sábado, 30 de julho de 2011

OS PRESIDENTES DA ESTAÇÃO PRIMEIRA DE MANGUEIRA

Estação Primeira Mangueira





Os presidentes desde sua fundação e os carnavais conquistados
Mandato Presidente Conquistas
1928 / 1935SATURNINO GONÇALVES
1932 - A FLORESTA e SORRINDO
1933 - UMA 2a.FEIRA NO BONFIM DA BAHIA
1934 - DIVINA DAMA / REPÚBLICA DA ORGIA
1935 / 1937JÚLIO DIAS MOREIRA
1937 / 1938AGENOR MURILO DE CASTRO
1938 / 1940ARLINDO RODRIGUES
1940 - RANTOS, PRETOS E POETAS
1940 / 1942 FRANCISCO HONORATO DO NASCIMENTO
1942 / 1950 MARCELINO JOSÉ CLAUDINO
1949 - APOLOGIA AO MESTRE
1950 - PLANO SALTE- SAÚDE, LAVOURA, TRANSPORTE E EDUCAÇÃO
1950 / 1952 ARLINDO MAXIMIANO DOS SANTOS
1952 / 1958 MARCELINO JOSÉ CLAUDINO
1954 - RIO DE JANEIRO, DE ONTEM E DE HOJE
1958 / 1960 OSWALDO HOLANDA
1960 - CARNAVAL DE TODOS OS TEMPOS
1960 / 1962 ROBERTO FERNANDO PAULINO LUDOLF SOARES DE SOUZA
1961 - RECORDAÇÕES DO RIO ANTIGO
1962 / 1964 MANOEL PEREIRA FILHO
1964 / 1970 JUVENAL LOPES
1967 - O MUNDO ENCANTADO DE MONTEIRO LOBATO
1968 - SAMBA, FESTA DE UM POVO
1970 / 1974 DJALMA DOS SANTOS
1973 - LENDAS DO ABAETÉ
1974 / 1976 DARQUE DIAS MOREIRA
1976 / 1978 UBIRAJARA MAXIMINO ROSÁRIO
1978 / 1980 ED MIRANDA ROSA
1980 / 1983 PERCIVAL PIRES
1983 / 1986 DJALMA DOS SANTOS
1984 - YES, NÓS TEMOS BRAGUINHA
1986 - CAYMMI MOSTRA AO MUNDO O QUE A BAHIA E A MANGUEIRA TÊM
1986 / 1988 CARLOS ALBERTO DÓRIA
1987 - O REINO DAS PALAVRAS
1988 / 1989 ELÍSIO DÓRIA FILHO
1989 / 1992 JOSÉ ANANIAS DE MARCELOS
1992 / 1995 ROBERTO FIRMINO DOS SANTOS
1995 / 2001 ELMO JOSÉ DOS SANTOS
1998 - CHICO BUARQUE DA MANGUEIRA
2001 / 2006 ALVARO LUIZ CAETANO
2002 - BRAZIL COM "Z" É PRA CABRA DA PESTE, BRASIL COM "S" É A NAÇÃO DO NORDESTE
2006 / 2006 PERCIVAL PIRES
2006 / 2009 ELI GOLÇALVES DA SILVA
2010 / AtualIVO MEIRELLES

NASCE A ESTAÇÃO PRIMEIRA DE MANGUEIRA!

Mangueira
Nasce a Estação Primeira...


Carlos Cachaça, nascido em Mangueira, nas proximidades do morro, no dia 3 de agosto de 1902, foi testemunha da primeira vez em que os mangueirenses ouviram um samba. Até então, eles cantavam e dançavam o jongo e os lundus do folclore ou os maxixes que aprendiam nas festas da igreja da Penha, numa época em que o rádio ainda não existia (a primeira emissora brasileira, a Rádio Sociedade, surgiria em 1923). No carnaval, divertiam-se dançando nos cordões e nos ranchos.

Antes da existência do Morro de Mangueira, havia também o carnaval elegante, com bailes de máscaras realizados geralmente em hotéis. A classe média , por sua vez, aderiu imediatamente ao desfile dos carros alegóricos das grandes sociedades, dividida em torcidas a favor da Tenentes do Diabo, da Democrática e da Fenianos, as mais importantes da época, todas fundadas entre 1860 e 1870. Os pobres divertiam-se nos cordões, a primeira solução encontrada pelos foliões para brincar em grupo. Seus integrantes saíam fantasiados (mascarados, palhaços, diabos, reis, rainhas e outros), em dois tipos de cordões, o de "velhos"(todos dançavam envergados, imitando velhos) e os cucumbis, em que predominava a batucada, na base de adufos, cuícas e reco-reco. O cronista João do Rio dedicou várias páginas à descrição dos cordões.

Os ranchos carnavalescos surgiram no Rio de Janeiro em 1893, sendo o primeiro deles e o Rei de Ouro, fundado pelo baiano Hilário Jovino Ferreira, no bairro da Saúde. Em pouco tempo, os ranchos espalharam-se pela cidade, ganhando logo a preferência dos foliões pela sua música sempre lírica, pela dança e por apresentar novidades como o enredo, os instrumentos de cordas e de sopro e os personagens como a porta-estandarte e o mestre-sala, sendo estes cercados nos desfiles por meninos fantasiados conhecidos como porta-machados. O rancho mais famoso da história foi o Ameno Resedá, que contava, entre os seus admiradores, com o escritor Coelho Neto.

Desde 11 de maio de 1852, quando se inaugurou nas proximidades da Quinta da Boa Vista o primeiro telégrafo aéreo do Brasil, a elevação vizinha da Quinta era conhecida como Morro dos Telégrafos. Pouco depois, foi instalada ali perto uma indústria com o nome de Fábrica de Fernando Fraga, que produzia chapéus e que, em pouco tempo, passou a ser conhecida como "fábrica das mangueiras", já que a região era uma das principais produtoras de mangas do Rio de Janeiro. Não demorou muito para que a Fábrica de Fernando Fraga mudasse para Fábrica de Chapéus Mangueira. O novo nome era tão forte que a Central do Brasil batizou de Mangueira a estação de trem inaugurada em 1889. A elevação ao lado da linha férrea também começou a ser chamada de Mangueira, enquanto o antigo nome de Telégrafos permaneceu para identificar apenas uma parte do morro. Atualmente, Telégrafos, Pindura Saia, Santo Antônio, Chalé, Faria, Buraco Quente, Curva da Cobra, Candelária e outros são pequenos núcleos populacionais que formam o complexo do Morro de Mangueira.
Mangueira 1988


O morro tinha dono. Era o visconde de Niterói (Francisco de Paula Negreiros Saião Lobato), que o recebeu como presente do imperador Pedro II. Mas ele já estava morto quando os primeiros moradores instalaram os seus barracões, e outros, mais espertos, construíam moradias para alugar, como foi o caso do português Tomás Martins. Padrinho do futuro compositor e poeta Carlos Moreira de Castro, que seria imortalizado pelo apelido de Carlos Cachaça, que aos oito anos de idade vivia no morro, aponta o padrinho como o verdadeiro fundador do Morro de Mangueira, por ter sido o primeiro a explorá-lo como local de moradia. Aos dez anos, Carlos Cachaça tinha a incumbência de assinar os recibos dos aluguéis, já que o português Tomás Martins era analfabeto.

Em 1908, a prefeitura carioca decidiu reformar a Quinta da Boa Vista e, para isso, demoliu dezenas de casinhas ali construídas por soldados que serviam no 9° Regimento de Cavalaria. Com a permissão de carregar os restos da demolição para onde bem entendessem, os militares escolheram instalar-se no Morro de Mangueira. Outro fato que serviu para aumentar a população da área foi o incêndio que, em 1916, destruiu inúmeros casebres do Morro de Santo Antônio, no centro da cidade. Surgia assim em Mangueira uma comunidade de gente pobre, constituída quase que na totalidade por negros, filhos e netos de escravos, inteiramente identificada com as manifestações culturais e religiosas que caracterizavam esse segmento social e racial. Do Natal ao Dia de Reis, em 6 de janeiro, conjuntos de pastores e pastorinhas percorriam o morro entoando as suas cantorias. Os católicos construíram uma capela a Nossa Senhora da Glória, que passou a ser a padroeira do morro. O candomblé e a umbanda tinham muitos adeptos, e alguns casebres serviam de templos, sendo o principal deles o de Tia Fé (Benedita de Oliveira), uma mineira (segundo Carlos Cachaça) ou baiana (segundo o neto Sinhozinho, presidente da Estação Primeira na década de 70), que trajava diariamente de baiana, e em cuja casa realizavam-se as grandes festas de Mangueira. Em 1935, houve uma tentativa de descendentes do visconde de Niterói de despejar os moradores do morro, mas estes foram socorridos pelo prefeito Pedro Ernesto. Uma nova tentativa, em 1964, feita por um português de sobrenome Pinheiro, que dizia ter adquirido os bens da família Saião Lobato, esbarrou num decreto do governador Carlos Lacerda, desapropriando todo o Morro de Mangueira.
Mangueira Teu Cenário é Uma Beleza     


RAYMONDH JÚNIOR
twitter - raymondhjunior 

ALEXANDRE LOUZADA E A MOCIDADE INDEPENDENTE DE PADRE MIGUEL

Depois de uma década de 90 onde o torcedor da Mocidade se acostumou com desfiles competitivos e três conquistas, a agremiação de Padre Miguel vem sofrendo com alguns resultados que não condizem com sua grandeza. Um dos principais símbolos da Mocidade durante a áurea década citada era o carnavalesco Renato Lage que, coincidência ou não, desde que deixou Padre Miguel – após o Carnaval 2002 – o torcedor da escola teve que contentar-se com apenas uma aparição entre as seis primeiras colocadas. Ciente do grande desafio que tem pela frente, Alexandre Louzada, que estreia na escola da Zona Oeste em 2012, torce para que a Mocidade volte a criar identidade com um carnavalesco, como foi com Lage nos anos 90, Fernando Pinto nos 80, e Arlindo Rodrigues na década de 70.

Alexandre Louzada
- Era um sonho para mim fazer a Mocidade. Tomara que eu crie essa identidade com a escola. Eu poderia ter optado por tantas outras escolas, mas quis vir para a Mocidade. O Portinari era um pintor que usava muito o azul, mas achei, depois que a Mocidade fez o Villa-Lobos, que ela era a escola que mais tinha a ver com esse enredo. A Mocidade sempre primou pelo modernismo. Melhor ainda se esse enredo for feito por mim(risos) – disse Louzada.

O artista sabe também que o cargo que ocupa atualmente foi palco de um grande rodízio de profissionais desde que Renato Lage deixou a Mocidade. Parte pela crise financeira que tomou conta da escola após o falecimento do patrono Castor de Andrade, parte pela exigência da torcida e dos componentes da escola, acostumados com um alto nível na produção de alegorias e fantasias.
Louzada revela-se fã do carnavalesco salgueirense e promete um estilo bem peculiar na Mocidade em 2012.

- Sou fã do Renato Lage. Até brinquei com alguns amigos. Pedi para encontrarem um lugar entre o Renato Lage e o Alexandre Louzada e é isso que vocês vão ver na Mocidade no próximo carnaval.
Desde que Renato Lage deixou a Mocidade, a escola já teve seis carnavalescos diferentes, Alexandre Louzada é o sétimo. Das escolas que permaneceram no Grupo Especial durante este tempo, apenas a Portela teve mais artistas. Contando com Roberto Szaniecki, que chegou à escola este ano, ao todo dez carnavalescos passaram pela Azul e Branco.

MUSSUM DA MANGUEIRA 17 ANOS DE SAUDADES

Mussum

Há 17 anos, o povo brasileiro se despedia de uma das figuras mais carismáticas que a classe artística já produziu. Antônio Carlos Bernardes Gomes ou Mussum, apelido recebido de Grande Otelo em meados dos anos 60, nasceu no Morro da Cachoeirinha, no Lins de Vasconcelos, porém ainda menino se mudou para os arredores da Mangueira, onde conheceu uma de suas grandes paixões: a Estação Primeira. Comediante nato, ingressou na "Escolinha do Professor Raimundo" no início da década de 70 e poucos anos depois se tornava um dos integrantes de "Os
Trapalhões".
 
Considerado por muitos o mais engraçado dos quatro, Mussum tocava paralelamente sua carreira de músico com os Originais do Samba, grupo que alcançou boa popularidade graças a sucessos como "Do lado direito da rua direita" e "Tragédia no fundo do mar". Durante sua carreira, o comediante jamais deixou de citar sua escola de coração em suas aparições, tanto na TV quanto no cinema, se tornando praticamente um embaixador mundial da verde e rosa. Por lá iniciou como passista e até seus últimos anos de vida, ainda desfilava como diretor da ala das baianas.

Mumu da Mangueira, como se autodenominava, imortalizou sua maneira de falar, sempre colocando um "is" no fim das palavras. Até hoje, seus "forévis", "cacildis" e o inseparável "mé" (como costumava chamar sua cachaça) são citados por várias gerações. Mussum faleceu aos 53 anos, após não suportar um transplante de coração. Faz muita "faltis".

sexta-feira, 29 de julho de 2011

RAPIDINHAS DO CARNAVAL 2012

Carnaval 2012

Mestre Delegado é o novo Presidente de Honra da Estação Primeira de Mangueira, Delegado foi indicado ao cargo pelo Presidente da verde e rosa Ivo Meirelles.



ROCINHA divulga seus sambas-enredo concorrentes para o carnaval 2012, confira!
http://www.oterminal.com.br/carnavalesco/detal_carnavalesco.php?car_id=600



QUADRA DO SALGUEIRO passará por reformas, porém o espaço continuará em funcionamento, garante a Presidente Regina Celi.



LUMA DE OLIVEIRA visitou esta semana a quadra da ESTÁCIO DE SÁ, a eterna rainha será homenageada no carnaval 2012 do Berço do Samba.



TRIBUNAL DE CONTAS DO MUNICÍPIO APROVA PROJETO DO NOVO SAMBÓDROMO
O edital de licitação para que a Prefeitura escolha a empresa que fará as reformas no setor ímpar do Sambódromo foi aprovado, com ressalvas, pelo Tribunal de Contas do Município.
O Tribunal aconselhou que a RioUrbe seja mais específica no momento da apresentação das planilhas onde constam os valores gastos na reforma. O custo total das intervenções é esrimado em R$ 5 milhões. As obras devem ser iniciadas entre o dia 15 de agosto e 1 de setembro.



O presidente da Beija-Flor, Nelsinho David, encontrou o jogador Ronaldinho Gaúcho no Aeroporto Congonhas, após a emocionante partida do Flamengo contra o Santos, onde o time carioca venceu de virada (5x4).
Nelsinho, que retornava de compromissos em São Paulo e é flamenguista apaixonado, parabenizou o jogador pela bela atuação e ainda convidou o craque para visitar a quadra da azul e branca de Nilópolis, participar de um ensaio ou conhecer os projetos sociais da agremiação.


ACADÊMICOS DE SANTA CRUZ, decide seu enredo, a agremiação vai homenagear o radialista Antônio Carlos, segundo informações da escola da zona oeste.


A UNIÃO DA ILHA vai apresentar seus sambas-enredos para o carnaval 2012 no próximo dia 07 de agosta na Associação Atlética Portugesa. Vale acompanhar, afinal a Ilha traz em sua história a marca de grandes sambas.


IMPÉRIO DA TIJUCA apresenta  seus sambas-enredo concorrentes para o próximo carnaval neste sábado (30-07), a escola de samba do Morro da Formiga vai trazer para a Sapucaí o enredo: "Utopias - Viagens aos Confins da Imaginação". 

MESTRE DELEGADO É O NOVO PRESIDENTE DE HONRA DA MANGUEIRA

Um dos baluartes da Estação Primeira de Mangueira, Nelson Sargento, ganhou uma festa na quadra verde e rosa em comemoração ao seu aniversário. Na mesma ocasião, Mestre Delegado foi surpreendido com a notícia de que foi eleito ao novo Presidente de Honra da escola.

Um ato justo a um homem que dedicou sua vida ao samba, e nele à Estação Primeira, um senhor que é admirado por todos e tem em sua alma, o verde e rosa e todos nós, apaixonados mangueirenses, justa homenagem!


Na festa estiveram presentes outros baluartes como Dona Gilda, Tia Zélia, Raymundo de Castro, Moacir, Waldir Marcelino, Maria Helena e Dona Léa.

Foto: Divulgação
Mestre Delegado
O presidente Ivo Meirelles, que também marcou presença na comemoração, deixou uma mensagem sobre o novo Presidente de Honra:

"A data era pra uma reunião com os baluartes e conselho superior, formado por ex-presidentes, e se tornou histórica. Além de comemorar o aniversário do 'Sargentão', também seria pra elegermos o próximo Presidente de Honra, do Gremio, cargo que era ocupado pelo já saudoso Roberto Paulino. Apesar de eu achar que muitos ali mereciam a homenagem, resolvi indicar o Mestre Delegado, por entender que este senhor, magricelo, foi o maior mestre-sala de todos os tempos, sempre com notas 10 e sempre à serviço da verde e rosa. Delegado é o símbolo da garra e paixão pela Mangueira. Está sempre na quadra, seja em qualquer evento e com qualquer presidente em exercício. Nem bem falei seu nome e todos me acompanharam, numa unanimidade que só este homem conseguiria. Fiquei, por demais, feliz! Hégio Laurindo da Silva, nascido na Mangueira, em 29 de dezembro de 1921, e apelidado carinhosamente de Delegado, fora por quase 40 anos o principal bailarino do carnaval carioca e agora se torna o Presidente de honra da Escola de samba de seu coração".

Ivo ainda lembrou que Hégio foi apelidado de "Delegado" porque "não podia ver um rabo de saia" e "prendia", e agradeceu ao baluarte por contribuir com a paixão dos mangueirenses.

DIVULGADA LOGOMARCA DO CARNAVAL DA UNIDOS DA TIJUCA 2012

Unidos da Tijuca

A Unidos da Tijuca lançou a logomarca-convite para o Carnaval de 2012, na qual convida o público para uma verdadeira coroação ao Rei do Sertão Luiz Gonzaga na Sapucaí. A escola tijucana vai desfilar sob o enredo: "O dia em que toda a realeza desembarcou na Avenida para coroar o Rei Luiz do Sertão".

Em conversa com á imprensa
, o carnavalesco Paulo Barros disse que seguiu o mesmo padrão que adotou neste ano, usando cores mais discretas, ao contrário do que se vê em outras logomarcas dos enredos.

"Foi uma opção devido às logos que fazem no Carnaval. Então decidi partir para este lado, uma logo não muito cheia de informações, mais simples, mais limpa", disse.

A logo apresenta, como uma marca d´água, a figura de Luiz Gongaza, de maneira bem discreta, combinada com cores em tons pasteis, fugindo da mistura de cores e contrastes.

Perguntado se as fantasias terão perfil de "realeza", trazendo desenhos elaborados e muito brilho, Paulo não quis adiantar, já que esse aspecto será uma "surpresa" para o público.

quarta-feira, 27 de julho de 2011

ORDEM DOS DESFILES DO GRUPO DE ACESSO C, D e E

A Associação das Escolas de Samba do Rio de Janeiro (AESCRJ), entidade que regulamenta os grupos de acesso C, D e E, realizou na quadra da Unidos do Jacarezinho, o sorteio da ordem de desfile para o Carnaval 2012. Além da presença dos diversos segmentos das agremiações que compõem os três grupos, o cantor e compositor Nelson Sargento, tema do enredo da Rosa e Branco do Jacarezinho, também marcou presença, assim como o presidente da Liesa, Jorge Castanheira, que estava acompanhado do diretor de carnaval da entidade, Elmo José dos Santos, e do diretor artístico, Édson Marcos. O grupos C, D e E desfilarão na Intendente de Magalhães respectivamente nos dias 19, 20 e 21 de fevereiro de 2012.
 
O primeiro grupo sorteado da noite foi o E, que contará com doze escolas. O recém promovido Boca de Sirí abriria o desfile da terça-feira de carnaval na Intendente, mas como nenhum representante do Canários das Laranjeiras esteve presente, houve consenso de que o Canários deveria abrir o desfile. Com isso, o Boca de Sirí será a terceira a desfilar. Estreante como escola de samba, a mais nova agremiação da Zona da Leopoldina, contará com as otimistas palavras de seu presidente, Edvaldo Pereira, para fazer um bom papel no grupo E.

- Achei uma maravilha esta troca. Desfilar como primeira escola seria complicado. Teríamos que concentrar muito cedo, às quatro da tarde, e isso poderia nos causar problemas. Foi justo. Todos concordaram que a mudança deveria ser feita. Não posso dizer o que aconteceu com a diretoria do Canários. Torço para que não tenha acontecido nada de grave com eles. Quanto a desfilar como escola de samba, nós já estamos fazendo um trabalho de conscientização do componente a cinco anos. É uma comunidade que queria muito esse momento - afirmou o dirigente.

Entre o Boca de Siri e Canários das Laranjeiras, a Unidos do Cabral irá desfilar. A quarta escola a entrar na Avenida será a Mocidade de Inhaúma, seguida de Paraíso da Alvorada, União de Vaz Lobo, Matriz de São João, Chatuba de Mesquita, Mocidade Unida do Santa Marta, Delírio da Zona Oeste, Arame de Ricardo e Imperial de Nova Iguaçu. A Matriz de São João, por ter ficado na segunda colocação no último carnaval, teve o direito de escolher a ordem de desfile. O diretor de carnaval da agremiação de São João de Meriti explicou a escolha por ser a sétima na ordem de desfile

- Escolhemos a sétima posição, porque no ano passado desfilamos em sétimo e foi muito favorável para a agremiação. O horário também é o ideal, pois entre 11h 30 e meia-noite o público está cheio de energia e os componentes também.

Já pelo Grupo D, que conta com algumas escolas tradicionais do carnaval carioca, como Vizinha Faladeira, Engenho da Rainha, Unidos de Lucas e Leão de Nova Iguaçu, caberá à recém rebaixada Flor da Mina do Andaraí a incumbência de abrir os desfiles da segunda-feira de carnaval na Intendente. Depois da escola da Zona Norte, será a vez da Unidos de Cosmos, seguida de Vizinha Faladeira, Engenho da Rainha, Unidos do Anil, Mocidade Unida de Jacarepaguá, Unidos de Lucas, Leão de Nova Iguaçu, Acadêmicos de Vigário Geral, Unidos de Manguinhos, Gato de Bonsucesso, Corações Unidos do Amarelinho e Acadêmicos do Dendê.

O presidente da Vizinha Faladeira, Jorge Alexandre, que assumiu a escola a 15 dias, e vê a agremiação do Santo Cristo às voltas com a possibilidade de perder a quadra, comentou a situação e a ordem de desfile da escola.

- Gostei da ordem. O desfile é cedo, o público estará bem animado. Com relação á quadra, estamos aguardando a resolução desse problema na justiça. Assumi a escola recentemente, mas a comunidade está comigo e isso me deixa seguro.

Quem também aprovou a ordem de sua escola foi o vice-presidente do Acadêmicos do Dendê. Para André Cabeça, o sorteio acabou possibilitando um grande encontro das escolas de samba da Ilha do Governador na Intendente de Magalhães.

- Foi muito bom. Bastante positivo. A União da Ilha deverá terminar de desfilar entre 23h30 e meia-noite. Dá tempo tranquilo de toda a comunidade insulana homenagear a grande União da Ilha no desfile do Dendê na Intendente de Magalhães - disse ele, lembrando que a Tricolor do bairro é tema do enredo do Acadêmicos do Dendê, última a desfilar na segunda-feira de carnaval.

Sexta escola a desfilar, a tradicionalíssima Unidos de Lucas também parece ter aprovado a posição de desfile. O presidente Anivaldo Fernandes lembrou a comparação que os jurados fazem entre as escolas como algo positivo neste caso.

- Somos uma escola que nasceu no Grupo Especial e, infelizmente, por problemas de administrações, estamos no Grupo D. A vantagem de ser a sétima escola é que seis já passaram e os jurados já têm uma visão melhor das escolas a critério de notas - afirmou o dirigente de Lucas, que falará sobre o circo em 2012.

Pelo Grupo C, outra ausência foi sentida. De acordo com informações da AESCRJ, a Independente de São João de Meriti, uma das escolas que caíram do Grupo B, juntamente com Sossego e Lins Imperial, não enviou representante oficial às reuniões plenárias da Associação e terá de abrir os desfiles do grupo. Durante o sorteio também não foi registrada a presença de nenhum representante da agremiação da Baixada Fluminense. Logo depois da Independente, será a vez da Rosa de Ouro pisar a Passarela Suburbana, seguida de Lins Imperial, Unidos da Ponte, Império da Praça Seca, Unidos de Vila Kennedy, Arrastão de Cascadura, Favo de Acari, Em Cima da Hora, Acadêmicos da Abolição, Acadêmicos do Sossego, Boi da Ilha do Governador, Jacarezinho e Cabuçu.

Anfitrião da festa, o presidente do Jacarezinho, José Roberto, lembrou a importância de ter recebido o evento e citou a vontade divina na hora da definição da posição de desfile da Rosa e Branco.

- Nos últimos três anos, ou abrimos, ou fechamos. Não sei se isso é apenas uma conscidência, ou é plano divino, mas o importante mesmo é que não importa a posição de desfile e sim o que a escola apresenta na Avenida. É maravilhoso receber  mundo do samba aqui no Jacarezinho. Isso motiva a minha comunidade, que é muito aguerrida a vai lutar para voltar à Sapucaí em 2013.

Quem estava na Sapucaí em 2011, e voltará à Intendente de Magalhães em 2012, é a niteroiense Acadêmicos do Sossego, que não parece muito precupada com a ordem de desfile.

- Posição boa, pois viemos de longe e assim teremos tempo de arrumar a escola toda com calma. No entanto, ser a 12ª escola não infui no resultado final, o que  temos que fazer é colocar um bom carnaval na rua e isso nós iremos fazer -  afirmou o presidente José Adriano Valle da Costa, mais conhecido como Folha.

A diretoria da AESCRJ fez questão também de confirmar que não há possibilidade de os desfiles acontecerem em Deodoro, hipótese levantada pelo próprio presidente da entidade, Eduardo José, o Zezinho Orelha. Marcio Zuma, diretor de carnaval da entidade, deu mais detalhes sobre a questão.

- A Secretaria de Obras através da Prefeitura do Rio afirmou que as obras  que acontecem na estrada Intendente Magalhães estarão finalizadas à tempo dos nossos desfiles. Caso haja atraso, por algum motivo não esperado, o máximo que poderá acontecer é que os desfiles sejam na altura de Vila Valqueire e não no Campinho, como tradicionalmente acontece.
  
 Durante os três dias, os desfiles têm início às 19h e entrada franca.

Confira abaixo a ordem dos desfiles dos Grupos C, D e E


Grupo C (Domingo de Carnaval) 19 de fevereiro

INDEPENDENTE DE SÃO JOÃO DE MERITI


ROSA DE OURO


LINS IMPERIAL


UNIDOS DA PONTE

 
IMPÉRIO DA PRAÇA SECA

UNIDOS DE VILA KENNEDY


ARRASTÃO DE CASCADURA


FAVO DE ACARI


UNIDOS DA VILLA RICA

  
EM CIMA DA HORA

ACADÊMICOS DA ABOLIÇÃO


ACADÊMICOS DO SOSSEGO


BOI DA ILHA DO GOVERNADOR


UNIDOS DO JACAREZINHO


UNIDOS DO CABUÇU


Grupo D (Segunda-feira) 20 de fevereiro

 FLOR DA MINA DO ANDARAI

UNIDOS DE COSMOS


VIZINHA FALADEIRA


ACADÊMICOS DO ENGENHO DA RAINHA


UNIDOS DO ANIL


MOCIDADE UNIDA DE JACAREPAGUÁ


UNIDOS DE LUCAS


LEÃO DE NOVA IGUACU
 
ACADÊMICOS DE VIGÁRIO GERAL

UNIDOS DE MANGUINHOS


GATO DE BONSUCESSO


CORACÕES UNIDOS DO AMARELINHO


ACADÊMICOS DO DENDÊ




Grupo E (Terça-feira)
21 de fevereiro

CANÁRIOS DAS LARANJEIRAS


UNIDOS DO CABRAL


BOCA DE SIRÍ


MOCIDADE INDEPENDENTE DE INHAÚMA


PARAÍSO DA ALVORADA


UNIÃO DE VAZ LOBO


MATRIZ DE SÃO JOÃO DE MERITI

 
CHATUBA DE MESQUITA

MOCIDADE UNIDA DO SANTA MARTA


DELÍRIO DA ZONA OESTE


ARAME DE RICARDO


IMPERIAL DE NOVA IGUAÇU

ESCOLAS QUE SOFRERAM COM O INCÊNDIO NA CIDADE DO SAMBA AINDA ESTÃO SEM BARRACÃO

Incêndio na Cidade do Samba
Um dos maiores questionamentos atuais de quem acompanha o cotidiano das escolas de samba refere-se às obras de reconstrução dos três barracões afetados pelo incêndio de fevereiro na Cidade do Samba. Em meio ao imbróglio envolvendo a seguradora da Cidade do Samba, o presidente da Liesa, Jorge Castanheira, mostrou tranquilidade quanto ao prosseguimento da reforma no local em declaração à imprensa.

- Está tudo caminhando. Já chegamos a um bom termo. É só uma questão de ajuste da parte burocrática. Temos todas as reuniões marcadas para dar prosseguimento à obra. Acho que, muito em breve, nós já vamos estar na parte de reconstrução. Ainda estamos terminando a parte de demolição. Temos expectativa de que, em 90 dias após a assinatura do contrato, estejamos com uma boa parte da obra bem adiantada – disse Jorginho, sem definir data para a assinatura do contrato.

Já no que diz respeito ao atraso no início da concorrência para a licitação das obras de recuperação do lado ímpar do Sambódromo, revelado em matéria publicada no Jornal Extra da última semana, Castanheira disse confiar num ''ajuste técnico'' entre a Riotur e o Tribunal de Contas do Rio de Janeiro, que pediu o detalhamento do orçamento da obra, fixado em R$ 5 milhões. Ele adiantou que a programação de ensaios técnicos com início previsto para 8 de janeiro, por hora, está mantida.
- Não há como prever algo que possa vir a acontecer. Nós trabalhamos dentro do cronograma apresentado pela Prefeitura e os ensaios técnicos estão incluídos nele.
 
Cidade do Samba
 
 
O QUE EU PENSO...
 
O mundo do samba tem muito do que se envergonhar de seu prefeito Eduardo Paes, o  mesmo  homem que na época do carnaval anda pelas baterias, fazendo promessas demagogas e oportunistas. À época do incêndio o Prefeito do Rio afirmou que as obras iam começar em três meses, e que tudo seria providenciado para o conforto e dignidade das escolas de samba prejudicadas, e de lá pra cá muito tempo passou, os turistas de carnaval foram embora, a imprensa esqueceu o caso, e as escolas estão desamparadas.
 
O carnaval é uma fábrica de sonhos, e esses sonhos já estão sendo construidos, não se faz carnaval em um mês ou dois, e as escolas que estão sem barracão já estão sendo prejudicadas, porque estão sem espaço apropriado para começarem seu trabalho para 2012 com dignidade e respeito.
Eduardo Paes
 
O que agente espera dessa situação toda é: que o Prefeito do Rio fale menos e trabalhe mais ( vale lembrar que as escolas do Grupo de Acesso, estão na mesma situação), e que o Presidente da LIESA faça a sua parte, de impor a vontade do samba dentro da lei, mas sempre em respeito o maior espetáculo da terra, que nós produzimos.
 
Em tempo, é bom lembrar que Portela, União da Ilha e Renascer de Jacarepaguá, já estão em desvantagem! A Grande Rio numa situação um pouco melhor porque está acomodada num barracão à época vazio na Cidade do Samba.  
 
 
 
 
RAYMONDH JÚNIOR
twitter - raymondhjunior  

terça-feira, 26 de julho de 2011

ANÁLISE DE ENREDO E POSIÇÕES DAS ESCOLAS DE SAMBA, POR ANDRÉ MARIZ

Por André Mariz, colunista do site Carnavalesco


Sobre enredos e posições - Parte 1

Por mais que não se possa prever o que acontecerá na Avenida, quem acompanha o Carnaval sabe que a posição de apresentação de uma escola pode dizer muito sobre o que esperar dela. No desfile de domingo estarão agremiações que buscam se reencontrar após resultados não muito favoráveis. E para lhes fazer companhia, nada menos que a atual campeã Beija-Flor.

A Renascer, campeã do Grupo A em 2011, terá a justa porém ingrata missão de abrir o domingo. A prova de fogo para as agremiações ascendentes tem um alto índice de reprovação, mas a Renascer vem mostrando ao longo dos últimos anos que tem capacidade para surpreender. O enredo, sobre o artista plástico Romero Britto, não é muito consistente. Apesar das belíssimas obras, a história de vida de Romero não tem tantos acontecimentos marcantes, ainda mais para preencherem um desfile com sete setores. Mas a escola tem a seu favor uma ala de compositores inspirada, que tem proporcionado belas obras, e uma comunidade que cumpre seu papel.

Na sequência vem a Portela. A escola deu um sopro de renascimento em 2008 e 2009, quando obteve o terceiro e quarto lugares, respectivamente. Depois se desencontrou novamente e foi abatida com um nono lugar em um desfile fraco sobre tecnologia e um incêndio que lhe impediu de ser julgada. Ser a segunda a desfilar no primeiro dia não é tão bom, pois a Sapucaí ainda estará fria. Ainda mais num dia onde, depois de quatro anos, sete escolas desfilarão na mesma noite. O enredo, que antes oscilava entre Serra Gaúcha e Biblioteca Nacional, foi parar nas festa da Bahia. É interessante mas soa como aleatório, após tanta especulação sobre outros temas. Aguardemos a sinopse. A Águia terá ainda que superar sua constante crise interna sem fim para não precisar nem pensar em maiores problemas na apuração.

A Imperatriz, terceira a desfilar, conseguiu aumentar uma posição, após ser a segunda por dois anos consecutivos. A escola vem embalada por uma volta ao desfile das campeãs depois de três anos, mesmo que impulsionada pelo fato de poucas escolas terem sido julgadas. Mesmo assim, a Rainha de Ramos tem um dos melhores enredos do ano, sobre Jorge Amado, e compositores que lhe deram o Estandarte de Ouro de samba-enredo nos últimos dois Carnavais. Além disso, a Unidos da Tijuca foi campeã em 2010 sendo a terceira de domingo. Contra a escola está o alto número de alas comerciais, que acabam esfriando o desfile. Cerca de 40% da escola é composta por gente de fora.

Na quarta posição vem uma Mocidade reforçada em praticamente todos os seus setores. Um verdadeiro timaço de craques para conduzir a estrela de Padre Miguel ao topo novamente. A escola está em uma posição favorável e tem um bom enredo para desfilar. Portinari pode proporcionar uma bela plástica e a sinopse já mostrou que o desenvolvimento será bem feito. Em 2011 a escola por pouco não conseguiu a desejada volta ao sábado das campeãs, onde desfilou pela última vez em 2003. Perdeu a vaga para a Imperatriz no quesito desempate: samba-enredo. Um bom alerta para a escola, que possui tantos clássicos em sua safra.

Na quinta posição, a Porto da Pedra novamente desfilando na parte final da noite. A escola é a única que ainda não escolheu seu enredo e a cada semana surgem novas especulações. Dessa forma é difícil saber o que esperar e só resta torcer para que o Tigre faça uma boa escolha. A posição de desfile é ótima, mas parece que por mais que a escola faça tudo certo, não consegue se livrar das últimas posições. Mas tem sua força e vem se estruturando cada vez mais.

A campeã Beija-Flor é a penúltima do domingo. A escola não tem dado muita sorte se apresentando no primeiro dia, mas é sempre favorita e desfilará no fim da noite, como gosta. Novamente a Beija-Flor fará um enredo sobre cidades, desta vez São Luis. É inegável que a escola se dá bem com este tipo de tema, onde pode incluir a parte mística com a qual tanto se identifica, mas terá que tomar cuidado para não cair na mesmice. Ainda mais porque São Luis já esteve presente no desfile de 2001, além de também ter sido enredo da paulistana Acadêmicos do Tucuruvi em 2010. De qualquer forma, a comunidade de Nilópolis nunca decepciona e nos demais setores a escola também se garante.

Encerrando a noite, a Vila Isabel e seu enredo sobre Angola. A escola desfilará com um tema afro assim como no campeonato de 88, com "Kizomba". Além disso, provavelmente entrará na pista com dia claro. Dois desafios para a campeoníssima Rosa Magalhães, que, se forem cumpridos, podem tornar a escola uma grande favorita. Angola tem uma certa identificação com a agremiação, já que Martinho da Vila é o Embaixador Cultural do país no Brasil. E enredos com esta temática sempre dão margem à  grandes sambas e apresentações marcantes. Quarta colocada nos últimos três Carnavais, a escola depende apenas de si mesma para buscar melhores resultados.



Sobre enredos e posições - Parte 2

Fiz algumas projeções relacionadas aos enredos e posições de desfiles das escolas de domingo. Agora, falarei sobre as agremiações que desfilam na segunda-feira. O dia é bem forte e conta com grandes potências do Carnaval. Como já ressaltei no texto anterior, não dá pra ter certeza sobre o que acontecerá na Sapucaí. Isto é apenas uma análise baseada no histórico de cada uma e no que acontece com as escolas que já desfilaram nas respectivas posições. Mas é impossível prever "como será o amanhã", ainda mais com tantos fatores externos que podem mudar as perspectivas, como as reformas no Sambódromo, que podem fazer a passarela "esquentar" mais cedo.

Abrindo o segundo dia, a São Clemente desfilando duas vezes consecutivas no Grupo Especial pela primeira vez em 20 anos. Beneficiada pela ausência de rebaixamento em 2011, a escola vem buscando a permanência na elite. Ser a primeira a desfilar nunca é fácil, mas a União da Ilha mostrou no último desfile que é possível fazer bonito nesta posição. E a São Clemente tem em mãos um belo enredo, sobre os musicais, que apesar de ser mais cultural, não deixou de lado a tradicional irreverência da agremiação. A escola ainda vem firmando parcerias que auxiliarão no lado financeiro. Capacidade de fazer bonito a São Clemente tem. Resta torcer para os julgadores serem coerentes na avaliação.

A segunda da noite é a União da Ilha, vencedora do Estandarte de Ouro de melhor escola em 2011, com méritos. Se conseguiu fazer o grande desfile que fez sendo a primeira a desfilar, sendo a segunda pode fazer ainda melhor. O enredo da escola é um pouco duvidoso. Falar sobre a Inglaterra é interessante, mas o gancho com as Olimpíadas precisa ser bem feito para não soar meramente comercial. Em 2007 a Portela apresentou um enredo esportivo, tendo como pano de fundo os Jogos Panamericanos do Rio, e não foi tão bem. Mas a Ilha mostrou que pode vir brigar por boas posições, não sendo uma mera candidata ao rebaixamento como muitos pensam.

Em uma excelente posição, o Salgueiro, sempre favorito. Mordida com os problema que acabaram comprometendo o maravilhoso desfile de 2011, a escola vai entrar na Sapucaí com muita força, em uma colocação muito favorável. O enredo também é muito bom. Foi elaborado seguindo uma linha muito interessante e certamente dará margem à uma bela plástica, além de muito material informativo a ser abordado. Ao que parece, o cenário continua perfeito na Academia tijucana.

Quarta da noite, a Mangueira apostou em mais um enredo sem patrocínio, baseado apenas no resgate à essência do Carnaval e na força da comunidade. Iniciativa arriscada porém louvável. O enredo sobre o Cacique de Ramos é uma ótima ideia, apesar da sinopse não ter abordado tanto a história do bloco. O desfile, pelo visto, falará muito mais sobre o tão recorrente surgimento do samba no Brasil e só no final dar mais destaque ao Cacique. Uma pena, mas a Mangueira vem embalada pelo terceiro lugar de 2011 e está em uma grande posição de desfile. Se amarrar bem o enredo e caprichar na parte plástica, será uma forte concorrente. As eliminatórias da escola também já estão a todo o vapor.

A vice-campeã Unidos da Tijuca será a penúltima de segunda-feira. Paulo Barros tem nas mãos um grande desafio ao tentar adequar seu estilo de fazer Carnaval ao enredo sobre Luiz Gonzaga. O carnavalesco tem a chande de provar aos críticos que é capaz de desenvolver um enredo cultural da mesma forma que fala sobre medos e segredos. Se a mistura der certo, ninguém segura a escola do Borel.

Encerrando o Carnaval 2012, a Grande Rio fazendo seu primeiro desfile "completo" após o incêndio em seu barracão. Certamente será muito aguardada e o enredo sobre a superação só impulsionará a aura de emoção que deverá permear o desfile da escola. É difícil saber o quanto a agremiação ainda está prejudicada pelas perdas no barracão, mas sem dúvidas é uma concorrente de peso e contará com forte apoio popular. Desfilando na posição quase cativa da Beija-Flor, a tricolor tem a chance de comprovar que não é somente uma escola de artistas globais e voltar a disputar um campeonato, que há algum tempo já merece ir pra Caxias.

Assim, encerramos as perspectivas para os desfiles do Grupo Especial. Agora, resta aguardar os sambas de enredo, outro fator importante no desempenho das agremiações.


* Autor: colaborador André Mariz

domingo, 24 de julho de 2011

GRANDES ALEGORIAS DO CARNAVAL CARIOCA

Do Blog Massaroca
Estava conversando com um amigo sobre alegorias marcantes do carnaval e chegamos a essa humilde lista que vocês conferem abaixo. Mas uma vez deixo claro que o critério de escolha é gosto pessoal e repercussão. 
Verifiquem a lista a seguir.


1- UNIDOS DA TIJUCA 2004:  Carro do DNA.



 
O carro mais comentado do carnaval de 2004, composto basicamente por pessoas fazendo uma coreografia que “simulava” o DNA (ou algo parecido). Colocou Paulo barros nos holofotes e elevou o desfile da Unidos da Tijuca a um patamar de Escola do primeiro escalão com o vice-campeonato, para muitos injustos.  






2- BEIJA-FLOR DE NILÓPOLIS 1989: Carro do Cristo Mendigo.




O carro mais polêmico da história do carnaval não poderia ficar de fora. O Cristo mendigo da Beija-flor foi proibido de desfilar e passou coberto com uma faixa que se tornou famosa pois trazia escrito “mesmo proibido, olhai por nós”.



3- MOCIDADE INDEPENDENTE DE PADRE MIGUEL 1999:  Carro do Pierrot.
Para muitos especialistas, o Carro do pierrot é considerado o carro alegórico mais bonito do Milênio passado. Os detalhes do gorro e gola da escultura principal do carro feitos por copinhos de plásticos contribuíram para o sucesso do mesmo, que levantou as arquibancadas na passagem da verde e branco de Padre Miguel.





4- UNIDOS DO VIRADOURO 1997: Carro do Nada (Carro preto).


Muitos dizem (principalmente os independentes) que juntamente com a paradinha funk, esse foi o outro motivo da Viradouro ter sido campeã naquele ano de 1997. A verdade é que a expectativa criada pelo sempre polêmico Joãozinho trinta em cima do carro negro que representava o “nada” causou frisson e curiosidade pela passagem da escola de Niterói na avenida.



5- PORTELA 2008:  Carro do bebê

O carro do Bebê raquítico que se transformava em um bebê saudável e forte, juntamente com a transformação do cenário ao seu redor foi o grande destaque alegórico do Carnaval de 2008. Superou até mesmo a aguardada Águia da escola de Madureira, que naquela ano também foi um ponto alto do desfile da Portela.
 




6- MOCIDADE INDEPENDENTE DE PADRE MIGUEL: Carro do feto.
 
Até hoje a imagem do feto dentro do Planeta Água (Planeta Terra)  é a mais marcante do desfile da Mocidade Independente de Padre Miguel na conquista de seu bicampeonato na Marquês de Sapucaí, se tornando um dos símbolos daquele desfile da escola.







7- MANGUEIRA 2003: Carro Abre-Alas (Egito).
Um dos maiores carros em extensão que a Marquês de Sapucaí viu desfilar, a alegoria sobre o Egito era imponente devido ao seu tamanho e por abusar do luxo. Mais um grande momento de Max Lopes na Avenida.







8- PORTELA 2008:  Abre-alas (Águia)

 A águia da escola de Madureira é sempre muito aguardada, e quase sempre uma das alegorias mais bonitas de todo o Carnaval. Mas nesse ano a Portela conseguiu se superar ainda mais, trouxe para avenida  uma águia cujas penas lembravam água e o resultado foram diversas críticas positivas  e merecidas. 




9- SALGUEIRO 2009:  Abre-alas (Tambores).


O Abre-alas do Salgueiro era mais que impactante, era um verdadeiro show, os artistas da Intrépida Trupe, que mais uma vez participavam de um desfile de Carnaval, contudo dessa vez o “choque” desses componentes com os tambores do carro provocaram uma sensação ainda melhor que nas passagens anteriores, comtribuindo para o campeonato Salgueirense.







10 - UNIDOS DO VIRADOURO:  Carro do Jogo de Xadrez (Bateria).

Todo nunca queria saber como esse carro iria funcionar na avenida e se de fato funcionaria. Na hora o carro empolgou, mas  fez a escola correr e possivelmente contribuiu para a perde de pontos da agremiação, fazendo com que essa idéia não retornasse em outros anos, acertadamente.
 
  
  



Concordou com a lista?
Que carros ficaram faltando?

A IMPERATRIZ LEOPOLDINENSE

Muito prazer, sou a Imperatriz

"A semente germinou, do Recreio então brotou nossa escola de samba"

A história do G.R.E.S Imperatriz Leopoldinense, ao longo dos seus 50 anos de existência, é marcada pelo pioneirismo das realizações feitas por esta agremiação. A idéia de se fundar uma escola de samba na Zona da Leopoldina, se deu pelo fato de que era preciso ter na região uma entidade carnavalesca à altura do Recreio de Ramos e cujos freqüentadores eram integrantes da mais alta estirpe musical da cidade: Armando Marçal, Pixinguinha, Villa-Lobos, Heitor dos Prazeres, Bidê (Alcebíades Barcelos), Mano Décio da Viola e outros mais.

Foto histórica
Ensaio Anos 70
O articulador de tal empreendimento foi Amaury Jório, que reuniu no dia 6 de março de 1959, na sua própria casa na Rua Euclides Faria 22, em Ramos, um número de sambistas para criar a escola de samba. Cada um ali reunido opinou para a criação dos símbolos que marcariam e identificariam essa nova entidade carnavalesca. Jório deu a sugestão de que a área de atuação da recém fundada escola, a Leopoldina, fizesse parte do nome; articulação está para agregar as variadas agremiações carnavalescas do bairro.

Manoel Vieira deu nome de Imperatriz Leopoldinense e as cores verde e branco foram sugeridas por Venâncio da Conceição. O esboço do maior símbolo da agremiação, seu pavilhão, foi idéia de Agenor Gomes Pereira e a madrinha do seu batismo, prática comum entre as escolas de samba, foi o Império Serrano.

Escola fundada, agora a meta era a preparação do carnaval; o caminho foi a adoção ao longo de sua trajetória de enredos que tivessem uma temática histórico-cultural. Vale lembrar inclusive que a Imperatriz Leopoldinense foi a primeira escola de samba a possuir um Departamento Cultural – fundado por Hiram Araújo em 1967 – com o propósito de auxiliar na confecção dos enredos e realizar atividades educativas com os integrantes. Seus ensaios eram realizados inicialmente na Rua Paranhos 227, casa de Pedro Alcântara Diniz, depois passaram para o número 315 onde funcionava o Clube Paranhos.

Foto histórica
Darcy Ribeiro observa o Governador Leonel Brizola beijar o pavilhão leopoldinense
O primeiro carnaval, em 1960, teve como enredo Homenagem à Academia de Letras que alcançou um honroso sexto lugar. O primeiro título, no carnaval de 1961, com o enredo Riquezas e maravilhas do Brasil serviu para que novas mudanças acontecessem na trajetória da agremiação; um grande número de componentes oriundos dos blocos e agremiações carnavalescas da região começava a integrar os quadros da escola, era o sonho de Jório ganhando proporções! A existência de uma sede oficial, situada na Rua Professor Lace 235, foi a consolidação deste sonho; foi na gestão de Antônio Carbonelli que se realizou tal feito.
 
Foto histórica
As Três capitais, 1963
Um acontecimento que marcou muito a vida da escola e serviu para projetar seu nome aconteceu em 1972. Dias Gomes procurava uma escola de samba para servir de cenária para a novela “Bandeira 2” da TV Globo. Após muitas indas e vindas, a escolha recaiu sobre a Imperatriz, uma então modesta escola da Zona da Leopoldina. A história tratava do amor de dois jovens, filhos de famílias inimigas. Uma livre adaptação da imortal história de Shakespeare “Romeu e Julieta” ambientada no universo suburbano carioca. O principal personagem acabou sendo encarnado por Paulo Gracindo, que até então havia interpretado quase sempre personagens ricos e sofisticados. Seu desempenho como bicheiro Turcão teve imensa aceitação popular e significou sua consagração na televisão.
 
Foto histórica
Bateria no carnaval de 1969
Na história, Zé Catimba, compositor da Imperatriz, foi representado por Grande Otelo. O samba-enredo “Martim Cererê” acabou entrando para a trilha sonora da novela – um fato pioneiro – e ajudou a tornar a Imperatriz conhecida em todo o Brasil. Um fato sobre “Bandeira 2” que merece ser destacado é que anos depois, Dias Gomes adaptou a história para o teatro, nascendo assim o musical “O Rei de Ramos”, que estreou na reinauguração do Teatro João Caetano, em 1979, com músicas de Chico Buarque e Francis Hime.

Mas os anos se passaram e a Imperatriz Leopoldinense oscilava entre bons e maus resultados nos seus desfiles. Tamanha inconstância fez com que Amaury Jório trouxesse para a agremiação, alguém capaz de administrar a escola e colocá-la no patamar competitivo com as demais que já existiam. Luiz Pacheco Drumonnd, o Luizinho – como era chamado por Jório – foi o nome escolhido. Com sua capacidade empreendedora, Luizinho tomou medidas decisivas para transformar a escola em uma grande agremiação, não em importância histórico-cultural, pois, isso a história de sua fundação já se incumbiu; mas sim uma importância ligada a notoriedade que fosse vinculada às vitórias.

Foto histórica
Primeira Quadra de Ensaios
Para tal, Luizinho comprou a quadra, alugou um galpão para a confecção das alegorias e contratou o renomado carnavalesco Arlindo Rodrigues para o desenvolvimento dos enredos da escola! A conjunção de tais medidas só poderia render bons resultados e que não tardaram a chegar. E assim vieram os títulos de 1980 com enredo O que a Bahia tem e o de 1981 O teu cabelo não nega. Daí para frente a Imperatriz se firmava entre as grandes escolas de samba do Rio de Janeiro.

Arlindo permaneceu na escola, consecutivamente, entre os anos de 1980 até 1983, realizando grandiosos carnavais, o que serviu para dar a escola uma característica artística ligada às tendências mais barrocas. No carnaval de 1984, com um enredo Alô Mamãe, criticando a então conjuntura político-econômico brasileira – assinado pela carnavalesca Rosa Magalhães – e mesmo passando por algumas dificuldades, a escola conseguiu um quarto lugar. Entre os anos de1985 até 1988, a escola oscilou entre desfiles e posições que não renderam resultados tão significativos.

Foto histórica
Sócios Fundadores
Mais uma vez numa atitude empreendedora, Luiz Pacheco Drumond, trouxe para escola o carnavalesco Max Lopes para cuidar das questões artísticas e Wagner Tavares de Araújo, para o cargo de diretor de carnaval. Mudanças feitas, os resultados voltaram a aparecer; em 1989, a Imperatriz Leopoldinense se consagra como campeã do carnaval com um enredo histórico, sua marca principal, falando sobre o centenário da Proclamação da República, Liberdade, Liberdade abre as asas sobre nós. A partir e então a escola adotou uma forma de desfile que visava atender as necessidades e obrigatoriedades dos quesitos a serem julgados; o que lhe rendeu os termos de “escola técnica” ou “a certinha de Ramos”.

Foto histórica
Presidente Luiz Pacheco Drumond
Os anos noventa foram marcados por outras vitórias e resultados significativos! No carnaval de 1991, com o enredo O que a banana tem do figurinista e carnavalesco Viriato Ferreira, a escola obteve a terceira colocação. Para o carnaval de 1992, a escola contou com a (re)contratação da renomada carnavalesca Rosa Magalhães, que permanece na escola até o presente ano. Desses 17 anos e 18 carnavais sob o comando artístico de Rosa Magalhães, a escola acumulou: dois nonos lugares (2006 – 2007); dois sextos lugares (1997 – 2008); um quinto lugar (2004) dois quarto lugares (2003 - 2005); quatro terceiros lugares (1992 – 1993 – 1998 - 2002); um vice-campeonato (1996); um bi-campeonato (1994 – 1995) e um tri-campeonato (1999 – 2000 – 2001).

Em resumo a história da Imperatriz Leopoldinense foi construída pela tríade do idealismo, empreendimento e pioneirismo; respectivamente ligados à Amaury Jório, Luiz Pacheco Drumonnd e suas realizações ao longo da história do carnaval.

UNIDOS DA TIJUCA TERÁ DISPUTA DE SAMBA ENREDO NO RIO DE JANEIRO E EM PERNAMBUCO!

A Tijuca pede passagem ao frevo, ao maracatu e a outros ritmos tradicionais, para colocar em prática o intercâmbio técnico-cultural entre a cena cultural do samba carioca e o pernambucano. A agremiação promoverá 3 etapas eliminatórias para a escolha do samba-enredo do Carnaval 2012 na cidade do Recife. O samba vencedor em Pernambuco vai disputar a final no Rio de Janeiro com os finalistas cariocas.

A iniciativa é pioneira e pretende também gerar visibilidade para compositores e escolas de samba que seguem contando com a colaboração valiosa de amantes (quase guerrilheiros) do samba espalhados pelas terras do Rei do Baião. A data final para entrega dos sambas pernambucanos será no dia 16 de agosto na sede da Empetur, no centro de convenções de Olinda.


O carnavalesco Paulo Barros explanou para compositores cariocas e pernambucanos a sinopse do carnaval 2012


A leitura da sinopse foi realizada pelo carnavalesco Paulo Barros na quadra da Unidos da Tijuca para dezenas de compositores cariocas e transmitido ao vivo, em parceria com o site carnavalesco, para outras dezenas de compositores pernambucanos em Recife.
Além de representantes de todos os segmentos da escola, o evento contou com a presença do Presidente Fernando Horta, a diretoria de carnaval da Unidos da Tijuca, a pesquisadora da UFRJ, Isabel Azevedo, o deputado Chiquinho da Mangueira e o cantor Belo. Durante a entrega da sinopse, o público pode conhecer a nova Rainha da Bateria, Gracyanne Barbosa.


O Presidente Fernando Horta e a nova Rainha da Bateria, Gracyanne Barbosa


Ao mesmo tempo em Pernambuco, no Centro de Convenções de Olinda, representantes das agremiações como Gigantes do Samba, Galeria do Ritmo, Deixa Falar, entre outras, puderam conhecer o projeto da escola e detalhes da homenagem ao centenário de Luiz Gonzaga. A mesa foi composta pelo Secretário de Turismo do Estado de Pernambuco, Alberto Feitosa, o presidente da Empetur, André Correia, Maurício Barbosa, pernambucano que sugeriu o enredo, e os diretores de Marketing e Comunicação da Tijuca, Fabiana Amorim e Bruno Tenório.


O evento em Pernambuco é inédito e contou com a adesão da secretaria de turismo e dezenas de compositores

Para quem não sabe, Recife possui escolas de samba e realiza disputas calorosas. Os compositores locais estão animados e afirmaram que o “o couro vai comer”. Prometem fazer a Marquês de Sapucaí cantar pela primeira vez um samba pernambucano.
“A disputa está equilibrada. O Rio de Janeiro possui longa tradição na realização de sambas-enredo. Por outro lado, Pernambuco é o berço de inúmeros grandes poetas, escritores, compositores, além de vivenciarem de perto a paisagem e cultura gonzaguiana”, declarou Fernando Horta, presidente da Agremiação.
As semifinais em Recife ocorrerão nos dias 27 de agosto e 3 de setembro. A final pernambucana será no dia 10 de setembro no centro de convenções de Olinda.




ENTREGA DOS SAMBAS EM RECIFE: Até o dia 16 de agosto de 2011, terça-feira, no departamento de Marketing da Empetur, Centro de Convenções.
INÍCIO DA DISPUTA EM RECIFE: Dia 27 de agosto de 2011, sábado, a partir das 21 horas.
FINAL DE SAMBA-ENREDO EM RECIFE: Dia 1O de setembro de 2011 com a bateria da Unidos da Tijuca.
FINAL DE SAMBA-ENREDO NO RIO DE JANEIRO: Dia 15 de outubro de 2011.

É ver para crer. Boa Sorte cariocas e pernambucanos! Viva o Rei Luiz do Sertão!

COREÓGRAFOS DA COMISSÃO DE FRENTE DA UNIDOS DA TIJUCA REBATEM CRÍTICAS!

Unidos da Tijuca

Depois de mais um ano de sucesso e todas as notas dez possíveis na Marquês de Sapucaí, o casal de coreógrafos da Unidos da Tijuca, Priscilla Mota e Rodrigo Negri, grandes responsáveis pelo sucesso da comissão de frente tijucana nos últimos dois carnavais, passaram a conviver com alguns questionamentos. Um deles dá conta do uso de alguns atributos que, a princípio, na visão dos críticos, não pertencem ao universo do carnaval, e o outro aborda o fato de a dupla usar um contingente maior do que os quinze aparentes permitidos pelo regulamento. Incomodados com as críticas, Priscilla e Rodrigo falaram sobre a questão.

É inegável que o que se pensava sobre comissão de frente há quinze anos atrás não cabe mais para o carnaval atual. Ciente das transformações do quesito, Priscilla Mota ressalta o conceito de espetáculo no desfile das escolas de samba.

Coreógrafos da Comissão de Frente Unidos da Tijuca
- Nós procuramos inovar e agregar outros tipos de arte dentro do carnaval. Carnaval é espetáculo sim. Não acho certo quando as pessoas dizem o contrário. Falam muito que a nossa comissão é algo separado do que acontece com o resto da escola, mas eu acho isso um absurdo. Nós pesquisamos junto com o Paulo Barros o tempo todo. Sempre trazemos coisas totalmente relevantes e que sintetizam o enredo, essa é a nossa preocupação. O nosso trabalho deveria servir para a continuidade da evolução do quesito e não para essas críticas. Cada um tem o seu espaço. O meu dez não vai tirar o dez de ninguém -desabafou a bailarina.

Rodrigo fez coro com as palavras da companheira e lembrou que o estilo da dupla já está marcado no carnaval. Sobre o fato de usarem pessoas escondidas dentro dos tripés, o bailarino admitiu o uso do artifício, mas não vê tanta vantagem na prática.

- O regulamento tem essa brecha. Nós utilizamos esse recurso em 2010, até por que a nossa ideia exigia isso. Não tinha como fazer aquela troca de vestido só com quinze pessoas, senão ficaríamos sem o número mínimo na Avenida, que são nove. Foi um recurso que nós utilizamos para trocar os figurinos. Acho que as pessoas pensam que pode ser uma malandragem nossa, que as pessoas dentro da caixa preta do desfile de 2010 estavam descansando, mas não é verdade. Quem estava dentro da caixa tinha um trabalho muito pior do que aquelas que estavam fora. Tudo dependia das coisas que aconteciam lá dentro. Qualquer botão fora do lugar comprometeria o nosso dez. Nós ficamos tristes quando as pessoas apontam isso como se estivéssemos tirando vantagem – disse ele, citando que não só integrantes da comissão desfilam dentro dos tripés, mas camareiros e outros profissionais de apoio à funcionalidade da comissão.

Perguntada se seria necessário um posicionamento mais claro da Liesa sobre esse ponto do regulamento, assunto debatido durante o 'I Seminário Pensando o Carnaval' pelos coreógrafos Carlinhos de Jesus, Jaime Arouxa, Marcelo Misailidis e Hélio Bejani, Priscilla Mota aprova a ideia. Ela aproveitou para deixar claro que, enquanto for possível e necessário, a comissão de frente da Unidos da Tijuca continuará usando o precedente.

- De repente poderia ser feita uma comissão ou uma reunião para decidir se pode ou não pode usar mais pessoas que as quinze aparentes. Até hoje tudo o que está definido no regulamento nós sempre fizemos. As pessoas que estão dentro do tripé sofrem muito. Desfilam no escuro e morrendo de calor com o peso da fantasia. Sem contar a pressão de não poder errar e o fato de praticamente não conseguir ouvir o samba-enredo. Só quem vive é que sabe o que é. Pode ter certeza que isso nunca facilitou a nossa vida. Sempre foi um fator de dificuldade para o nosso trabalho. Como esconder essas pessoas? Como fazer com que elas fiquem idênticas? Nós não temos o trabalho de botar  quinze pessoas idênticas, mas trinta. Se precisarmos usar mil pessoas para fazer uma ideia acontecer nós vamos fazer. Faremos isso enquanto acharmos necessário e o regulamento permitir.