida afastada da cidade, e não do litoral, lugar onde imperavam as transformações rápidas, que chegavam por meio das regiões portuárias, trazendo mercadorias e idéias que não tinham correspondência com os valores do nosso solo, que vingou a nossa legítima “alma” brasileira.

É o momento de redescobrir na simplicidade da sombra de um cajueiro, do trabalho das rendeiras e das xilografias do cordel, a passagem que nos leva ao Reino do Cangaço, o fabuloso cenário onde Lampião e seus compadres se encontram com as cortes do sertão.

E vislumbrar entre mandacarus, xique-xiques, facheiros e coroas de frades, a misteriosa “floresta Branca” onde o homem das caatingas, entre uma oração pedindo chuva e uma reza amaldiçoando a morte, nos mostra toda riqueza e esplendor onde antes acreditava-se existir apenas o vazio, o deserto e a morte camuflada e escondida na poeira. E quando a chuva cai do céu, por milagre ou pura sorte, o branco se torna verde e a vida vence a morte.

E o verde tem mais cor! Deixe-se, então, seduzir pelo canto do uirapuru e seja conduzido ao Reino das Amazonas, as senhoras do “Inferno Verde”, onde o cangaceiro das caatingas se transforma em barão seringueiro e protetor da copaíba, da andiroba, do babaçu e do buriti. Vem do coração da mata a lição, vem do sertanejo amazônico o exemplo: que a corrente que agora enlaça os troncos, diferentemente daquela puxada por tratores assassinos, seja uma corrente que junte os elos da preservação herdados de Chico Mendes e abençoados pelos seres encantados!

Liberte-se das amarras e permita que o seu pensamento lhe transporte até os Sertões dos Cerrados nos acordes de uma moda de viola para conhecer o Reino de Morená e desbravar a intrigante “floresta de cabeça para baixo” com suas quebradeiras de coco e a riqueza do capim dourado. É a grande oca onde os povos do Xingu realizam o Kuarup em honra aos ancestrais mortos enquanto os deuses sagrados lutam contra o boitatá de fogo para impedir a queimada do seu território. E assim, sob reluzente céu azul anil, protegido esteja o berço das águas do Brasil.

Mas não tenha medo! Feche os olhos, ouça o suave canto da Mãe-D’água e, no vai e vem das águas, no subir e descer das marés, se deixe levar até a Baía de Chocoreré no Pantanal onde o Barco Fantasma com sua bandeira mal assombrada navega ao som do hino do Divino para proteger o lugar. E fecha a porteira e segura o gado! Boi, boi da cara preta não derrube essa cerca porque o pantaneiro não tem medo de careta. Pois aqui tem boi verde do bem e gente que vira bicho sem ninguém estranhar! São tantos mistérios e “causos” que é preciso muito tempo para gente contar.
Dê tempo ao tempo e asas à sua imaginação e voe com a Gralha Azul aos Campos do Sul e também se torne um protetor dos pinheirais. E não perca o rodeio que está para começar: tem pinhão e peão na peleja! E tem o Negrinho do Pastoreio todo prosa em seu cavalo de pau querendo ser o vencedor e o Caipora faceiro sentado em um porco do mato também tem o seu valor. Mas o tempo está acabando e o torneio chegando ao final.

Levantemo-nos das nossas selas confortáveis do descaso, porque para sermos os campeões dessa corrida precisamos ter atitude e pararmos o ganancioso relógio da devastação! É hora de ouvirmos os nossos corações, porque o coração é o que está dentro, é o sertão de cada um!

Eis o reconhecimento da Unidos de Vila Isabel a todos os “Chicos” e “Câmaras Cascudos” anônimos espalhados pelo Brasil! Hoje somos “Vila” e “Herdeiros”! Herdeiros do respeito a nossa natureza e do amor às coisas do nosso país!

Protegendo o “corpo” como fez Chico e a “alma” como fez Cascudo, estaremos preservando a VERDADEIRA NATUREZA do nosso gigantesco país e revelando as cores e matizes que retratam um Brasil Plural!


Autores do enredo: Alex Varela e Cid Carvalho

segunda-feira, 15 de julho de 2013

O que já mudou na Mangueira?

Tem Que Respeitar Meu Tamborim
Há alguns dias eu venho refletindo sobre as reais mudanças na Estação Primeira de Mangueira. Ontem mesmo, eu falava com minha mãe que em 2014 a Mangueira vai brigar pelo título, ela me surpreendeu, dizendo que eu sempre digo a mesma coisa todos os anos, achei engraçado, mas decidi refleti ainda mais no assunto.

O que realmente mudou na 'mais querida do planeta'... 

Estávamos numa estrada que muito parecia sem fim, e escura demais para sonhar com os pés no chão, uma série de carnavalescos sem identidade com nossa escola, um entrave gigantesco entre as raízes mangueirenses e a administração, uma incapacidade de gestão fora do comum, um presidente querendo brilhar mais do que o pavilhão verde e rosa, e claro, com tudo isso acontecendo, o povo de Mangueira se afastando cada vez mais.

A retomada do sonho mangueirense se dá justamente quando voltam a nossa casa gente do porte de Hélio Turco e Alcyone Barreto, Alvinho, e tanta gente bamba que vem ao longe destes anos construindo uma escola de samba de verdade.

A mudança se consolida quando temos a oportunidade de um carnaval assinado pela maior campeã da era Sapucaí em atividade, a brilhante artista Rosa Magalhães, quando nosso querido Carlinhos de Jesus volta ao lugar de onde nunca deveria ter saído, quando a neta de Xangô assume uma bandeira que já poderia ter sido sua há muito mais tempo, quando se mantém um mestre de bateria com a qualidade de Ailton, quando se decide manter um dos maiores intérpretes que o mundo do samba possui, Luizito, quando a tradicional ala das baianas tem uma líder que é nada menos que oriunda da família de Dona Neuma (uma das maiores mulheres mangueirenses que já tivemos, devemos muito a ela), quando se decide devolver o Palácio do Samba ao sambista, mas em condições de uso decente, quando se aposta num enredo com a cara da Mangueira, quando se decide honrar dívidas, e claro, quando o mangueirense anônimo, tem a oportunidade de voltar a acreditar.

Pode até não parecer, mais muita coisa está mudando na escola de Cartola e cia. Mudanças que nos dão reais chances de sonhar com uma briga pelo campeonato à altura das grandes agremiações modernas.

Vamos com tudo para um ano de novidade, tradição, respeito aos irmãos mangueirenses, e nossa marca inesquecível: uma comunidade resgando o chão da Sapucaí, para defender a sua escola de samba.

VAMOS MANGUEIRA, TEM QUE RESPEITAR MEU TAMBORIM!