segunda-feira, 31 de março de 2014

Entendendo as justificativas da LIESA - BATERIA

Bateria Beija-Flor 2014
Julgadores:

Módulo 1  -  Cláudio Luís Matheus

Módulo 2  -  Leandro Osíris

Módulo 3  -  Xande Figueiredo

Módulo 4  -  Sérgio Naidin



Império da Tijuca  -  9,7  /  9,6  /  9,7  /  9,9

Problemas na convenção em que tratava o trecho do samba "o chão vai tremer", muito rápida segundo o julgador Cláudio Luís Matheus, causando problemas para a bateria, faltou ainda, criatividade e peso, sobressaindo apenas as peças de som agudo. No módulo de Leandro Osíris não houve nenhum arranjo rítmico, problemas ainda nas levadas de caixas, tamborins e chocalhos. No módulo do julgador Xande Figueiredo, problemas nos tamborins, chocalhos, desencontro rítmico e atropelo do canto no refrão do meio, além de problemas com as fantasias dos ritmistas, que segundo o julgador atrapalhou deveras o bom desempenho da bateria. Problemas nos surdos observado pelo julgador Sérgio Naidin.

E o julgador descontou exatamente a hora em que a Sapucaí ia ao delírio com a bateria de mestre Capoeira. Embora bastante elogiado entre mestres do grupo de acesso, ao chegar no grupo especial, Capoeira apresentou diversos problemas a frente de sua bateria, os ritmistas não acompanharam as expectativas criadas em torno desta bateria sendo apresentada na elite do carnaval carioca, faltou quesito.
Mesmo com problemas nos surdos justificado por Sérgio Naidin, a Império da Tijuca conseguiu garantir sua maior nota neste quesito, 9,9, do julgador mais generoso que vimos ao se julgar a baterias das escola de samba este ano.


Grande Rio  -  9,8  /  9,8  /  9,9  /  9,9

Segundo Cláudio Luís Matheus a "Invocada" não foi bem sucedida após pausa durante a primeira estrofe, na entrada dos tamborins seguida pelos surdos, imprecisa, além de muitas pausas longas durante o samba. Faltou mais definição sonora na parte dos instrumentos de sustentação na levada rítmica, na avaliação do julgador Leandro Osíris. Desencontro rítmico entre a "base" e a seção aguda no refrão do meio, marcaram a perda de um décimo no voto de Xande Figueiredo. Sérgio Naidin justificou que houve flutuação do andamento durante a bossa feita na 2ª parte do samba.

E assim, a "Invocada", bateria de mestre Ciça, o veterano, foi perdendo sua magia. Bastante criticada, porém sem tantos décimos perdidos, muito, talvez, em respeito a história do mestre, a bateria da Grande Rio não conseguiu conquistar nenhuma nota máxima, o que causou já no fim do carnaval protestos, e em seguida a dispensa do experiente Ciça da escola caxiense.


São Clemente  -  9,9  /  10  /  9,7  /  9,8

Após a apresentação em frente ao primeiro módulo, ao se locomover, houve um desencontro entre os surdos de 1ª e 2ª. No terceiro módulo foi observado pouca presença sonora, desencontro rítmico, além de imprecisão rítmica além do razoável. Sérgio Naidin julgou  pouco som dos chocalhos, ainda indagou sobre a quantidade desses instrumentos, problema no som de caixa, que poderia ser mais definido.

Uma pena o desencontro ocorrido no primeiro módulo caracterizando um erro facilmente percebido entre os surdos da bateria dos mestres Gilberto e Caliquinho, pois os ritmistas vinham realizando uma apresentação impecável. No mais, a bateria da São Clemente deu um salto de qualidade poucas vezes visto neste quesito em tão pouco tempo. PARABÉNS!


Mangueira  -  9,8  /  9,7  /  9,8  /  10

Problemas na convenção em que tocavam apenas surdos e tamborins, e pausa muito longa em que tocavam apenas os surdos, segundo Cláudio Luís Matheus, causando sensação de vazio e esfriamento da cadência, e a bateria ex-"Surdo Um" perdeu já no início da passarela do samba dois décimos. Leandro Osíris julgou que faltou mais precisão nas batidas convencionadas do tamborins, tanto na bossa, como em certos momentos do samba enredo também, além de problemas com o surdo mor na levada rítmica da bateria "Tem Que Respeitar Meu Tamborim". Xande Figueiredo julgou que na bossa do "maestro" houve imprecisão rítmica e na volta à 1ª do samba houve desencontro rítmico entre as marcações e o restante da bateria.

Tudo bem que houve problemas na convenção, justamente na aposta da escola em que apenas surdos e tamborins eram ouvidos, resgatando a história da bateria mangueirense, mas sensação de vazio e esfriamento da cadência diante dos surdos de Mangueira, é um pouco demais! Mas há de se dizer que houve problemas sérios na tão esperada surpresa na bossa do "maestro", que definitivamente apresentou problemas de execução, bem como ao gosto atento dos julgadores, dois julgadores atentaram às fantasias dos ritmistas na mesma análise feita ao Império da Tijuca. E enfim o tão esperado 10 apareceu no último módulo para coroar o trabalho de mestre Ailton na verde e rosa.


Salgueiro  -  9,9  /  10  /  10  /  10

Parou um bom tempo em frente ao módulo, sem apresentar nenhuma de suas convenções, que fora apresentada durante o desfile, marcando portanto, falta de criatividade segundo Cláudio Luís Matheus.

Não sei o motivo pelo qual, mesmo parada tanto tempo, a bateria de mestre Marcão decidiu por não impressionar o julgador Cláudio Luís Matheus, tão sensível! O que pareceu uma pena, mas enfim a nota descartada não apresentou prejuízos ao Salgueiro.


Beija-Flor  -  10  /  10  /  10  /  10

Sem invenções mágicas, a bateria dos mestres Plínio e Rodney cumpriu sua missão e foi um dos destaques do desfile da Beija-Flor de Nilópolis!



Mocidade  -  9,9  /  9,8  /  9,9  /  10

Problemas na virada realizada pelos surdos, no primeiro módulo de julgador, causou a perda de um décimo, para a bateria "Não Existe Mais Quente". Leandro Osíris julgou que faltou mais definição nas acentuações da levada de caixa, e mais presença do surdo de 3ª na levada rítmica. Xande Figueiredo julgou pouca presença sonora das caixas.

Mesmo com algum tipo de dificuldade a bateria dos mestres Bereco e Dudu, honrou sua tradição, e os erros cometidos podem facilmente ser corrigidos! Grande bateria!



União da Ilha  -  10  /  9,8  /  9,8  /  10

Leandro Osíris julgou que faltou mais definição sonora entre os naipes de caixa, tamborins e chocalhos na levada rítmica. Xande Figueiredo julgou desencontro rítmico entre as marcações, e tamborins/chocalhos na bossa do refrão do meio.

A pergunta é: quanto vale um décimo? 
É que a bateria de mestre Thiago Diogo passa perfeita no primeiro módulo e já no segundo, e posteriormente no terceiro, comete erros que acentuam a perda de dois importante e rigorosos décimos! Incrível! Porém de recupera de maneira perfeita no último módulo! Vá entender!!! 


Vila Isabel  -  9,9  /  9,8  /  10 /  10

No primeiro módulo houve um momento em que vários naipes fizeram desenhos diferentes, soando embolado e incompreensível, segundo o primeiro julgador. Leandro Osíris julgou que faltou mais definição sonora entre os naipes de caixa, tamborins e chocalhos na levada rítmica.


Só faltou à justificativa de Cláudio Luís Matheus citar qual momento foi este, sem esta citação a justificativa me parece bastante desconsiderável, sem acrescentar nenhuma forma de correção do erro ao quesito. E mais uma vez vemos um corte e cole, é que o julgador Leandro Osíris  julgou a bateria da Vila e da Ilha extremamente iguais, quando as duas perdem os mesmos dois décimos e exatamente com a mesma justificativa! E a "Swingueira de Noel, reconhecida e merecidamente avaliada nos dois últimos módulos!


Imperatriz  -  9,9  /  9,9  /  9,8  /  9,8  

Um desencontro entre os surdos de 2ª na convenção realizada no início do samba, foi o responsável pela perda de um décimo já no primeiro módulo. Na bossa apresentada  no segundo módulo, frases de surdo soaram "forçadas" e um pouco fora de tempo atropelando o canto na parte "trazer de volta a emoção/com toda humildade vem ser coroado". Xande Figueiredo observou desencontro rítmico entre as marcações e tamborins/chocalhos. Sérgio Naidin julgou pouca sonoridade de caixa, bossa longa e forçada.

A talentosa bateria da Imperatriz parece não ter achado seu caminho costumeiro de sucesso nesta temporada, é o que se viu nas justificativas. Já no ensaio técnico a bateria apresentou algumas dificuldades, o que se repetiu no desfile oficial.


Portela  -  10  /  10  /  9,7  /  10

Xande Figueiredo observou no terceiro módulo de julgadores, desencontro rítmicos em alguns momentos do samba, causando a perda de três décimos.

E mais uma vez precisamos URGENTEMENTE saber quanto vale um erro, e quanto vale um décimo! Na Portela o julgador também observou problemas na fantasia dos componentes, que assim como Império, Mangueira e Salgueiro, não serviu como critério para desconto de nota, mas serve bastante para atenção dos carnavalescos, afim de propiciarem o maior conforto possível para perfeita execução de nossas baterias. 
E as três notas máximas conquistadas pela Portela justificam muito mais a atuação da "Tabajara do Samba", do que o inaceitável 9,7 tendencioso demais para uma bateria que beirou a perfeição.


Tijuca  -  10  /  10  /  10  /  10

E salve mestre Casagrande!

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A questão da fantasia dos ritmistas, que por vezes, abafam o som dos instrumentos, foram observados em Império da Tijuca, Mangueira, Salgueiro e Portela, fantasias grandes atrapalharam o clímax do som, já prejudicado pela acústica duvidosa da Sapucaí. É preciso que os carnavalescos, todos eles, na ânsia de seus sonhos mais carnavalizados não prejudiquem este quesito, tão fundamental e indispensável para um desfile chamado  perfeito.


















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