Festas Brasileiras |
O sentimento mais intenso no coração mangueirense era, por certo, ver sua escola voltar a ser gigante, como sempre foi. Uma promessa feita pelo então candidato Chiquinho, hoje presidente da agremiação, era voltar aos grandes carnavais, a ser referência da cultura deste país, foi e continua sendo a pretensão do apaixonado torcedor da Estação Primeira.
E numa atitude arrojada, valente e audaciosa, o presidente decide trazer para o time mangueirense o que há de melhor no mercado carnavalesco, Rosa Magalhães, Carlinhos de Jesus, a renovação de Luizito e Mestre Ailton, bem como Raphael, nosso mestre-sala, e a contratação de Squel a porta-bandeira herdeira do grande mestre Xangô, sem contar é claro com o retorno do mangueirense, a nação voltou para sua casa. Não fosse por tudo isto, vamos para a avenida com um enredo que é simplesmente a cara da Mangueira.
Divulgada a sinopse, é possível perceber a genialidade de Rosa Magalhães, no traço perfeito em que pretende conduzir o enredo, que aparentemente parecia ser sobre as festas brasileiras, e aí muita gente achou que seria apenas São João, Ano Novo e Carnaval, mas que na realidade serve apenas como pano de fundo para um enredo profundo sobre a diversidade cultural deste país.
Está muito claro nas linhas traçadas pelo jornalista e escritor, Osvaldo Martins, autor da sinopse, que a Mangueira vai abordar em seu desfile as diferentes tribos brasileiras, a vasta cultura que se construiu neste país antes mesmo de os portugueses pisarem nestas terras. E neste momento, parece que a verde e rosa vai viajar num mundo cultural gigantesco, seja racial, religioso, por orientação sexual, cada qual expressando sua cultura na arte de festejar, criando festas que mostram a cara deste país plural e de todos nós.
Bravo! Bravíssimo! A proposta de uma escola de samba com as credenciais de Mangueira, ao abordar um tema tão sugestivo quando tem gente criando "cura gay", debatendo cotas raciais, e militantes brasileiros espalhados por todo país proclamando que somos todos iguais, independente de nossa cultura e modo de viver, só faz reafirmar a grandiosidade desta diretoria em fazer a Mangueira grande outra vez.
Desculpe a audácia, mas sinto cheiro de título no ar! Uma sinopse muito bem colocada, deve sim, inspirar grandes sambas, até porque samba nunca foi problema para a escola. E, no que tange à produção artística do desfile, aí o mangueirense está mais seguro do que nunca, porque tem hoje a grande campeã do carnaval carioca, a carnavalesca Rosa Magalhães.
Rosa Magalhães |
O que esperar de Rosa Magalhães? Simplesmente que seja ela mesma, porque a Velha Manga tem sua cara, toda tradição, história e vitórias, muito bem cruzadas: Mangueira X Rosa Magalhães. Não tenho dúvidas que a carnavalesca vai deitar e rolar, e podem ter certeza de que vamos para um desfile gigantesco, de muita emoção, do jeito que o mangueirense gosta de pisar na Sapucaí.
Parabéns a Estação Primeira de Mangueira!!!
E que venham os sambas!!!
Vamos Mangueira, Essa É A Hora!!!
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