terça-feira, 31 de janeiro de 2012

SANDRA DE SÁ DECLARA: MANGUEIRENSE, NO FUNDO, TODO MUNDO É UM POUCO E QUEM NÃO É TEM INVEJA!

Sandra é flamenguista e assumiu, publicamente, a sua “bigamia” no caso de amor de cores verde e rosa e azul e branco, no Dvd Africanatividade; o registro desse momento é o encontro das baterias da Mangueira e da Caprichosos de Pilares que tocaram juntas. Quando lhe foi perguntado sobre a emoção da homenagem no Cacique de Ramos ela declarou:

Sandra de Sá sendo homenageada no Cacique de Ramos

“Eu acho que eu mereço, sofri muito quando era criança por eu amava o bloco do Cacique, mas naquela época não tinha idade para freqüentar. Para me consolar, minha mãe me fantasiava de índio com as cores do bloco, quando desfilavam, eu saía atrás com minha roupa e me sentia... Cacique é uma paixão antiga, passei a freqüentar a quadra e guardo lembranças de todos os carnavais, todos são marcantes. Até crescer de verdade, levava um caixote com meus primos para ver o desfile. Para mim, consciência negra é ter auto estima, deixar o segurador de onda ligado na hora que quiser”

 
A cantora não escondeu sua emoção com as expectativas para o carnaval e disparou: 
    
 Mangueirense, no fundo, todo mundo é um pouco e quem não é tem inveja. Na minha família tem uma facção que torce pelo Império Serrano, onde também vou desfilar, por que quero prestigiar Dona Ivone Lara. Na verde e rosa acho que o enredo e o samba estão perfeitos, está tudo lindo!


Raymondh Júnior

UNIDOS DE VILA ISABEL

 Vila Isabel

A escola de samba une Brasil e Angola para tentar mais um título no Grupo Especial

A escola de samba une Brasil e Angola para tentar mais um título no Grupo Especial - 1 (© Divulgação)
Comissão de Frente da Vila Isabel
HISTÓRIA

A Unidos de Vila Isabel é mais uma das muitas escolas de samba que estão diretamente relacionadas a times de futebol da época. Antônio Fernandes da Silveira, o China, foi o responsável pela criação do bloco carnavalesco em 1946, quando os amigos que jogavam com ele aprovaram a idéia.

Formada por apenas 100 componentes, sendo 27 ritmistas, 13 baianas e mais 50 foliões, a Vila Isabel conquistou sua primeira vitória no Grupo III. Pedro Brazão foi o responsável pelo enredo “Poeta dos Escravos” e se tornou um dos maiores vencedores de sambas da agremiação.

A maior personalidade da Vila Isabel é, sem dúvidas, Martinho da Vila. O cantor entrou para a ala dos compositores da escola em 1965, onde teve a honra de compor os sambas enredos de 1967 (“Carnaval de Ilusões”), 1968 (“Quatro Séculos de Modas e Costumes”", 1969 (“Iaiá do Cais Dourado”) e 1970 (“Glórias Gaúchas”).

O primeiro título da agremiação no Grupo Especial aconteceu em 1988, quando foi escolhido o enredo “Kizomba, a Festa da Roça”. A Vila Isabel inovou na época e usou materiais bem alternativos, como palha e sisal, ainda inéditos. Neste mesmo ano, por causa de um forte temporal, o Desfile das Campeãs acabou não acontecendo.

O rebaixamento da escola aconteceu em 2000, retornando somente em 2004 para o Grupo Especial, já que dois anos antes um julgador trocou a ordem de algumas notas e tirou a agremiação da disputa.

Em 2006 o bicampeonato chegou para a Unidos de Vila Isabel. “Soy Loco Por Ti América – A Vila Canta a Latinidade”, do carnavalesco Alexandre Louzada, ficou na boca do povo que cantou durante toda a avenida o samba, consagrando a escola como vencedora do Carnaval do Rio de Janeiro daquele ano.

A escola de samba une Brasil e Angola para tentar mais um título no Grupo Especial - 1 (© Divulgação)
Vila Isabel
EU SAMBO, VOCÊ SEMBA

Para o Carnaval deste ano, a Unidos de Vila Isabel reservou o enredo “Você Semba lá...Que Eu Sambo Cá! O Canto Livre de Angola”. Ligados pela mesma língua e laços afetivos, ele vai levar para a Sapucaí a história que une o Brasil e a Angola.

O enredo aborda a antiguidade, onde a África era uma região com um ecossistema particular e rico. A chegada das expedições marítimas portuguesas e a migração de angolanos para a nova terra descoberta, o Brasil, são tratadas como o início de uma história de mistura cultural.

Já em terras brasileiras, o povo da Angola trouxe o semba, palavra que significa umbigada em quimumbo, língua do país. O semba também é conhecido como batuque ou maxixe, apesar de ter mudado bastante ao longo do tempo. Após anos trocando conhecimento, uma batucada aqui e um momento de descontração ali, o verbo “kusamba”, que significa saltear e pular, também chegou ao nosso povo e, com ele, o samba. 

A escola de samba une Brasil e Angola para tentar mais um título no Grupo Especial - 1 (© Divulgação)
Sabrina Sato Rainha de Bateria da Vila Isabel
FICHA TÉCNICA
Fundação: 4 de abril de 1946
Títulos: 2 pelo Grupo Especial e 2 pelo Grupo de Acesso
Símbolo: Coroa
Cores: Azul-claro e branco
Presidente: Wilson Alves (Wilsinho)
Carnavalesco: Rosa Magalhães
Puxador: Tinga
Mestre Sala e Porta Bandeira: Julinho e Ruth
Rainha de Bateria: Sabrina Sato
Endereço: Boulevard Vinte e Oito de Setembro, nº382 - Vila Isabel – Rio de Janeiro
Telefone: (21) 2578-0077
Site: www.gresunidosdevilaisabel.com.br

Raymondh Júnior

UNIDOS DA TIJUCA

Unidos da Tijuca

Escola de samba leva Luiz Gonzaga para a Sapucaí no Carnaval de 2012

Escola de samba leva Luiz Gonzaga para a Sapucaí no Carnaval de 2012 - 1 (© AgNews)
Mestre Sala da Unidos da Tijuca
HISTÓRIA

Criada em 1931, a Unidos da Tijuca pode ser considerada uma das escolas de samba mais antigas do Brasil. Ela surgiu a partir da união de blocos já existentes próximos ao Morro do Borel, local onde vivia a maioria dos foliões da região. Leandro Chagas, João de Almeida, Pacífico Vasconcelos, Tatão, Alfredo Gomes, Marina Silva, Orlando da Costa, Zeneida Oliveira e Regina Vasconcelos são os nomes dos responsáveis pelo nascimento da agremiação.

Campeã do Carnaval do Rio de Janeiro pela primeira vez em 1936, a Unidos da Tijuca apresentou na Praça Onze, onde eram realizadas as disputas, um fato ainda inédito: alegorias que faziam alusão ao enredo escolhido, no caso “Sonhos Delirantes”.

Entre os anos de 1960 e 1980 a escola passou por uma má fase e desfilou continuamente no Grupo II. Foi somente nesta última data que a Tijuca acertou na fórmula e conseguiu voltar para a principal categoria do Carnaval carioca.

Depois disso, os resultados continuaram nada expressivos e, em 1998, aconteceu mais um rebaixamento. A escola voltou ao Grupo Especial já no ano seguinte, após uma vitória com o tema “O Dono da Terra”.

Outro ponto alto da agremiação aconteceu em 2004, após a contratação de Paulo Barros. Falando dos avanços da Ciência e apresentando o clássico carro-alegórico do DNA, a escola conquistou um vice-campeonato. O mesmo aconteceu no ano seguinte, com um enredo que falava de cidades e reinos do imaginário humano.

Em 2007, Paulo Barros deixou a Unidos da Tijuca e foi substituído por Lane Santana e Luiz Carlos Bruno. Porém, Barros retornou para a escola em 2010 e, após um jejum de 74 anos, deu à agremiação o título com o enredo “É Segredo!”.

Escola de samba leva Luiz Gonzaga para a Sapucaí no Carnaval de 2012 - 1 (© AgNews)
Comissão de Frente Unidos da Tijuca
LUIZ GONZAGA

A Unidos da Tijuca resolveu homenagear um dos maiores nomes da música brasileira no Carnaval de 2012. Luiz Gonzaga, também conhecido como 'Rei do Baião', foi presenteado com o enredo “O Dia em que Toda Realeza Desembarcou na Avenida Para Coroar o Rei Luiz do Sertão” em comemoração aos 100 anos de seu nascimento.
A Sapucaí será invadida por sanfonas, triângulos e zabumbas, instrumentos utilizados pelo músico para fazer um som inconfundível e admirado por grandes nomes como Caetano Veloso, Gilberto Gil, entre outros.

O enredo conta a coroação de Luiz Gonzaga. Um homem nascido na cidade de Exu, em Pernambuco, ele viveu no sertão e conheceu de perto a luta diária de um povo que sofre e luta pela sobrevivência.

Toda essa saga de um menino pobre que se tornou um verdadeiro mito da música brasileira é a proposta do enredo preparado pelos carnavalescos da agremiação.

Escola de samba leva Luiz Gonzaga para a Sapucaí no Carnaval de 2012 - 1 (© AgNews)

FICHA TÉCNICA
Fundação: 31 de dezembro de 1931
Títulos: 2 pelo Grupo Especial e 3 pelo Grupo de Acesso
Símbolo: Pavão
Cores: Amarelo ouro e azul pavão
Presidente: Fernando Horta
Carnavalesco: Paulo Barros
Puxador: Bruno Ribas
Mestre Sala e Porta Bandeira: Marquinhos e Giovanna
Rainha de Bateria: Gracyanne Barbosa
Endereço: Clube dos Portuários - Av. Francisco Bicalho, 47 - Santo Cristo
Telefone: (21) 2516-2749
Site: www.unidosdatijuca.com.br

Raymondh Júnior

UNIÃO DA ILHA DO GOVERNADOR

União da Ilha

Jogos Olímpicos é o enredo escolhido para tentar o título inédito no Grupo Especial

Jogos Olímpicos é o enredo escolhido para tentar o título inédito no Grupo Especial - 1 (© Divulgação)
Casal de Mestre Sala e Porta Bandeira da União da Ilha
HISTÓRIA

A história da União da Ilha do Governador começou durante o Carnaval de 1953, quando Maurício Gazelle, Orphilo Bastos e Joaquim Lara de Oliveira decidiram fundar uma escola de samba para reunir os amigos e o pessoal do time da União, no bairro da Cacuia, Ilha do Governador.

Com 59 fundadores, houve uma reunião para decidir qual seria o nome da agremiação e como seriam distribuídos os cargos. Foi assim que nasceu o Grêmio Recreativo Escola de Samba União, com Maurício Gazelle como seu primeiro presidente.

Entre os anos de 1954 e 1959, a escola de samba conquistou todos os títulos que disputou ainda na Ilha do Governador. Sua estreia no Grupo III aconteceu em 1960 e, ao longo da década, a União sofreu altos e baixos, chegando apenas ao Grupo II. Somente no ano de 1975 a agremiação finalmente desfilou entra as maiores escolas do Rio de Janeiro. Cantando “Os Confins da Vila Monte”, ela conseguiu o 9º lugar e permaneceu na categoria.

Um dos pontos altos da União da Ilha do Governador aconteceu em 1982, quando homenageou o cartunista Lan com o enredo “É Hoje”. O samba deste Carnaval é um dos mais regravados da história, onde Caetano Veloso e Fernanda Abreu são apenas exemplos dos nomes que caíram no encanto da letra. Ainda nos anos 80, a escola inaugurou sua quadra e contratou grandes carnavalescos, como Max Lopes e Arlindo Rodrigues.

A década de 90 não foi expressiva para a agremiação, apesar de ter permanecido no Grupo Especial. Já a partir dos anos 2000 a história ficou ainda pior e, após um rebaixamento em 2001, foi somente oito anos depois que a União da Ilha do Governador retornou para a categoria mais importante do Carnaval do Rio de Janeiro.

Jogos Olímpicos é o enredo escolhido para tentar o título inédito no Grupo Especial - 1 (© Divulgação)
Bateria União da Ilha

RIO 2016

“De Londres ao Rio: Era Uma Vez...Uma Ilha” é o enredo escolhido para representar a União da Ilha do Governador neste Carnaval. O tema retrata, assim como acontece em todas as fábulas, uma história com um final feliz.

O conto começa em 2012, com os Jogos Olímpicos de Londres, momento em que todas as nações se unem para acompanhar o esporte e celebrar a paz entre todas as nações. O “happy ending” será a chegada do evento no Brasil, em 2016, hora do povo brasileiro acompanhar de pertinho o evento.

A Ilha nesta fábula significa o caminho que será traçado ao longo desses quatro anos para que tudo termine bem. As ambições por um trono, a busca por intermináveis tesouros e o bom planejamento para que tudo funcione bem no reino são os pontos principais do enredo que usa metáforas e analogias para falar do processo das construções para os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro.

Jogos Olímpicos é o enredo escolhido para tentar o título inédito no Grupo Especial - 1 (© Divulgação)

FICHA TÉCNICA
Fundação: 7 de março de 1953
Títulos: 2 pelo Grupo de Acesso
Símbolo: Águia
Cores: Azul, vermelho e branco
Presidente: Ney Filardis
Carnavalesco: Alex de Souza
Puxador: Ito Melodia
Mestre Sala e Porta Bandeira: Ronaldinho e Verônica
Rainha de Bateria: Bruna Bruno
Endereço: Estrada do Galeão, 322, Cacuia - Ilha do Governador – Rio de Janeiro
Telefone: (21) 3392-8169
Site: www.gresuniaodailha.com.br

Raymondh Júnior

SÃO CLEMENTE

São Clemente

Com 50 anos de existência, a escola de samba busca o título inédito no Carnaval 2012

Com 50 anos de existência, a escola de samba busca o título inédito no Carnaval 2012 - 1 (© Divulgação)
São Clemente
HISTÓRIA

A São Clemente foi uma escola que surgiu espontaneamente, a partir de desfiles realizados pelas ruas de Botafogo nos anos 60. Um ano depois de sua oficialização, em 1962, a agremiação se apresentou pela primeira vez, onde exaltou a geografia, vegetação, pedras preciosas, ferro e o petróleo do Brasil.

O primeiro título da São Clemente aconteceu já em 1964, quando ela retratou os 45 anos entre a transição da sede do vice-reino brasileiro de Salvador para o Rio de Janeiro em 1763.

“Apoteose ao Folclore Brasileiro” foi o enredo responsável por levar a escola de samba ao que hoje conhecemos por Grupo Especial. Para sua estreia foi escolhido como inspiração o livro homônimo de Mello Moraes Filho, avô de Vinícius de Moraes.
Os anos 70 não foram muito expressivos para a agremiação, tendo passado a maior parte do tempo no Grupo II, antigo Grupo de Acesso, e duas vezes no Grupo III.

Com a morte de Ivo da Rocha Gomens, em 1980, a escola acabou caindo para o Grupo III e, mais uma vez, durante toda a década seguinte oscilou entre as duas categorias.

Já nos anos 2000, apesar te ter passado por carnavais com problemas em carros alegóricos e perdas e pontos por limite de tempo em desfiles, a São Clemente já estava registrada entre as grandes escolas de samba do Rio de Janeiro.

Os melhores anos da São Clemente aconteceram nos anos de 2003, 2007 e 2010, momentos em que foi campeã do Grupo de Acesso e voltou sempre mais forte para a outra categoria.

Com 50 anos de existência, a escola de samba busca o título inédito no Carnaval 2012 - 1 (© Divulgação)
Casal de Mestre Sala e Porta Bandeira
 MUSICAIS

Dançarinas, orquestra, foco, luz e ação. Isso é o que a São Clemente pretende levar para o Carnaval de 2012 com o enredo “Uma Aventura Musical na Sapucaí”. A avenida será tomada pelos principais musicais, cheia de bailarinos, luxo e tudo o que é preciso para o show continuar.

Filmes e peças de teatro serão representados pela escola de samba nas alegorias e carros. “Noviça Rebelde” com o seu ineditismo que ficou para a história, Evita Peron e todo o seu poder na Argentina e “Cabaret” são apenas alguns exemplos dos clássicos presentes no enredo da São Clemente.

Chegando ao Brasil, a São Clemente fala do surgimento das marchinhas, que fizeram dos carnavais um verdadeiro musical. “Yes, Nós Temos Banana”, “Sassaricando” e os nossos Saltimbancos.

Sem esquecer as grandes interpretes que o mundo já viu, Piaf, Dalva de Oliveira, Elis Regina e muitas outras mulheres de vozes únicas e uma presença de palco inconfundível, também serão homenageadas no enredo da agremiação. 

Com 50 anos de existência, a escola de samba busca o título inédito no Carnaval 2012 - 1 (© Divulgação)
São Clemente

FICHA TÉCNICA
Fundação: 25 de outubro de 1961
Títulos: 1 pelo Grupo de Acesso
Símbolo: Pão de Açúcar
Cores: Preto e amarelo
Presidente: Renato Almeida Gomes
Carnavalesco: Fábio Ricardo
Puxador: Igor Sorriso
Mestre Sala e Porta Bandeira: Bira e Denadir
Rainha de Bateria: Bruna Almeida
Endereço: Av. Presidente Vargas, 3102 – Centro – Rio de Janeiro
Telefone: (21) 4101-4866
Site: www.saoclemente.com.br

Raymondh Júnior

RENASCER DE JACAREPAGUÁ

Renascer 

Estreante no Grupo Especial, a escola de samba completa 19 anos

Estreante no Grupo Especial, a escola de samba completa 19 anos - 1 (© Divulgação)
Casal de Mestre Sala e Porta Bandeira da Renascer
HISTÓRIA

Criada a partir de um bloco carnavalesco chamado Bafo de Bode, fundado em 1958 e famoso em sua região, a Renascer de Jacarepaguá tem apenas 19 anos e estreia no Grupo Especial.

Logo no começo de sua história, a agremiação conseguiu duas vitórias consecutivas, garantindo sua vaga do Grupo de Acesso do Carnaval do Rio de Janeiro. Desde 2004, a Renascer de Jacarepaguá tem apresentado bons desfiles, todos desenvolvidos por Lane Santana, um dos grandes nomes da escola.

Em 2010, a agremiação conseguiu um vice-campeonato com o enredo “Como Vai, Vai Bem? Veio a Pé ou de Trem?” e mostrou que tinha tudo para crescer ainda mais. O ano seguinte não foi nada bom para a escola de samba. A um passo de chegar às cabeças do Carnaval carioca, um problema com o regulamento fez com que pontos preciosos deixassem a Renascer de Jacarepaguá em 8º lugar no quadro geral de notas.

Há anos no Grupo de Acesso, foi em 2011 que a agremiação chegou, pela primeira vez, entre as maiores do Rio de Janeiro. “As Águas de Março” foi o tema escolhido pelos carnavalescos Alexandre Brittes, Gustavo Melo, Tatiana de Mello e Jorge Maciel para alcançar o Grupo Especial.

Estreante no Grupo Especial, a escola de samba completa 19 anos - 1 (© Divulgação)
Romero Britto
POP ART NA SAPUCAÍ

Pela primeira vez despontando no Grupo Especial, a Renascer de Jacarepaguá escolheu “Romero Britto: O Artista da Alegria dá o Tom na Folia” para ser o seu enredo de estreia na categoria.

Numa enorme mistura de cores, a agremiação pretende levar à Sapucaí uma viagem sem fronteiras, que mistura o mundo real e o imaginário, abusando do abstrato e de sentimentos baseados nas obras do artista plástico.

No enredo, toda a vida de Romero Britto é retratada, desde quando recebeu o seu primeiro livro a respeito de Caravaggio, passando pelo seu ciclo publicitário, até ser conhecido em todo o mundo pela sua arte de cores vibrantes e elementos cubistas. 

Estreante no Grupo Especial, a escola de samba completa 19 anos - 1 (© Divulgação)
Bateria

FICHA TÉCNICA
Fundação: 2 de agosto de 1992
Títulos: 1 pelo Grupo de Acesso
Símbolo: Pomba branca junto ao sol
Cores: Vermelho e branco
Presidente: Antônio Carlos Salomão
Carnavalesco: Edson Pereira
Puxador: Rogerinho Renascer e Nêgo
Mestre Sala e Porta Bandeira: Jéssica e Fábio Júnior
Rainha de Bateria: Patrícia Nery
Endereço: Av. Nelson Cardoso, 82 - Largo do Tanque – Jacarepaguá – Rio de Janeiro
Telefone: (21) 2423-4003
Site: www.renascerdejacarepagua.com.br

Raymondh Júnior

PORTO DA PEDRA

Porto da Pedra

Após anos de maus resultados, a escola de samba luta para voltar ao Desfile das Campeãs

Após anos de maus resultados, a escola de samba luta para voltar ao Desfile das Campeãs - 1 (© Divulgação)

HISTÓRIA

Novamente seguindo a tradição da maioria das escolas de samba, o Grêmio Recreativo Escola de Samba Unidos do Porto da Pedra surgiu a partir de um time de futebol que reunia moradores de São Gonçalo. Foi na década de 70 que os integrantes do clube decidiram formar o Bloco do Arrastão.

O sucesso de sua passagem pelas ruas em 1975 e 1976 fez com que ela subisse de categoria e fosse intitulado Bloco de Enredo. E foi assim que passou a existir o Bloco Carnavalesco Unidos do Porto da Pedra, sob direção de Haroldo Moreira e dos fundadores José Carlos Rodrigues, José Paulo de Oliveira Chaffin, Jorair Ferreira, Jorge Brum e Nilton Belomino Bispo.

“Festa Junina” foi o enredo responsável pelo primeiro título da agremiação, em 1979, conquistando o bicampeonato no ano seguinte com o tema “As Estações do Ano”. Após se tornar escola de samba e chegar ao Grupo A, a Porto da Pedra venceu a disputa entre as maiores do Rio de Janeiro pela primeira vez, cantando o enredo “No Reino da Fantasia”.

Apesar de seu bom desempenho, a agremiação optou por deixar os grandes desfiles e, entre os anos de 1985 e 1992, apresentou-se somente em seu bairro de origem. Depois dos anos de recesso, a escola voltou ao Grupo de Acesso. Vale lembrar que nessa época os desfiles aconteciam na Avenida Rio Branco, no centro da cidade.

O primeiro desfile na passarela do samba do Rio de Janeiro aconteceu em 1994, quando a escola de São Gonçalo obteve o segundo lugar. Neste mesmo tempo, Paulo Almeida, presidente da Porto da Pedra, tornou-se um dos fundadores da Liga das Escolas de Samba do Grupo de Acesso. Por seu intermédio, a agremiação foi convidada a participar do Grupo 1 a partir de 1995, um passo para o Grupo Especial.

Após ser campeã com o enredo “Campo Cidade, em Busca da Felicidade”, a Porto da Pedra começou sua história na categoria. Apesar dos resultados expressivos para o Grupo Especial, a escola não ficou entre as três melhores e, em 1998, sofreu o seu primeiro rebaixamento ao apresentar “Samba no Pé, Mãos ao Alto, Isto é um Assalto”.

De volta no ano seguinte, a agremiação mostrou que tinha força e conquistou um segundo lugar. Com altos e baixos, em 2000 aconteceu o segundo rebaixamento e a Porto da Pedra voltou a ser campeã do Grupo de Acesso em 2001.

Os anos seguintes não foram expressivos para a agremiação, mas ela provou que tem todos os componentes necessários para permanecer entre as principais do Rio de Janeiro.

Após anos de maus resultados, a escola de samba luta para voltar ao Desfile das Campeãs - 1 (© Divulgação)
Porto da Pedra
 IOGURTE

Em 2012, com o objetivo de voltar para o Desfile das Campeãs e garantir o campeonato após anos sem comemorar uma vitória, a agremiação leva à Marquês de Sapucaí o enredo “Da Seiva Materna, ao Equilíbrio da Vida”.

Falando sobre o iogurte e a importância de outros alimentos provenientes do leite, a Porto da Pedra - em parceria com a Danone – mostrará uma aula de nutrição.

No enredo estão presentes os mais diversos alimentos lácteos. No começo do tema aparecem os mamíferos e o leite materno, o primeiro alimento, em seguida vem a descoberta da sua importância e o surgimento de seus derivados. 

Após anos de maus resultados, a escola de samba luta para voltar ao Desfile das Campeãs - 1 (© Divulgação)

FICHA TÉCNICA
Fundação: 8 de março de 1978
Títulos: 2 pelo Grupo de Acesso
Símbolo: Tigre
Cores: Vermelho e branco
Presidente: Francisco José Marins
Carnavalesco: Jaime Cezário
Puxador: Wander Pires
Mestre Sala e Porta Bandeira: Fabrício Pires e Cristiane Caldas
Rainha de Bateria: Ellen Roche
Endereço: Av. Lúcio Tomé Feteira, 290 - Vila Lage, Neves, São Gonçalo
Telefone: (21) 3707-1518
Site: www.unidosdoportodapedra.com.br

Raymondh Júnior

PORTELA

Portela

Após quase três décadas sem títulos, a Portela busca sua 22ª vitória

Após quase três décadas sem títulos, a Portela busca sua 22ª vitória - 1 (© Divulgação)

HISTÓRIA

A Portela teve o início de sua história em 1926, mas seu nome vem de muito antes, ainda do Brasil Colonial. Ao longo dos séculos XVIII e XIX, a antiga freguesia de Irajá era ocupada por produtivos engenheiros de açúcar, como o Engenho do Portela, situado na região. Com o passar dos anos e a proclamação da República, o local passou a concentrar moradores de Oswaldo Cruz que se manifestavam fazendo festas religiosas e muita batucada.

Esther Maria Rodrigues e seu marido, Euzébio Rosas, foram os responsáveis pelo início da escola de samba, ainda em 1921. O casal atuava como porta-bandeira e mestre-sala do cordão Estrela Solitária, de Madureira, e se mudou para Oswaldo Cruz, fundando o bloco "Quem Fala de Nós Come Mosca". Em 1926, após conhecer Paulo da Portela, um novo bloco surgiu, tendo o próprio como presidente.

O primeiro concurso de sambas do Rio de Janeiro aconteceu em 1929. Foi assim que o Conjunto de Oswaldo Cruz – nome até então da Portela – ganhou o seu primeiro título e voltou a mudar seu nome, agora para "Quem nos Faz é o Capricho", influenciados por Heitor dos Prazeres, que, aliás, desenhou a primeira bandeira do bloco.
Em 1935, a agora chamada "Vae Como Pode" teve sua última mudança de nome, sugerida pelo Delegado Dulcídio Gonçalves. Grêmio Recreativo Escola de Samba Portela foi sua sugestão, adotada imediatamente por homenagear um de seus componentes mais ilustres, Paulo da Portela. Neste mesmo ano a agremiação levou o seu primeiro título.

Depois disso a Portela mostrou que era muito forte no Carnaval. Dentre sua coleção de vitórias estão os anos de 1939, com o enredo “Teste o Samba”, considerado por alguns o primeiro samba enredo da história, e entre 1941 e 1947, quando a agremiação foi sete vezes campeã de maneira consecutiva.

Após outros 12 títulos, nos anos 1951, 1953, 1957, 1958, 1959, 1960, 1962, 1964, 1966, 1970, 1980 e 1984, a Portela sofreu diversos problemas que acabaram com a boa fase da escola. Desde então, a sua melhor colocação aconteceu em 1995, quando chegou ao vice-campeonato com o samba enredo “Gosto Que Me Enrosco”.

Dentre uma das maiores polêmicas do Carnaval carioca está a ocorrida com a agremiação em 2005. Por causa de um atraso durante a apresentação, o presidente da Portela, Nilo Figueiredo, vetou a entrada da Velha Guarda na avenida, causando uma enorme saia justa no mundo do samba. Caso a ala entrasse, certamente seriam penalizados por estourar o tempo de desfile, então optaram por deixar de fora aqueles que faziam parte da agremiação e, claro, da história do Carnaval brasileiro.

O ano de 2011 foi marcado por uma tragédia, não só para a Portela como para a União da Ilha e a Grande Rio. Um enorme incêndio atingiu o barracão das agremiações, todos situados na Cidade do Samba e grande parte das fantasias e carros alegóricos foram destruídos. Por isso, a Portela desfilou como hours concours e não recebeu notas pelo o que apresentou na Marquês de Sapucaí. 

Após quase três décadas sem títulos, a Portela busca sua 22ª vitória - 1 (© Divulgação)
Portela

SENHOR DO BONFIM

Para 2012 a Portela pretende acabar com o jejum de quase três décadas e aposta no enredo “E o Povo na Rua Cantando, É Uma Reza, Um Ritual”.

A agremiação vai fazer na Sapucaí uma verdadeira prece ao Senhor do Bonfim, pedindo proteção ao padroeiro da Bahia, para que ele esteja sempre olhando por todos os baianos.

O estado nordestino também é exaltado em todo o enredo. Seu povo, cultura e fé, sempre cheio de feitiço, prestam homenagem ao Senhor do Bonfim por meio de alegorias e muita cor.

A Portela pede para que o Senhor do Bonfim abençoe e cuide desse povo que mistura o branco e o negro, o sagrado e o profano, o afro e o barroco, tornando tudo uma coisa só.

Após quase três décadas sem títulos, a Portela busca sua 22ª vitória - 1 (© Divulgação)
Águia da Portela
FICHA TÉCNICA 
Fundação: 11 de abril de 1926
Títulos: 21 pelo Grupo Especial
Símbolo: Águia
Cores: Azul e branco
Presidente: Nilo Figueiredo
Carnavalesco: Paulo Menezes
Puxador: Gilsinho
Mestre Sala e Porta Bandeira: Rogerinho e Lucinha Nobre
Rainha de Bateria: Sheron Menezzes
Endereço: Rua Clara Nunes, 81 – Madureira – Rio de Janeiro
Telefone: (21) 2489-6440
Site: www.gresportela.com.br

Raymondh Júnior

MOCIDADE INDEPENDENTE DE PADRE MIGUEL

Mocidade 

A escola de samba aposta em Cândido Portinari para se tornar campeã

A escola de samba aposta em Cândido Portinari para se tornar campeã - 1 (© Divulgação)
Mocidade
HISTÓRIA

Escola de samba fundada em 1955 por Silvio Trindade, Renato da Silva, Djalma Rosa, Olímpio Bonifácio (Bronquinha), Garibaldi F. Lima, Felipe de Souza (Pavão), Altamiro Menezes (Cambalhota) e Alfredo Briggs, o Grêmio Recreativo Escola de Samba Mocidade Independente de Padre Miguel surgiu a partir de um time de futebol amador da cidade do Rio de Janeiro.

Apesar de já existir há anos, foi somente em 1970 que a agremiação cresceu, graças a chegada de Castor de Andrade, bicheiro e grande torcedor da Mocidade.

Sua primeira vitória oficialmente como escola de samba aconteceu ainda em 1958. Cantando o samba enredo “Apoteose ao Samba”, a agremiação venceu a disputa e passou a integrar o Grupo I, nunca mais deixando a categoria. Foi nesse Carnaval que Mestre André deu pela primeira vez a célebre e inconfundível “paradinha” da bateria que, desde então, virou marca registrada da escola de samba. Aliás, durante anos a Mocidade era menos conhecida que sua própria bateria, e precisou provar que era tão boa quanto os seus músicos e instrumentistas.

Campeã também nos anos de 1979 e 1985, foi em 1990 que a agremiação passou a ser comandada por Renato Lage. Logo em sua estreia deu à Mocidade mais um primeiro lugar no Grupo Especial com o enredo “Viva Virou, a Mocidade Chegou”. “Chuê, Chuá... As Águas Vão Rolar”, de 1991, e “Criador e Criatura”, de 1996, foram os enredos responsáveis por mais dois títulos da Mocidade na década.

Castor de Andrade faleceu em 1997 e deixou a escola de samba orfã de um dos principais nomes do Carnaval do Rio de Janeiro. A maré não estava boa para a Mocidade, então, no ano de 2002, Renato Lage deixou a agremiação.

As recentes mudanças fizeram com que a Mocidade Independente de Padre Miguel passasse por uma fase de transições e testes dentro da escola. Primeiro foi a vez de Chico Spinosa, que trouxe enredos como doação de órgãos e outros de cunho social. Sem muito sucesso, chegou Paulo Menezes, em 2005, um carnavalesco mais clássico que também não trouxe sorte à Mocidade. Mauro Quintaes e Alex de Souza vieram logo depois, porém deixaram a escola perto do rebaixamento.

Cid Carvalho, Wander Pires - afastado da Mocidade por alguns anos -, Mestre Jorjão e Claudio Cebola tentaram dar um novo título à agremiação nos anos seguintes, mas nada parecia dar certo e as colocações continuaram bem ruins.

A escola de samba aposta em Cândido Portinari para se tornar campeã - 1 (© Divulgação)
Portinari

PORTINARI

Lutando para voltar ao Desfile das Campeãs e levar um título após anos em jejum, a Mocidade Independente de Padre Miguel escolheu o enredo “Por ti, Portinari. Rompendo a Tela, a Realidade”.

Candido Portinari foi o escolhido para ser homenageado por ser um dos maiores nomes da pintura brasileira e porque seu desaparecimento completa 50 anos.

Os traços fortes e vigorosos cheios de expressão e drama são as principais marcas do enredo preparado para festejar e mostrar as obras do pintor que sempre retratou a história e a vida do povo brasileiro.

As principais obras de Portinari serão recriadas e colocadas na Sapucaí como um grande museu, para que as pessoas conheçam um pouco mais de quem foi e continua sendo um grande nome da arte.

A escola de samba aposta em Cândido Portinari para se tornar campeã - 1 (© Divulgação)

FICHA TÉCNICA
Fundação: 10 de novembro de 1955
Títulos: 5 pelo Grupo Especial
Símbolo: Estrela-guia
Cores: Verde e branco
Presidente: Paulo Vianna
Carnavalesco: Alexandre Louzada
Puxador: Luizinho Andanças
Mestre Sala e Porta Bandeira: Róbson e Ana Paula
Rainha de Bateria: Antônia Fontenelle
Endereço: Rua Coronel Tamarindo, 38 - Padre Miguel - Rio de Janeiro
Telefone: (21) 3332-5823
Site: www.mocidadeindependente.com.br

Raymondh Júnior

ESTAÇÃO PRIMEIRA DE MANGUEIRA

Mangueira

Aos 83 anos, escola está há dez anos sem vitórias e tenta sair do jejum de títulos

Aos 83 anos, escola está há dez anos sem vitórias e tenta sair do jejum de títulos - 1 (© Divulgação)
Estação Primeira de Mangueira
HISTÓRIA

Uma das pioneiras do Carnaval carioca, a Mangueira foi o resultado dos cordões carnavalescos existentes na comunidade que inspirou a escola de samba. Por volta de 1920, os blocos já faziam a alegria do povo da região e reuniam os “bambas” do batuque, responsáveis pelo surgimento de muitas das atuais agremiações. Em meio a esse estilo de vida estava Cartola, que aos 19 anos percebeu ser possível formar algo ainda mais elaborado para o Carnaval do Rio de Janeiro.

Desta maneira, Zé Espinguela, um dos precursores da Portela, “Seu” Euclides, Saturnino Gonçalvez, Massu, Cartola, Abelardo Bolina e Pedro Caim fundaram o Bloco Estação Primeira. Nesta mesma época Cartola escolheu as cores verde e rosa para a escola, a fim de homenagear um rancho de Laranjeiras. Então, assim que surgiram as categorias carnavalescas, a Mangueira já era uma das maiores do país.

Jamelão entrou para a escola de samba em 1949, momento em que ocupou o lugar do Xangô da Mangueira. Logo em seu primeiro desfile como cantor oficial, o ícone da agremiação consagrou a verde e rosa campeã e marcou seu nome na história do Carnaval.

Anos mais tarde, em 1984, quando o sambódromo do Rio de Janeiro foi inaugurado, a escola participou de um dos momentos mais importantes para a sua história. Após o seu desfile e da Portela, ela voltou para a avenida após ser aclamada pelo público, tornando-se a primeira campeã da Marquês de Sapucaí.

A Mangueira passou por uma má fase nos Carnavais seguintes e obteve colocações que quase a rebaixaram. Porém, em 1994, apesar de conquistar o 12º lugar, a escola marcou época com um dos samba enredos mais cantados até hoje. “Me Leva Que Eu Vou, Sonho Meu. Atrás da Verde Rosa Só Não Vai Quem Já Morreu”, dizia a letra escrita por David Correa, Paulinho, Carlos Sena e Bira do Ponto, que homenageava os chamados “Doces Bárbaros”, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Gal Costa e Maria Bethânia.

Em 1998, após um jejum de 11 anos, a agremiação conquistou mais um título ao escolher Chico Buarque como homenageado. O grito de “é campeã” ecoou pela quadra da Mangueira novamente em 2002, com o enredo que falava do Nordeste.

Os anos seguintes não foram nada fáceis para a Estação Primeira de Mangueira. No mesmo ano em que a agremiação quebrou um enorme tabu e permitiu a presença de mulheres na bateria, época em que Ivo Meirelles comandava a batucada, o Mestre Jamelão sofreu um acidente vascular cerebral (AVC) que o impossibilitou de participar do Carnaval.

Neste mesmo momento, Beth Carvalho, que sempre foi Mangueira de coração, foi impedida pela diretoria da escola de desfilar, causando um enorme mal estar no mundo do samba.

A pior crise da Mangueira chegou em 2008, quando todos achavam que a escola montaria um enredo homenageando os 100 anos de Cartola. Apesar da data importante, ela acabou fechando um patrocínio com a Prefeitura de Recife e optou por falar dos 100 anos do frevo. Nesta época, a prefeitura foi acusada de se envolver com o tráfico no morro, o que só piorou a situação.

Ivo Meirelles foi para a presidência da agremiação em 2009, onde efetuou mudanças significativas, como a contratação da carnavalesca Márcia Lage e do casal de Mestre Sala e Porta Bandeira, Rafael e Marcella Alves.

Aos 83 anos, escola está há dez anos sem vitórias e tenta sair do jejum de títulos - 1 (© Divulgação)
Mangueira
TRIBO MANGUEIRENSE

Com o enredo “Vou Festejar! Sou Cacique, Sou Mangueira”, a escola vai levar para a Marquês de Sapucaí a história do samba e de tantos “bambas” que se tornaram verdadeiros “Caciques” de suas tribos de tambores, bumbos e surdos.

A história contada começa na África, quando tribos de negros fugiam de sacerdotes e pessoas que queriam tirá-los de seu povo. Um dia o tal “mensageiro da morte” conseguiu capturá-los e, dentro de um traiçoeiro navio Negreiro, uma nova terra foi apresentada como moradia.

Já em terras firme, a Magueira vai mostrar a conversa com um dos escravos que resolveu caminhar e encontrou um Cacique. Depois de contar seus problemas e a dor que sentia por deixar sua tribo, o índio o fez entender que a mais nova tribo existia, e estava na senzala.

O enredo mostra, então, toda a alegria, festa e batucada que passou a existir no Rio de Janeiro após longos anos. Agora sem escravidão, os cordões faziam a folia do estado e o povo da senzala invadia as ruas cariocas.

Por fim, chega a vez de o novo cacique mostrar a que veio e, junto dos outros membros da tribo fazem barulho com seus pandeiros, violões, latas e tambores. A descoberta do samba e a evolução das escolas como grandes tribos finalizarão o desfile.

Aos 83 anos, escola está há dez anos sem vitórias e tenta sair do jejum de títulos - 1 (© Divulgação)
Mangueira

FICHA TÉCNICA
Fundação: 28 de abril de 1928
Títulos: 18 pelo Grupo Especial
Símbolo: Um tambor surdo com ramos de louro em volta
Cores: Verde e rosa
Presidente: Ivo Meirelles
Carnavalesco: Cid Carvalho
Puxador: Luizito, Zé Paulo, Ciganerey e Vadinho Freire
Mestre Sala e Porta Bandeira: Raphael e Marcella Alves
Rainha de Bateria: Renata Santos
Endereço: Rua Visconde de Niterói, 1702 - Mangueira
Telefone: (21) 3872-6786 / 3872-6787
Site: www.mangueira.com.br

Raymondh Júnior


IMPERATRIZ LEOPOLDINENSE

Imperatriz Leopoldinense

Onze anos sem vitória, a escola de samba aposta em Jorge Amado

Onze anos sem vitória, a escola de samba aposta em Jorge Amado - 1 (© Divulgação)
Luiza Brunet na Imperatriz
HISTÓRIA

O Grêmio Recreativo Escola de Samba Imperatriz Leopoldinense nasceu no final dos anos 50 a partir da necessidade de fundar uma escola de samba na região à altura do Recreio de Ramos, berço de grandes nomes da música do país como Armando Marçal, Pixinguinha, Villa-Lobos, Heitor dos Prazeres, Bidê (Alcebíades Barcelos), Mano Décio da Viola, entre outros.

Por isso, Amaury Jório reuniu, em 1959, em sua própria casa diversos sambistas com o objetivo de tornar o sonho realidade. Então, com a ideia de juntar diversas outras agremiações que nasciam nas redondezas, Venâncio da Conceição sugeriu as cores verde e branco para a escola e Agenor Gomes Pereira, junto com sua madrinha de batismo, esboçaram o símbolo da nova escola de samba.

A Imperatriz Leopoldinense foi a primeira agremiação a ter um Departamento Cultural, que tinha como função colaborar com a confecção dos enredos e ajudar na educação de seus sócios. “Riquezas e Maravilhas do Brasil” foi o primeiro enredo vencedor da escola, ainda em 1961, mesmo ano em que, durante o comando de Antônio Carbonelli, a escola conquistou também sua sede oficial.

Foi em 1972 que a Imperatriz Leopoldinense conquistou uma visibilidade enorme perante todo o pais. Dias Gomes estava procurando uma escola de samba para ser o cenário principal da novela “Bandeira 2”, da Rede Globo, e encontrou na agremiação o local perfeito para as filmagens. Na ocasião, Grande Otelo representou Zé Catimba, compositor, fazendo com que o samba enredo "Martim Cererê” entrasse para a trilha sonora da trama.

Após anos não muito expressivos, o carnavalesco Arlindo Rodrigues foi contratado e os resultados começaram a surgir. Com “O que a Bahia Tem” e “O Teu Cabelo Não Nega” a escola de samba conquistou os títulos de 1980 e 1981, consagrando-se como uma das maiores do Rio de Janeiro.

A Imperatriz Leopoldinense voltou a vencer um desfile em 1989, quando escolheu homenagear os 100 anos da Proclamação da República. Algumas mudanças a partir deste ano, como a obrigatoriedade de atender as necessidades para uma boa nota nos quesitos, fizeram com que a escola fosse chamada de “a certinha de Ramos”.

Os anos seguintes também foram marcados por vitórias, sendo em 1994, 1995 e 1999. Já em 2000 e 2001 também foram muito bons para a escola, onde ela conseguiu chegar ao tricampeonato consecutivo.

Onze anos sem vitória, a escola de samba aposta em Jorge Amado - 1 (© Divulgação)
Imperatriz

CEM ANOS DE JORGE AMADO

“Jorge, Amado Jorge” é o enredo escolhido pela Imperatriz Leopoldinense para este Carnaval. Escritor baiano e um dos mais importantes do Brasil, Jorge Amado completaria 100 anos em 2012. A homenagem, mais do que justa, vem para contar toda a sua vida e obra.

Nascido em 1912, a vida de Jorge Amado começou na Bahia, momento contado no enredo em forma de tudo o que o escritor viu e ouviu quando criança. Oxalá, Senhor do Bonfim, Iemanja, as ruas e vielas, o acarajé e tudo mais o que Amado presenciou na fase em que conhecia a escrita.

Já no Rio de Janeiro, chega a fase do jovem escritor. A Imperatriz Leopoldinense traduz esse início, a fase a política, da malandragem e das mulheres. No mesmo momento, seu primeiro livro, “O País do Carnaval” e seus romances, sempre alfinetando a sociedade e mostrando uma Bahia para lá de apimentada.

Por fim, o que todo o povo brasileiro já conhece – ou deveria conhecer – de Jorge Amado. Um festival de “Gabriela Cravo e Canela”, “Tieta do Agreste”, “Dona Flor e seus Dois Maridos”, “Capitães de Areia”, “Tenda dos Milagres” e muitas outras obras que colocaram Jorge Amado num patamar acima em relação a outros bons escritores.

Onze anos sem vitória, a escola de samba aposta em Jorge Amado - 1 (© Divulgação)
Casal de Mestre Sala e Porta Bandeira da Imperatriz

FICHA TÉCNICA
Fundação: 6 de março de 1959
Títulos: 8 pelo Grupo Especial
Símbolo: Coroa
Cores: Verde-claro, branco e ouro
Presidente: Luiz Pacheco Drumond
Carnavalesco: Max Lopes
Puxador: Dominguinhos do Estácio
Mestre Sala e Porta Bandeira: Phelipe Lemos e Rafaela Theodoro
Rainha de Bateria: Luiza Brunet
Endereço: Rua Prof. Lacê, 235 – Ramos – Rio de Janeiro
Telefone: (21) 2560-8037
Site: www.imperatrizleopoldinense.com.br

Raymondh Júnior




BEIJA-FLOR DE NILÓPOLIS

Beija-Flor

Em busca de seu 13° título, a escola de samba de Nilópolis homenageia São Luís do Maranhão

Em busca de seu 13° título, a escola de samba de Nilópolis homenageia São Luís do Maranhão - 1 (© Divulgação)
Beija-Flor de Nilópolis

HISTÓRIA

Fundada no município de Nilópolis, Baixada Fluminense, em 1948, a Beija-Flor é uma das escolas de samba mais conhecidas do Brasil. Seus fundadores são Martje F., Milton de Oliveira (Negão da Cuíca), Edson Vieira Rodrigues (Edinho do Ferro Velho), Helles Ferreira da Silva, Mário Silva, Walter da Silva, Hamilton Floriano e José Fernandes da Silva.

Dona Eulália, mãe do Negão da Cuíca, foi a responsável pelo nome, inspirado no Rancho Beija-Flor, situado na região serrana do Rio de Janeiro. Já oficializada como bloco carnavalesco, a Beija-Flor conquistou sua primeira vitória em 1953 e fez seu primeiro desfile oficial em 1954 pelo segundo grupo, garantindo o título. Após sofrer dois rebaixamentos, foi em 1973 que a agremiação garantiu um vice-campeonato e voltou para a divisão principal.

Sem dúvidas, a história da Beija-Flor pode ser dividida entre antes e depois de Joãosinho Trinta, um dos maiores carnavalescos da história. Seu primeiro desfile como diretor da escola aconteceu em 1976, com um enredo falando sobre o jogo do bicho.

Considerado responsável por desfiles luxuosos, Joãosinho Trinta também causou muita polêmica em seus carnavais. O primeiro aconteceu em 1989, quando uma réplica do Cristo Redentor foi colocada na Marquês de Sapucaí e foi proibida de desfilar. Em 1992 o problema foi ainda maior. Um casal desfilou completamente nu e o diretor da Beija-Flor acabou sendo levado à delegacia para se explicar.

Com a saída do carnavalesco, Maria Augusta e Milton Cunha ficaram com o cargo, mas deixaram o lugar vago rapidamente. Após a criação de uma comissão, no ano de 1998, a escola de samba finalmente voltou a ganhar, desta vez empatada com a Mangueira.
Os bons anos da agremiação vieram seguidos de uma complicação ainda maior. Após vencer o Carnaval do Rio de Janeiro de 2007, durante a Operação Hurricane, a Polícia Federal prendeu Anísio Abraão David, patrono da Beija-Flor, e apreendeu muito dinheiro, supostamente direcionado para comprar jurados dos desfiles das escolas de samba carioca. Depois de uma CPI na Câmara Municipal da cidade do Rio de Janeiro, nenhuma denúncia foi comprovada e o caso foi arquivado.

Ao todo, a Beija-Flor conquistou 12 títulos, nos anos de 1976, 1977, 1978, 1980, 1983, 1998, 2003, 2004, 2005, 2007, 2008 e 2011. Em sua última vitória, a agremiação homenageou o cantor Roberto Carlos e, usando muito o seu azul e branco – que coincidentemente são as cores favoritas do músico – conseguiu levá-lo para a Marquês de Sapucaí.

Em busca de seu 13° título, a escola de samba de Nilópolis homenageia São Luís do Maranhão - 1 (© Divulgação)

SÃO LUÍS DO MARANHÃO

“São Luís – O Poema Encantado do Maranhão” é o enredo de 2012, onde a escola de samba vai contar um pouco sobre a história e belezas da região. A agremiação vai colocar na Sapucaí toda a história da capital do Maranhão, começando por suas belezas naturais, tribos e guerreiros que ali viviam antes da chegada dos europeus.

Fundada pela França, São Luís ainda passou pela invasão da Holanda e a colonização de Portugal. Essa fase está presente no enredo para mostrar o desmatamento, a escravidão e todos os problemas que chegaram junto com o homem branco.

A evolução da cidade, locais históricos e pontos turísticos também estão presentes no enredo traduzido em carros alegóricos e fantasias. Por fim, a Beija-Flor homenageia os grandes nomes de São Luís do Maranhão, como Alcione, Zeca Baleiro, Rita Ribeiro, Golçalves Dias, Ferreira Gullar e Josué Montelo.

Em busca de seu 13° título, a escola de samba de Nilópolis homenageia São Luís do Maranhão - 1 (© Divulgação)

FICHA TÉCNICA
Fundação: 25 de dezembro de 1948
Títulos: 12 pelo Grupo Especial
Símbolo: Beija-flor
Cores: Azul e branco
Presidente: Nelson Alexandre Sennas David (Nelsinho)
Carnavalesco: Fran-Sérgio, Ubiratan Silva, Victor Santos e André Cezari
Puxador: Neguinho da Beija-Flor
Mestre Sala e Porta Bandeira: Claudinho e Selmynha Sorrizo
Rainha de Bateria: Raíssa de Oliveira
Endereço: Rua Pracinha Paes Leme, 1025 – Nilópolis – Rio de Janeiro
Telefone: (21) 2691-1571 / 2791-2866
Site: www.beija-flor.com.br

Raymondh Júnior