quarta-feira, 29 de maio de 2013

Chiquinho da Mangueira toma posse e garante: 'A Mangueira vai brigar pelo título em 2014 sim!'


Mangueira

Novo presidente exalta apoio da comunidade e anuncia nova quadra para o Carnaval de 2015: 'Não estamos numa aventura'


 O deputado estadual Chiquinho da Mangueira tomou posse, na noite desta terça-feira, como novo presidente da Estação Primeira. Durante a festa, que reuniu mais de mil pessoas, no Clube dos Subtenentes e Sargentos do Exército, no Rocha, o dirigente apresentou o novo conselho e a equipe do Carnaval 2014. No discurso, Chiquinho afirmou que o momento "é difícil", mas que os torcedores podem esperar uma escola competitiva na Sapucaí no ano que vem.

"A expectativa de todos é muito grande. Vamos começar a trabalhar no barracão na próxima segunda-feira. Temos um grande enredo, que tem a cara da Mangueira, cultural, pois a Mangueira representa o que há de melhor na cultura brasileira", disse. Intitulado "A festança brasileira cai no samba da Mangueira", o enredo vai exaltar as principais festas brasileiras como o São João, o Carnaval e o Réveillon do Rio. A escola, no entanto, ainda não conta com patrocínio.


"Ainda não temos, mas vamos correr atrás. É um enredo que tem essa possibilidade. Não queríamos vender nosso enredo e por isso recusamos uma boa proposta de R$ 6 milhões. Tínhamos a obrigação de resgatar os grandes enredos da escola. Podem ter certeza de que vamos brigar pelo título", completou.

Jorge Castanheira e Chiquinho da Mangueira


Quadra reformada somente em agosto

Um mês após a eleição e muito trabalho para limpar e retirar lixo da quadra, a Mangueira iniciará agora uma grande reforma no Palácio do Samba. A reabertura só irá acontecer na segunda semana de agosto, quando haverá uma grande festa para marcar o início da disputa de samba-enredo. Segundo Chiquinho, após o desfile de 2014 as atividades serão interrompidas no local para a construção da nova quadra visando o Carnaval de 2015. A obra será custeada em parte pela prefeitura do Rio e usará como base um projeto criado por Oscar Niemeyer. "O prefeito (Eduardo Paes) me garantiu que vai nos ajudar a viabilizar a nova quadra", revelou o presidente.


Acordos e renegociações de dívidas

Diante do público que lotou o salão do clube, Chiquinho fez questão de enumerar algumas pendências financeiras e judiciais que a nova gestão enfrentará. "A Mangueira vive um momento difícil. E por isso nós estamos aqui. A escola passa pelo seu pior momento na história, com uma dívida difícil de ser paga. São 107 ações trabalhistas, sendo que 100 delas a Mangueira já perdeu. Os acordos serão pagos em 10 anos e, se possível, em cinco. Além disso, temos cinco ações cíveis que vão nos custar cerca de R$ 600 mil".


"Não estamos numa aventura. Temos milhões de problemas, mas temos milhões de pessoas que querem ajudar e vamos lutar para resolver todos os problema e pagar a todos aqueles que tem alguma coisa a receber", afirmou Chiquinho, que já teve encontros com representantes do TRT (Tribunal Regional do Trabalho) e do TJ (Tribunal de Justiça) para buscar acordos. No total, a dívida da verde e rosa pode chegar a R$ 11 milhões.


Equipe confiante e renovada

Na festa, foram apresentados os novos contratados e representantes dos principais segmentos, entre eles o coreógrafo Carlinhos de Jesus, a porta-bandeira Squel, o mestre-sala Raphael, a rainha de bateria Evelyn Bastos e o intérprete Luizito. A carnavalesca Rosa Magalhães não compareceu. 

Para Luizito, que está no posto desde a saída de Jamelão, em 2007, é motivo de "satisfação e orgulho" continuar na verde e rosa. "Dou meu sangue, meu suor, minha  alegria. E sou muito querido por todos. Não tenho pose, só quero fazer o meu trabalho. Fico feliz de ser reconhecido e poder continuar como intérprete da Mangueira", festejou.



Carlinhos de Jesus: 'Volto para não sair mais'

Eufórico também estava Carlinhos de Jesus, que foi bastante assediado por integrantes da escola com muitos pedidos de fotos. De volta após quatro anos, o renomado coreógrafo afirmou que se sente "voltando para casa". "Era o meu momento de voltar. O Chiquinho é um grande administrador e posso dizer que agora volto para não sair mais", disse.

Carlinho de Jesus e Luizito


Carlinhos também exaltou a nova parceria com a carnavalesca Rosa Magalhães, com quem trabalhou na Vila Isabel em 2013. "Estar com a Rosa é sempre uma honra. Temos tudo para fazermos um grande desfile no ano que vem. Vem muita coisa boa por aí. A responsabilidade maior é trazer alegria para o 
mangueirense".

Ex-presidente Elmo José dos Santos, Jorge Castanheira e casal de mestre-sala e porta-bandeira, Squel e Raphael


Diversas personalidades do samba prestigiaram o evento, entre elas as cantoras Alcione e Rosemary, o compositor Nelson Sargento (presidente de honra da Mangueira), a ex-rainha de bateria Renata Santos e os presidentes do Império Serrano, Átila Gomes, do Salgueiro, Regina Celi, e da Liesa, Jorge Castanheira. O desembargador Siro Darlan e o filho do governador Sérgio Cabral, Marco Antônio Cabral, também marcaram presença.

Nação Mangueirense


terça-feira, 28 de maio de 2013

Sorteio da ordem dos desfiles do Grupo Especial será no dia 8 de julho

LIESA

A Liga Independente das Escolas de Samba (Liesa) definiu que o sorteio da ordem de desfile do Grupo Especial para o Carnaval de 2014 será no dia 8 de julho, apenas para convidados, na Cidade do Samba. O Império da Tijuca, campeão da Série A (antigo Grupo de Acesso), vai abrir o domingo de carnaval. A Mocidade Independente de Padre Miguel, que ficou na 11ª posição em 2013, abrirá os desfiles na segunda-feira de carnaval.

Enredos para 2014

Sete escolas de samba do Grupo Especial já divulgaram os enredos que apresentarão no Carnaval 2014, quando os desfiles acontecerão nos dias 02 (domingo) e 03 (segunda-feira) de março. A Beija-Flor de Nilópolis levará para a Avenida "O Astro Iluminado da Comunicação Brasileira", homenageando o publicitário, diretor de televisão e empresário José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, o Boni.

Também na linha de homenagens, a Imperatriz Leopoldinense prestará a sua a Arthur Antunes Coimbra, Zico, o maior ídolo da história rubro-negra e ex-craque da Seleção Brasileira: "Arthur X – O Reino do Galinho de Ouro na Corte da Imperatriz".

A União da Ilha do Governador voltará ao tempo da infância com o enredo "É brinquedo, é brincadeira; a Ilha vai levantar poeira".

O Império da Tijuca, que retorna à elite do samba, apresentará o enredo "Batuk", mostrando a influência de ritmos africanos na cultura brasileira.

O Salgueiro apresentará o enredo "Gaia, a vida em nossas mãos", que falará sobre sustentabilidade e preservação ambiental.

A Grande Rio dedicará o seu enredo a Maricá, cidade da Costa do Sol fluminense: "Verdes olhos sobre o mar, no caminho: Maricá". Os olhos são os da cantora Maysa, figura central do tema.

A Unidos da Tijuca vai homenagear o ex-piloto de Fórmula-1, Ayrton Senna, com o enredo "Acelera, Tijuca". A São Clemente fará uma viagem pela "Favela", mostrando a arte e a criatividade de um povo que não se deixa abater pelas dificuldades da vida.

Com a carnavalesca Rosa Magalhães, a Mangueira terá o enredo "A festança brasileira cai no samba da Mangueira".

Vila, Mocidade e Portela ainda não anunciaram seus enredos.

Mocidade recebe em sua quadra: Mangueira, Viradouro e Alegria da Zona Sul - próximo sábado

E a quadra da Mocidade Independente de Padre Miguel segue bombando!

Mocidade

'Em 2014 a Portela vai brigar pelo título' - diz Falcon


Portela
Com a mesma destreza que há três anos hasteou a bandeira azul e branca do Estado do Rio de Janeiro no alto do Complexo do Alemão — símbolo da retomada do controle da comunidade —, o subtenente da PM Marcos Falcon finca outra bandeira, com as mesmas cores, no centro da quadra da Portela. “É tempo de reunir a escola, queremos todo mundo aqui, sem revanchismo”, clama o policial, eleito vice na chapa que elegeu Serginho Procópio presidente e Monarco, presidente de honra. 


Para libertar a águia da paz e colocar um ponto final na briga que transformou as eleições em um campo de batalha — vencida com apenas três votos de diferença —, Serginho estendeu a mão até para o antecessor, Nilo Figueiredo: “Será sempre bem-vindo aqui.”


Monarco, Serginho Procópio e Falcon lideram a nova Portela
Foto:  Fernando Souza / Agência O Dia




Tempo de paz e de tocar o Carnaval do próximo ano. E, logo de cara, cumprir a principal promessa de campanha: levar a escola de volta às raízes. O primeiro passo já foi dado. Na semana inaugural de trabalho, a nova direção da Portela fechou parceira para construir o Palácio da Velha Guarda, espécie de centro de sociabilidade que será erguido com a reforma do prédio onde hoje funciona a Portelinha. 

Outra novidade é a escolha da rainha da bateria, agora através de concurso e aberto às jovens da comunidade, com a candidata obrigada a preencher três requisitos: beleza, samba no pé e viver fora do círculo artístico. 

Nada contra o holofote global, mas a ideia é a moça ter a cara do samba de Madureira, que, aliás, será o marco regulatório na decisão dos diretores da Portela e que influenciou-a a abolir o chamado “enredo patrocinado”. “Queremos contar história sem prejuízo ao bom samba e ao bom desfile. Vamos com um tema de relevância cultural”, informa Serginho, que esta semana espera ter em mãos o rascunho do enredo lapidado pelo recém-contratado carnavalesco Alexandre Louzada. 

“Mas anota: não vamos desfilar para competir em 2014, vamos disputar o título”, provoca Falcon, que se reuniu com um grupo de empresários disposto a ajudar a reerguer as combalidas finanças da escola, mergulhada em dívidas com prestadores de serviços e empregados, que podem totalizar R$ 7 milhões. “Libertamos a escola de oito anos de domínio de um grupo político. Agora é preciso esquecer o passado”, alfineta o PM, que surpreendeu-se com antigos credores batendo à porta da escola no dia seguinte à vitória: “Mas não vieram cobrar, vieram abrir o crédito, querem nos vender”, revela.

'A Beija-Flor já venceu o carnaval 2014' - diz Boni


Beija-Flor 2014

Empresário visita quadra da escola, ganha homenagem e surpreende ao se comparar a Laíla: 'Nós gostamos da perfeição'

Beija-Flor
 Grande homenageado do enredo da Beija-Flor de 2014, José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, o Boni, participou do lançamento oficial da sinopse do tema, na noite desta quinta-feira, na quadra em Nilópolis. Acompanhado da mulher, Lu Oliveira, e dos filhos Diogo e Diego Boni, o empresário foi saudado pela diretoria e demonstrou confiança no resultado do desfile ao agradecer o carinho da comunidade. 

"Eu disse que não daria enredo, mas eles (os carnavalescos) me convenceram. Confiando na capacidade criadora da Beija-Flor e na força da comunidade, humildemente aceitei essa homenagem. Tenho certeza de que já vencemos o Carnaval de 2014", disse no palco, arrancando aplausos entusiasmados do público.


Com sorriso no rosto e vestindo uma camisa já com logotipo do enredo, Boni fez questão de exaltar a figura de Aniz Abraão David, o Anísio, presidente de honra da escola, que ficou todo o tempo no camarote da diretoria. "Minha relação com o Anísio é antiga. No início da TV Globo, ele pegava algumas sobras de cenário e transformava em coisas lindas. Me lembro que ele saía com vários caminhões com sobras e transformava em coisas maravilhosas. Fui conhecendo e admirando ele".

Laíla e Boni


Boni se compara a Laíla: 'Nós gostamos da perfeição'

Ainda no discurso, o veterano da TV surpreendeu e arrancou risos ao se comparar a Laíla, conhecido pela fama de exigente e severo. "Depois do Anísio, conheci o Laíla. E muitos me comparavam a ele pelo jeito firme. Se eu pareço com ele, é porque queremos sempre fazer o melhor. Nós gostamos da perfeição. Tenho uma grande admiração pelo Laíla e sei que ele é muito melhor do que eu", brincou o ex-executivo da Rede Globo.

Perguntado se deu palpites na concepção da sinopse, Boni contou que não fez exigências. "Achei a sinopse muito boa. O enredo não é biográfico. Conversamos muito e a coisa está indo muito bem. Estamos incrementando o enredo e sonhando alto". Entre um gole e outro de vinho, o consagrado comunicador posou para diversas fotos com integrantes da azul e branco e beijou o pavilhão carregado por Selminha Sorriso.

Beija-Flor


Laíla: 'Temos a melhor comunidade sambística do país'

Bastante empolgado, o diretor geral de Carnaval, Laíla, atuou como mestre de cerimônias do evento e fez um discurso inflamado. "Não sabemos perder. A Beija-Flor não sabe perder. Temos que buscar o melhor, nós vamos mudar e melhorar algumas coisas. Posso dizer que temos a melhor comunidade sambística do país. Não com mão de ferro, como gostam de falar por aí. Tenho, sim, inteligência e Carnaval é minha especialidade. Estamos sendo incomodados com coisas que não são carnavalescas. Temos que abrir espaço para fazermos alguns espetáculos. E vamos fazer isso".

Segundo Laíla, o público terá ainda surpresas nas alegorias. "O Boni não queria que o enredo falasse da vida dele. Ele ficou feliz ao ver que vamos falar da história da comunicação e inserindo a figura dele. Se ele (Boni) conseguir o que ele falou para nos ajudar a desenvolver as alegorias, vamos revolucionar esse quesito", disse.

A confiança também foi observada nas palavras de Farid Abraão David, que assumiu a presidência após a renúncia de Nelsinho. O dirigente fez questão de elogiar ainda o enredo sobre Boni. "A história dele é muito bonita, é de conquistas e também de muita perseverança. Será um grande enredo".

Após a apresentação da sinopse aos compositores, os sambas deverão ser entregues no dia 20 de julho. O título do enredo é "O Astro Iluminado da Comunicação Brasileira". O desenvolvimento ficará a cargo da comissão de Carnaval, que é formada por Laíla, André Cezari, Victor Santos, Bira, Fran Sérgio e Bianca.

Quadra da Beija-Flor




54 anos de Unidos da Tijuca: baluarte fala sobre paixão pela escola do Borel, e fases do carnaval carioca


Baluarte

Aos 84 anos de idade, Andrade Chefia comenta trajetória no samba e exalta carinho pelo presidente Fernando Horta


Oriundo da Bahia, com dia-a-dia no Engenho Novo e coração no Borel. Alexandre Ferreira de Andrade, o famoso Chefia, é um dos baluartes mais antigos da Unidos da Tijuca. Dos 84 anos de idade, o sambista se dedica ao povo tijucano há 54. Conhecido pelo jeito brincalhão e pelo ótimo relacionamento com todo o mundo do samba, Chefia é considerado um dos maiores ícones do Carnaval Carioca e não somente na Marquês de Sapucaí.
'Só saio da Unidos da Tijuca se me mandarem embora'Andrade Chefia
Além do trabalho de divulgador na Unidos da Tijuca, Chefia guarda no currículo as participações frequentes em outros lugares. Presença certa em programas das rádios Nacional e Manchete, é o mito tijucano o dono de uma das maiores caminhadas na escola do Borel. O amor pelo samba, no entanto, não foi o único auxílio para a chegada de Chefia na Tijuca, quando deixou de lado um pouco da profissão original para se dedicar ao pavilhão azul e amarelo.


"Sou alfaiate e fazia roupas para um dos construtores da quadra do Borel. Como ele sabia que eu gostava de samba, acabou me chamando para fazer parte da escola e comecei a trabalhar na divulgação. Fui o locutor da agremiação por quase 30 anos e agora continuo sendo divulgador. Já fui convidado para ocupar o posto de presidente da Velha Guarda também, mas achei que lidar com velho é pior do que com criança, aí não aceitei (risos)", revelou Chefia, que também tem o nome marcado em diversos outros pavilhões.
"Cheguei a ser locutor da Caprichosos do Engenho Novo e também sou fundador dos blocos Bafo da Onça, Vai quem quer e Flor da Mina. Além disso, participei da fundação da Grande Rio, é muita história. Cheguei a fazer uma festa chamada 'Noite do pisa marceneta', na década de 70, e depois dela foi fundado um bloco chamado Sineta do Engenho Novo. Na divulgação eu dizia que era 'a única noite de samba que os carros serão sorteados e as mesas premiadas'. Era sempre casa cheia", contou o sambista.


Baluarte ainda guarda o antigo emblema da Tijuca
Foto:  Rafael Arantes / Agência O Dia
Lado poético 
A trajetória como locutor e divulgador fez de Chefia um nome mítico no mundo do samba. O jeito brincalhão é marca registrada de um ilustre baluarte, um versátil sambista apaixonado pelo que faz. O carinho doado, e também sempre recebido, é uma das respostas para a pessoa que busca estar sempre sorrindo. Para este objetivo, Chefia não poupa esforços e faz questão de revelar uma das táticas para agradar os amigos.

"Eu gosto de fazer frases. Atualmente, as pessoas gostam muito quando eu digo que 'o falso amigo é igual à sombra, que só acompanha o sol quando ele brilha'. Essa é aquela frase que fala dos amigos malandros, que só querem estar por perto nas horas boas. Outra famosa é uma em que digo:'Alô, comunidade "borelense" e todo universo sambista. Aonde está o seu filho agora? Você sabe?'. Esta é bastante cobrada pois se refere a algo que aconteceu realmente comigo. Eu pensava assim sobre um filho que tive e o pessoal vê isso como um grande alerta", revelou.
Carinho tijucano 
A história é longa, o caminho ainda mais. Sobretudo, Chefia tem na Unidos da Tijuca uma segunda família. Nos 54 anos dentro da agremiação, o sambista conviveu com diversos presidentes e agora tem ao lado uma pessoa onde a relação não fica somente pelo lado profissional. Ao falar do presidente Fernando Horta, Chefia não poupouelogios e fez questão de exaltar o valor do dirigente para a história da escola.


"O sr. Fernando é conhecido hoje como o amigo do samba, sempre o chamo assim. Ele ajuda muitas escolas de samba dos grupos de acesso. Vejo que é uma pessoa com uma grande consideração por mim, sempre me chamava atenção e hoje são só elogios. Inclusive, algumas pessoas dizem que sou "puxa saco" dele, mas não é verdade. Quando ele assumiu a Tijuca, a escola não tinha nem luz, não tínhamos nem mesmo cadeiras próprias. E hoje estamos entre as melhores do Carnaval. Sempre enfatizo que o sr. Fernando para a Tijuca tem a mesma utilidade que o sol e a chuva têm para a natureza. Ele colocou a Unidos da Tijuca neste ponto que está hoje, será o nosso eterno presidente", disse.
Chefia está na Unidos da Tijuca há 54 anos
Foto:  arquivo pessoal
Além dos elogios ao presidente da Unidos da Tijuca, outro fato bastante valioso para Chefia é a ligação com a agremiação. O elo é imenso e o carinho pela escola da Zona Norte é algo difícil de ser caracterizado com algumas palavras.

"Eu comecei na Unidos da Tijuca, sempre me identifiquei com a comunidade "borelense" e passei a gostar muito da escola. Hoje, na gestão do Fernando Horta, sou um funcionário da agremiação. E há pouco tempo, o sr. Fernando me deu de presente a festa do meu aniversário, e que presente né? (risos). A Unidos da Tijuca já faz parte da minha vida, são 54 anos. Sou um dos mais antigos desfilantes da escola", afirmou Chefia, que quando questionado se já teria se imaginado longe da escola do Borel, foi enfático ao descartar imediatamente a possibilidade.

"Não faça isso. Para eu sair de lá, só se me mandarem embora (risos)", concluiu.

Confira a sinopse do enredo da Beija-Flor de Nilópolis para o carnaval 2014



Beija-Flor 2014
Grande homenageado do enredo da Beija-Flor de 2014, José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, o Boni, participou do lançamento oficial da sinopse do tema, na última quinta-feira, na quadra em Nilópolis.

Acompanhado da mulher, Lu Oliveira, e dos filhos Diogo e Diego Boni, o empresário foi saudado pela diretoria e demonstrou confiança no resultado do desfile ao agradecer o carinho da comunidade. O título do enredo é "O Astro Iluminado da Comunicação".



Confira o texto da sinopse



Boa noite! 
O plantão do G.R.E.S. Beija-Flor de Nilópolis informa: está começando agora a apresentação do projeto de carnaval para 2014. Saindo do caos da evolução da espécie humana, quando o novo ser decide se agrupar, surge a grande necessidade de se comunicar.


O desafio está lançado, e o gênio Sumério se destaca. A escrita é cuneiforme, para harmonizar a lendária Torre. A fonética, com os Fenícios, traz o som e dá corpo novo à linguagem, começando a grande saga da comunicação: ideogramas e hieróglifos materializam as ideias, que em todos os cantos da Terra se identificam.

Na Babilônia, sinais no céu; em tribos distantes, sinais de fumaça; mais adiante, aves como correios; na Índia, folhas de bananeira; no Egito, a nobreza do papiro e, finalmente na China, a invenção do papel.

A comunicação em xeque; a importante contribuição de civilizações antigas; a inspiração e a influência dos deuses das artes e da comunicação; o desdobramento da revolução tecnológica, o fomento da tecnologia da informação e a chegada dos chamados Tempos Modernos; a história e a relevância de diferentes meios de comunicação: telefone, imprensa, rádio, cinema, televisão, publicidade, propaganda e internet; a trajetória de José Bonifácio de Oliveira Sobrinho; sua origem espanhola e suas principais paixões: gastronomia, medicina e carnaval; o mago Boni, expert em multimídia e referência em alto padrão de qualidade.

Que babado é esse na folia?

No carnaval, o barracão é uma fábrica de sonhos, a Passarela do Samba é o picadeiro de um grande circo à céu aberto, e o desfile na Marquês de Sapucaí é uma janela para o mundo inteiro, em tempo real.

Luz, câmera, ação! Está no ar O Astro Iluminado da Comunicação Brasileira.

segunda-feira, 27 de maio de 2013

Divulgada a sinopse do enredo da Caprichosos de Pilares para 2014


Lapa
A Caprichosos de Pilares apresentou, na última quinta-feira, a sinopse do enredo "Dos malandros e das madames: Lapa, a estrela da noite carioca", de autoria de Amauri Santos, Alex Fab e Jr. Escafura. 

No encontro, o carnavalesco Amauri Santos explicou que a sinopse está dividida em quatro momentos: "Primeiro abordaremos a questão do aqueduto, construído por mão de obra negra e escrava. Esclareceremos que o objetivo dos Arcos, na verdade, não era a circulação via bondinho, mas o transporte de água. Depois, entraremos na contribuição da Família Real, que trouxe sua cultura para o Centro do Rio, bem como deu início à sua urbanização".


"No terceiro momento desenvolveremos a virada do século XX, a remodelação do Centro do Rio, quando a Lapa, enfim, começou a ganhar sua marca registrada de boêmia. Encerraremos com a Lapa atual, da década de 80 aos dias de hoje, lembrando sua revitalização e o caráter de mosaico cultural", completou.

Para contar toda essa história, segundo Amauri, um personagem marcante foi escolhido: Madame Satã, malandro e homossexual assumido. Sem datas fixas e outros nomes, a sinopse visou, de acordo ainda com o carnavalesco, "facilitar a vida dos compositores, dando-lhes liberdade total para a criação de excelentes obras".



Confira a sinopse


A Caprichosos de Pilares apresenta com muita malandragem a história de beleza, boemia, corpos, copos e poesias de um lugar que atravessa séculos garbosamente belo, onde antigas construções contrastam com o jeito jovem de curtir a vida.

Arcos e trilhos, choros e risos, histórias e estórias, guardam momentos que o tempo jamais apagará de minha memória, pois vivi neste cenário privilegiado, situações inusitadas de delicadeza e bravura.
Ah! A Lapa... Meu corpo nasceu longe daqui; minha alma nasceu na Lapa. Meu corpo não vive mais, mas minha alma ainda vive nesses becos de hoje, não morreu, nem morrerá. Seguirá viva na memória de cada um de vocês, em cada história que ouvirem daqui.

Fui bela na dança, mas também fui fera na capoeira herdada de meus ancestrais de pele negra, escravos como os que pisaram e semearam culturas neste chão.

Negros com braços fortes e mãos calejadas que ergueram tão belo Aqueduto. Quem diria! Construído para trazer água para o povo, mostrou-se exuberante, “correu para o Rio” e voou para o mundo impresso em cartões se transformando em um dos maiores símbolo desta cidade tão cheia de símbolos.

E a água jorrou em bicas, matou sedes, trouxe dos rios a riqueza e a fertilidade, deixando florescer a cada dia sementes de sabedoria antes aqui plantadas.

Ao som de um sino desacompanhado, sob o olhar da santa, o bairro foi começando a surgir, beirando a única estrada que serpenteava o vale. Desterrando aqui, aterrando ali... Nasceu a Lapa, com direito a passeio e bela vista ao mar.

Dali avistou-se a chegada da família real, trazendo na bagagem culturas, costumes e muitos ideais. Trouxeram também uma enorme contribuição para a urbanização da cidade, abrindo estradas e portos, importando artistas, valorizando a arquitetura e proporcionando grandes avanços culturais.
A boemia já rondava este lugar. Contagiou portugueses festeiros que criaram sociedades carnavalescas, e por serem democráticos, além de realizarem luxuosos bailes, também brincavam pelas ruas. “Ô abre alas que eu quero passar”, assim cantava nosso povo celebrando a liberdade.
Trilhando novos caminhos e criando novas formas de locomoção, surgiu o bondinho sobre os arcos que além de facilitar a subida ao morro deu à Lapa o charme e a marca que faltavam para o nosso cartão postal.

Botando abaixo o antigo e dando espaço ao novo, passo a passo o bairro foi se modernizando e se transformando num afrancesado e charmoso lugar. A Belle Époque carioca exuberou por suas ruas estreitas cheias de virtudes e pecados.

A Lapa ficou famosa sob meu reinado, por seus cabarés, clubes de jogos, restaurantes, botequins e hospedarias, com a noite por testemunha do já tradicional reduto da boemia carioca.


Era aqui que homens cansados, vindos dos mares distantes, aportavam desejos nos bares. “Garçom, traz mais trago!” Entre um afago e outro de vendedores de amores.

Paixões vividas, cantadas em serestas enquanto a cidade dormia. “Abre a janela formosa mulher”, cantavam mil poetas trovadores. E nasciam personagens que ilustraram becos e ruas, deixando histórias populares, e toda uma mística em sua aura.

De baixo da aba do meu chapéu vi a mesma lâmina que feria também refletia a inspiração dos pintores, escritores, compositores, artistas em geral, personalidades que ajudaram a compor o quadro de ilustres que viveram por aqui e por muitas vezes retrataram o cotidiano em suas obras.

Hoje sem terno e sem navalha, mas com a mesma boemia na veia os “novos malandros” se divertem cada um no seu quadrado, são tribos de estilos e gostos, onde a diversidade compõe tão imenso e criativo mosaico cultural.

O clarão que a noite traz, faz com que as mentes se abram e os olhos se fechem para o baixo astral, e para qualquer tipo de preconceito. Classes e cores se misturam, a opção é de cada um, o que todos querem é jogar conversa fora tomando uma cerveja gelada e celebrando a vida onde o lema é :”viver e não ter a vergonha de ser feliz”.

É hora de subir no morro, voar por escadas coloridas, pisando cada degrau de um Brasil construído carinhosamente com pedaços de arte.

Vou em frente, vestido com minha fantasia premiada; quero olhar de cima, ver os blocos passarem colorindo o asfalto e esbanjando alegria com nossas eternas marchinhas de tantos e inesquecíveis carnavais.

Conhecer cada jovem que em minha trilha reinventou tantos novos palcos. Semente desta Lapa fundida e voadora de amores misturados.

Aqui me eternizei sendo protagonista de uma história de arte, malandragem e fé, num lugar onde a vida é vivida intensamente sob os olhares do Malandro protetor que com sua magia e alegria, pede mais um brinde, afinal aqui todo dia é sexta-feira.

A um passo da “Glória”, no ponto maior do mapa reluz a Lapa, a estrela da noite carioca.


Enredo: Amauri Santos, Alex Fab e Jr Escafura.

Amauri Santos - carnavalesco


Portela bombando nas contratações para o carnaval 2014


Portela

Paulinho da Viola, Monarco e Lan vão ganhar títulos de beneméritos


O caixa vazio da Portela não reduziu o apetite da nova direção da Portela nas ‘compras’ para o Carnaval. Numa tacada só, anunciou a megaequipe para puxar o samba na Avenida: além do intérprete Wantuir, a escola terá Richahs, Rogerinho e Cremilson no carro de som.

E apanhou na concorrência o diretor de Carnaval Luiz Carlos Bruno, que já foi da Unidos da Tijuca, e a coreógrafa Ghislaine Cavalcanti, ex-Beija-Flor de Nilópolis, para comandar a Comissão de Frente. A porta-bandeira será Danielle Nascimento, neta de Natal, eterno patrono, e filha de Vilma Nascimento.

O time carnavalesco, para livrar a Portela do jejum de 29 anos à espera de um título na Marquês de Sapucaí, ainda terá outros nomes, que serão escolhidos esta semana. Na diretoria, as vagas também serão preenchidas a partir de hoje. Certa está a indicação de Áurea Maria — filha e parceira do lendário compositor portelense Manacéa — para a diretoria social.


Paulinho da Viola, Monarco e Lan serão beneméritos

O retorno às raízes levou a nova diretoria a um exame de consciência e ficou decidida justa homenagem a três ícones da Portela: o cantor e compositor Paulinho da Viola, o cartunista Lan e o músico Mauro Diniz. Eles vão receber o título de sócio benemérito pelos anos de dedicação à escola. “Sempre ajudaram a divulgar a Portela e tornaram a escola referência no samba. Não entendo a razão da homenagem não ter acontecido antes”, anuncia Marcos Falcon.

Para pagar a conta com os tempos de abandono da Velha Guarda, o presidente Serginho Procópio levou a Tia Surica de volta à cozinha — e nem pensar em machismo aqui. Uma das primeiras mulheres a puxar o samba-enredo na Avenida, ela vai comandar de novo a tradicional Feijoada da Família Portelense — realizada no primeiro sábado de cada mês.

A estreia será no próximo dia 1º de junho — justamente a que comemora a vitória da oposição. E tem novidade no tempero. Nada de comida industrializada: a partir de agora, é regra o preparo caseiro. Na feijoada, Serginho promete os detalhes sobre como será a inscrição e a escolha da rainha da bateria. “Estamos preparando os critérios de seleção e para eleger a vencedora, mas será uma representante da comunidade”, adianta.

Cubango define seu enredo para 2014: 'Continente Negro - uma epopeia africana'

Cubango 2014

"Continente Negro - uma epopeia africana". Esse é o título do enredo da Acadêmicos do Cubango para 2014. Anunciado neste domingo, com festa na quadra, o tema vai fazer uma grande viagem aos países e exaltar os famosos enredos afro já desenvolvidos pela verde e branco.

"O primeiro objetivo foi alcançado que é a pronta aceitação da nossa comunidade. O nosso povo, o nosso bairro, têm raízes africanas e gosta demais de enredos nessa linha. Agora é com nossos compositores e temos a plena certeza que daí sairá mais um grande samba", comemorou o presidente Olivier Luciano Vieira, o Pelé.

A primeira reunião com o carnavalesco Márcio Puluker com os compositores está marcada para o próximo dia 6, às 20h. Na ocasião, o carnavalesco fará uma explanação mais aprofundada do enredo e tirará as primeiras dúvidas dos compositores.
A ala é aberta e, sendo assim, compositores de outras agremiações estão aptos a participar da disputa.



SINOPSE

Enredo: 'Continente Negro - uma epopeia africana'

Nosso samba hoje ecoa na Avenida em retumbantes tambores africanos para revelar aos quatro ventos a cultura de nossos ancestrais, afinal cientistas já provaram que o primeiro homem surgiu na África.

Nas florestas e nas extensas savanas dessas terras, vamos fazer um safári de alegria, com animais selvagens dançando num contagiante ritmo sincopado em homenagem a todos os povos do berço da humanidade.

Um lugar de natureza exuberante e de contrastes sociais marcantes, onde o brilho dos diamantes que brotam do chão e a riqueza do ouro negro que jorra em abundância ainda são ofuscados pela fome que assola diversas regiões do continente.

Ainda que possua países bastante desenvolvidos, com economias em crescimento, como a África do Sul que até já sediou uma Copa do Mundo, a miséria de povos de outras regiões ainda são reais e bastante propagadas como um dos retratos negativos do continente.

São terras de clima ardente, cortadas pelos trópicos de Câncer e de Capricórnio, ainda habitadas por impressionantes clãs e tribos milenares, governadas por cortes reais tradicionais e dinastias estruturadas. Apesar da existência dessas sociedades primitivas, o continente continua passando por um processo de urbanização, tendo aumentado, nos últimos anos, o número de países com governos democráticos, que atraem cada vez mais a população rural para as cidades em desenvolvimento econômico.

Embora hoje outras religiões sobressaiam em alguns países do continente, a África ainda é a morada dos orixás, da mandinga e do candomblé, em que a magia do sagrado revela a alma mística, a força espiritual para suportar tantos reveses da vida.

Pelo mundo se espalhou a cultura forte de uma raça, que conseguiu preservar suas raízes até em terras distantes, nos cultos religiosos dos terreiros, na malemolência de suas animadas danças e na saborosa culinária extravagante.

Gente sofrida, que já foi cativa e explorada em tempos remotos servindo às vontades dos brancos europeus e que muito contribuiu na formação das atuais sociedades da América. Portugueses, ingleses e holandeses colonizaram as terras africanas, implantando aspectos de suas culturas, de suas línguas, que se misturaram às fortes tradições locais, formando a identidade desses povos.

Ainda que extinta a escravidão histórica dos negros e tenha sido expurgada a dor das senzalas, recentemente Nelson Mandela teve de lutar contra a vergonhosa segregação racial que teimava em persistir na África do Sul. Este grande líder tornou-se o símbolo mundial da liberdade e do combate ao preconceito da cor.

Hoje a diversidade de países africanos tão contrastantes dão as mãos e ganham adesões importantes mundo afora para limpar suas principais feridas históricas, combatendo a secular exploração humana e de seus recursos naturais e a implacável fome que ainda mata centenas de inocentes em várias regiões. As áreas mais desenvolvidas investem no ecoturismo e no esporte, produzindo renda e campeões.

A cultura africana está marcada no Carnaval brasileiro, nascido do batuque dos negros escravos como forma de resistência à subjugação dos brancos e também de preservação às suas raízes. Por isso, os enredos afros - que já foram tema de belíssimos desfiles na nossa e em outras escolas - sempre emocionam, pois possuem uma força impressionante, uma vez que resgatam a identidade e o axé de uma raça, reconhecendo seu devido valor.

É esse também o objetivo de nossa agremiação. Que rufem os tambores d’África na Avenida, pois a Acadêmicos do Cubango chegou para fincar suas raízes na Sapucaí!!! SARAVÁ!!!

Definido enredo da Mangueira 2014: 'A festança brasileira cai no samba da Mangueira'

Chiquinho da Mangueira

A Mangueira já tem enredo para o Carnaval 2014. A escola vai exaltar as mais importantes festas regionais do Brasil na Sapucaí. O título é "A festança brasileira cai no samba da Mangueira" e o desenvolvimento ficará a cargo da veterana carnavalesca Rosa Magalhães.
Em entrevista ao DIA na Folia , o presidente Chiquinho da Mangueira disse que está apostando bastante na força do tema. "É um enredo maravilhoso. Vamos falar das grandes festas que são realizadas no país. Será um Carnaval legitimamente brasileiro. Vamos falar de cultura. Nossa preocupação era honrar o legado da Mangueira de fazer enredos históricos e sobre a cultura brasileira, temas que já nos deram tanta alegria como 'Braguinha' (1984) e 'Chico Buarque' (98)", analisou.

O Rio terá um papel de destaque no desfile. O Réveillon de Copacabana, o Carnaval e a Copa do Mundo serão retratados nas alegorias. Segundo o comandante da verde e rosa, o tema foi sugerido por Rosa Magalhães e ainda não conta com patrocínio.


Evelyn Bastos - rainha de bateria da Mangueira

Posse da nova diretoria

No dia 28 de maio, a nova diretoria tomará posse com uma grande festa no Clube dos Subtenentes e Sargentos do Exército, no bairro do Rocha, na Zona Norte. O evento será no local pois a quadra segue fechada para obras.

quinta-feira, 23 de maio de 2013

A porta-bandeira Rute fala sobre a Unidos da Tijuca


Ao lado do companheiro Julinho Nascimento, porta-bandeira defenderá as cores do pavilhão da escola do Borel em 2014


Rute é a nova porta-bandeira da Unidos da Tijuca
Foto:  Diego Mendes / Divulgação
O dia vai chegar. Contratada pelo presidente Fernando Horta para defender o pavilhão da Unidos da Tijuca em 2014, Rute Alves será apresentada à nova casa neste sábado, durante evento na quadra da escola. Ao lado do companheiro Julinho Nascimento, a porta-bandeira já não esconde a ansiedade pela nova caminhada. Na Vila Isabel desde 2003, a sambista terá pela frente o desafio de substituir a amiga Giovanna que, coincidentemente, também a substituirá na antiga escola.

Além do fiel companheiro Julinho, Rute também terá a companhia de Tinga, ex-companheiro de Vila e agora parceiro na Azul e Amarela. Para a nova temporada já não faltam trabalhos. Há algumas semanas, o casal já iniciou a maratona de ensaios na nova casa e o ritmo só tende a aumentar. Ciente do enredo da escola do Borel para 2014, Rute já vivenciou o encontro com alguns dos novos companheiros, mas ainda espera por uma convivência mais intensa com os integrantes da agremiação. Sobre a chegada na nova casa, a expectativa é a maior possível e os integrantes da escola ainda ganharam um recado mais do que especial sobre os novos integrantes da "família tijucana".


Confira, na íntegra, a entrevista com Rute Alves:
O DIA na Folia: Qual o sentimento a poucos dias da apresentação na nova escola? 
Rute Alves: Com uma certa diferença que o momento significa, mas às vezes parece que são aqueles dias que antecedem o desfile. Estou muito ansiosa, querendo muito que chegue logo o momento e que tudo saia como o planejado. Hoje estou feliz, honrada e lisonjeada por tudo isso, com uma sede enorme de fazer de tudo pela Tijuca.


Como você define a relação com o Julinho? 
O Julio é mais que um mestre-sala, é um irmão de alma. Nos vemos, saímos, frequentamos a casa um do outro o ano inteiro. As nossas famílias se estenderam uma à outra já choramos por problemas particulares juntos, é um elo muito grande. Confio 100% no Julio, isso não tem preço.

Unidos da Tijuca
Rute e Julinho vão defender a Unidos da Tijuca em 2014
Foto:  Divulgação
Já pararam para imaginar como será na nova casa? 
Já sim, tudo é muito novo para nós dois. Vivi 10 anos felizes na Vila e cheguei a pensar que pararia de dançar lá, hoje me vejo em um recomeço. Na vila, eu já sabia o nome das pessoas, conhecia até o temperamento delas, como brincar ou não com cada uma. Cada cantinho, tanto da quadra quanto do barracão, eu conhecia perfeitamente. Agora é tudo novo. Mesmo já conhecendo algumas pessoas, é aquela coisa bem superficial, de encontros rápidos e esporádicos, ninguém a fundo, e hoje vamos trabalhar juntos. É uma nova fase.


O que está achando de continuar tendo o Tinga como companheiro de trabalho? 
o Tinga é mais que um parceiro de trabalho, somos compadres, sou madrinha de batismo da filha dele. É um conforto e uma alegria muito grande a vinda dele conosco. Com muito respeito e admiração aos outros cantores, mas para mim, ele é um dos melhores, trabalhamos com arte, quando se trata disso tem que haver emoção e ele é emoção a flor da pele. Acho que se fosse cantora, gostaria de ser exatamente como ele e se fosse presidente de uma agremiação, certamente ele seria o meu cantor. 

Vocês sempre deixaram claro o carinho pela Vila. Ainda pensam o antigo pavilhão? 
A Vila será eternamente exaltada por mim. Amadureci e cresci na escola, e com a Vila ganhei pessoas que levarei pra minha vida toda. Até hoje, os momentos carnavalescos mais marcantes da minha carreira como porta-bandeira foram pela Vila. A decisão foi muito difícil, mas eu não posso amar mais uma agremiação, do que a mim mesmo ou ao meu filho.

Vila Isabel
Carinho pela Vila Isabel ainda é exaltado pelos sambistas
Foto:  Pawel Loj / Divulgação
Você sempre gostou de opinar nas suas fantasias. Já tem alguma ideia para 2014? 
Gosto de opinar sim, sou formada em moda e faço figurinos teatrais. Por isso, opino com certa propriedade, mas sei bem o meu lugar. Não opino no intuito de transformar a ideia do carnavalesco e sim de melhorar a fantasia para que possamos desfilar melhor. No entanto, não quero e não posso nunca passar por cima do carnavalesco. Sou a porta-bandeira, por isso, prefiro pensar apenas nas roupas de quadra e no figurino do ensaio técnico por enquanto.


O que os tijucanos podem esperar da mais nova protetora do pavilhão da escola? 
Quero falar à família tijucana, desfilantes ou não, que eu estou imensamente feliz em estar na escola. Fui muito bem recebida e que amo a minha arte. Ser porta- bandeira é um sonho realizado, e ter sido escolhida pelo sr. Fernando para defender esse manto é motivo de muito orgulho. Estou muito grata, vivendo momentos que já não lembrava mais que existia, e, por tudo isso, só não farei pela Tijuca o que não for possível. Estejam certos de que vocês têm um casal e um cantor que honrarão sempre a Tijuca e farão de tudo por ela. Sem demagogia, ou sem querer ser politicamente correta, tanta felicidade que estou tendo já me fez ter amor por essa escola. Obrigada sr. Fernando, obrigada nação tijucana.

São Clemente divulga logotipo do enredo 'Favela' para o carnaval de 2014

São Clemente


A São Clemente divulgou, nesta quarta-feira, o logotipo do enredo de 2014: "Favela". A imagem foi postada no site oficial da escola de Botafogo.

"É um enredo que ainda não tem título, mas a gente vai falar sobre todos os personagens das favelas, menos os bandidos. Vamos mostrar a história desses locais e as pessoas que foram importante para o samba também, como Cartola na Mangueira. Não dá nem para imaginar o desfile das escolas de samba sem a favela. Não queremos entrar nesse lado das UPPs. A São Clemente não vai fazer um enredo chapa branca. Quero um resgate da nossa principal característica, a crítica social, disse o presidente Renato Gomes em recente entrevista.

quarta-feira, 22 de maio de 2013

Mensagem de Jorge Amado à Estação Primeira de Mangueira

Mensagem de Jorge Amado para a Mangueira em 1979.
Jorge Amado

Mangueira prestará homenagem a seus bambas

Desfile da Mangueira

Os nomes mais marcantes da história da Estação Primeira de Mangueira finalmente terão vez na escola de samba. O novo presidente da agremiação, Chiquinho da Mangueira, já pensa em uma grande homenagem aos mestres da Verde e rosa. Entre os nomes celebrados estarão Nelson Cavaquinho, Carlos Cachaça, Cartola e Jamelão.

Os dois últimos foram motivo de polêmica por não terem sido sequer citados no enredo da Mangueira nos anos de seus centenários — em 2008 e este ano, respectivamente.

— Ficamos devendo muitas homenagens nesses anos e agora vamos arrumar um jeito de colocar estes nomes no nosso carnaval — garantiu Chiquinho.

O presidente já teve reuniões com a carnavalesca Rosa Magalhães para debater uma forma de incluí-los no próximo desfile. Chiquinho afirmou que ainda não sabe como fará as citações, mas acertou que serão adaptadas ao enredo da escola, que ainda não definiu o tema.