segunda-feira, 15 de julho de 2013

O que já mudou na Mangueira?

Tem Que Respeitar Meu Tamborim
Há alguns dias eu venho refletindo sobre as reais mudanças na Estação Primeira de Mangueira. Ontem mesmo, eu falava com minha mãe que em 2014 a Mangueira vai brigar pelo título, ela me surpreendeu, dizendo que eu sempre digo a mesma coisa todos os anos, achei engraçado, mas decidi refleti ainda mais no assunto.

O que realmente mudou na 'mais querida do planeta'... 

Estávamos numa estrada que muito parecia sem fim, e escura demais para sonhar com os pés no chão, uma série de carnavalescos sem identidade com nossa escola, um entrave gigantesco entre as raízes mangueirenses e a administração, uma incapacidade de gestão fora do comum, um presidente querendo brilhar mais do que o pavilhão verde e rosa, e claro, com tudo isso acontecendo, o povo de Mangueira se afastando cada vez mais.

A retomada do sonho mangueirense se dá justamente quando voltam a nossa casa gente do porte de Hélio Turco e Alcyone Barreto, Alvinho, e tanta gente bamba que vem ao longe destes anos construindo uma escola de samba de verdade.

A mudança se consolida quando temos a oportunidade de um carnaval assinado pela maior campeã da era Sapucaí em atividade, a brilhante artista Rosa Magalhães, quando nosso querido Carlinhos de Jesus volta ao lugar de onde nunca deveria ter saído, quando a neta de Xangô assume uma bandeira que já poderia ter sido sua há muito mais tempo, quando se mantém um mestre de bateria com a qualidade de Ailton, quando se decide manter um dos maiores intérpretes que o mundo do samba possui, Luizito, quando a tradicional ala das baianas tem uma líder que é nada menos que oriunda da família de Dona Neuma (uma das maiores mulheres mangueirenses que já tivemos, devemos muito a ela), quando se decide devolver o Palácio do Samba ao sambista, mas em condições de uso decente, quando se aposta num enredo com a cara da Mangueira, quando se decide honrar dívidas, e claro, quando o mangueirense anônimo, tem a oportunidade de voltar a acreditar.

Pode até não parecer, mais muita coisa está mudando na escola de Cartola e cia. Mudanças que nos dão reais chances de sonhar com uma briga pelo campeonato à altura das grandes agremiações modernas.

Vamos com tudo para um ano de novidade, tradição, respeito aos irmãos mangueirenses, e nossa marca inesquecível: uma comunidade resgando o chão da Sapucaí, para defender a sua escola de samba.

VAMOS MANGUEIRA, TEM QUE RESPEITAR MEU TAMBORIM!

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