A comparação é cruel, mas usar o primeiro ensaio técnico da Unidos de Vila Isabel na Marquês de Sapucaí, há 13 dias, como parâmetro acaba sendo inevitável. A Azul e Branco do bairro de Noel não conseguiu provocar a mesma catarse da ocasião, mas confirmou que, se depender do seu chão, vai brigar pelo terceiro título de sua história no Grupo Especial. Mais uma vez, a Sapucaí assistiu uma escola com canto forte, organização e alegria. Uma escola feliz por cantar a sua essência, radiante com seu belo samba, que mais uma vez rendeu maravilhosamente bem.
- A Vila Isabel é felicidade, é Kizomba, é Angola. E hoje nós celebramos Angola novamente. Dizem que o raio não cai duas vezes no mesmo lugar, mas a Vila provou o contrário ao fazer mais um maravilhoso ensaio, com muito canto e vibração dos componentes - disse Junior Schall, diretor de carnaval.
Mesmo com o atraso de praticamente duas horas, provocado pela limpeza da pista – repleta de areia -, a Unidos de Vila Isabel mostrou logo de cara que o seu segundo ensaio na Avenida seria muito bom. O carro de som repetiu a estratégia do primeiro ensaio: evocou Kizomba e pediu licença aos baluartes da Vila, ao cantar o samba de quadra da escola. Os esquentas impulsionaram um começo de ensaio forte. Foi a senha para, mais uma vez, o público reagir muito bem a escola. A impressão deixada faz com que o amante do carnaval aguarde ansiosamente a manhã de segunda-feira, quando a Vila, sétima de domingo, entrará na Avenida com seu ‘Semba de lá que eu sambo de cá’.
- Neste segundo ensaio, tanto a parte técnica quanto o canto foram melhores do que no anterior. No primeiro ensaio, realmente, eu recebi muitos elogios, mas achava que podia melhorar e, hoje, a Vila Isabel chegou no nível que nós queremos para o desfile. E no carnaval esse belo enredo e esse belo samba vão ser coroados - afirmou Wilsinho, presidente da Vila Isabel.
Comissão de Frente
O grupo de homens comandado pelo coreógrafo Marcelo Misailidis mostrou uma coreografia de forte expressão corporal. A cara do enredo e do samba da escola. Ela é baseada em alguns trechos da letra da bela obra e tem movimentos bem definidos e sincronizados. A comissão de frente da Vila mostrou que quer recuperar-se da decepção do ano passado. Vale lembrar que nas duas últimas cabines, Marcelo Misailidis colocou em prática trechos da coreografia oficial.
Mestre-Sala e Porta-Bandeira
Julinho e Rute Alves mais uma vez capricharam na indumentária e na cumplicidade do olhar, talvez seja o melhor casal do carnaval carioca atualmente neste ponto. Na dança, os dois mostraram a elegância de sempre, além do sincronismo. A lamentar, apenas o vento na primeira cabine de julgadores, que impediu que a bandeira ficasse estendida como de costume na dança de Rute. O pavilhão da escola, mais uma vez, ganhou uma tira com as cores de Angola.
Harmonia
O canto da Vila Isabel no ensaio desta sexta-feira chegou bem perto do mostrado no primeiro ensaio. Muito forte. Não fosse pela ausência de canto por parte de alguns componentes das alas 5 , 7 e 20 a agremiação seria perfeita nesse ponto. Destaque para a primeira ala e a última ala, ambas deram um show de participação. O rendimento do canto da escola parece começar a derrubar o mito de que só é possível ter boa resposta quando as alas passam perto do carro de som e da bateria. O contra-canto, continua dando certo, mas a direção de harmonia da Vila precisa alertar alguns componentes que estão cantando a parte que cabe ao carro de som cantar. Aos componentes, cabe somente a resposta. Ou todos cantam, ou ninguém canta. Do contrário, algum julgador pode penalizar a escola por falta de canto em determinado verso, já que a opção deverá estar fundamentada desta forma para os julgadores Outra questão que merece atenção é a pronuncia correta de algumas palavras por parte dos componentes, principalmente no refrão do meio.
Evolução
A evolução da Vila chegou bem próximo da perfeição. O ensaio durou 80 minutos e o ritmo da passagem da escola pela Avenida foi regular durante todo o tempo, com os componentes mostrando bastante espontaneidade. Para ficar perfeito, é preciso mais atenção após a passagem da escola pelo segundo recuo. Por ter menos público nos setores 10 e 11, os componentes e diretores de harmonia acabaram relaxando e o que se viu foi algumas alas emboladando umas nas outras, principalmente no último setor. Vale frisar também que integrantes da ala 10 deixaram o ensaio antes de passar pela torre de TV. As saídas e a entrada no recuo foram perfeitas. Para demarcar os locais das alegorias, a Vila levou algumas musas, destaque para Quitéria Chagas e Andrea de Andrade.
Samba-Enredo
É impressionante a força que esse samba tem. Além de belo, inovador e alinhado ao enredo, mostra-se completamente funcional, pelo menos nos dois ensaios foi assim. Outro ponto que precisa ser destacado é a aceitação do público. Impressiona como o público dos ensaios técnicos canta todos os versos da obra, algo bem difícil de acontecer desde o início dos ensaios. A interpretação de Tinga teve o padrão de qualidade que a obra merece. Algumas pessoas torcem o nariz, mas não dá para negar que os gritos dele cumprem a missão de contagiar o componente.
Bateria
Mais uma vez a bateria da Vila mostrou que está de volta com força total. Afinação perfeita, andamento gostoso e sincronia rítmica foram as principais características. Ressalva apenas para leves aceleradas que a bateria deu dentro dos dois recuos, o que acaba sendo aceitável, já que a referência de som nos dois boxes é praticamente nula. As bossas se encaixam perfeitamente na melodia e levantam o público, principalmente a nossa do Kuduro, ritmo angolano. Desta vez a rainha Sabrina Sato não pôde estar presente.
- A única que fiz quando assumi a bateria foi colocar em prática tudo aquilo que sempre ouvi desde criança aqui. Morava na comunidade, desfilo desde moleque na bateria e esse é o suingue da Vila. Não tem o que inventar. O ritmo é esse. Na minha opinião o ensaio foi muito bom – disse mestre Wallan.
Já mestre Paulinho, com quem Wallan divide o comando dos ritmistas, foi mais cautelosos na análise. Ele apontou o que precisa melhorar.
- Não resta dúvidas que a bateria fez um bom ensaio, mas ainda dá para melhorar mais. Vamos sempre buscar isso, buscar a perfeição. Podem ter certeza que nós vamos mexer com essa Sapucaí, vamos incomodar muito no carnaval. Precisamos acertar a sincronia com o carro de som durante uma bossa. O cavaquinho não pode tocar, tem que apenas ferir para o cantor não perder o tom. Nós seguimos o Tinga, ele é nosso guia, não o cavaquinho – explicou.
Samba-Enredo
É impressionante a força que esse samba tem. Além de belo, inovador e alinhado ao enredo, mostra-se completamente funcional, pelo menos nos dois ensaios foi assim. Outro ponto que precisa ser destacado é a aceitação do público. Impressiona como o público dos ensaios técnicos canta todos os versos da obra, algo bem difícil de acontecer desde o início dos ensaios. A interpretação de Tinga teve o padrão de qualidade que a obra merece. Algumas pessoas torcem o nariz, mas não dá para negar que os gritos dele cumprem a missão de contagiar o componente.
Bateria
Mais uma vez a bateria da Vila mostrou que está de volta com força total. Afinação perfeita, andamento gostoso e sincronia rítmica foram as principais características. Ressalva apenas para leves aceleradas que a bateria deu dentro dos dois recuos, o que acaba sendo aceitável, já que a referência de som nos dois boxes é praticamente nula. As bossas se encaixam perfeitamente na melodia e levantam o público, principalmente a nossa do Kuduro, ritmo angolano. Desta vez a rainha Sabrina Sato não pôde estar presente.
- A única que fiz quando assumi a bateria foi colocar em prática tudo aquilo que sempre ouvi desde criança aqui. Morava na comunidade, desfilo desde moleque na bateria e esse é o suingue da Vila. Não tem o que inventar. O ritmo é esse. Na minha opinião o ensaio foi muito bom – disse mestre Wallan.
Já mestre Paulinho, com quem Wallan divide o comando dos ritmistas, foi mais cautelosos na análise. Ele apontou o que precisa melhorar.
- Não resta dúvidas que a bateria fez um bom ensaio, mas ainda dá para melhorar mais. Vamos sempre buscar isso, buscar a perfeição. Podem ter certeza que nós vamos mexer com essa Sapucaí, vamos incomodar muito no carnaval. Precisamos acertar a sincronia com o carro de som durante uma bossa. O cavaquinho não pode tocar, tem que apenas ferir para o cantor não perder o tom. Nós seguimos o Tinga, ele é nosso guia, não o cavaquinho – explicou.
Veja algumas imagens do ensaio técnico da Vila:
Fonte: Site Carnavalesco
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