Acadêmicos do Grande Rio
Sem títulos no Grupo Especial, Grande Rio fala de superação
Grande Rio |
HISTÓRIA
A história da Acadêmicos do Grande Rio vem desde os anos 50, apesar de ter nascido oficialmente apenas em 1971. A escola de samba Cartolinhas de Caxias já participava do Grupo de Elite na época e era muito respeitada no Rio de Janeiro. Seu último desfile aconteceu na década de 70, quando os dirigentes se uniram aos da União do Centenário, do Capricho do Centenário e da Unidos da Vila Luiz e fundaram o Grêmio Recreativo Escola de Samba Grande Rio.
Em 1988 houve mais uma fusão, desta vez com a Acadêmicos de Caxias. Já em sua estreia venceu e seguiu para o Grupo de Acesso A. Durante os anos 90 a agremiação obteve bons e maus resultados, mas conseguiu chegar à principal categoria do Carnaval e se firmou como a escola queridinha das estrelas.
Estreante no Grupo Especial em 1991, a Grande Rio levou para a Sapucaí um enredo que falava sobre a criação da vida. Entre os artistas e personalidades que desfilaram pela escola estavam Carla Marins, Wolf Maya, Lu Mendonça, Solange Couto, Sônia Lima e Wagner Montes.
Uma polêmica marcou o Carnaval de 1994 para a agremiação. Ao contar a história da Umbanda pela visão de Zé Pilintra e prometer diversos carros alegóricos luxuosos com artistas por todas as partes, uma denúncia abalou a estrutura da escola. Poucos dias antes do desfile houve uma vistoria no barracão com o objetivo de verificar se imagens eclesiásticas e sacras seriam ou não colocadas na avenida. A Grande Rio evitou maiores problemas, cumpriu o mandato de apreensão e retirou os terços que seriam usados na ala das baianas.
Em 1998, cantando um samba enredo bem popular, a Grande Rio falou sobre o centenário do nascimento de Luiz Carlos Prestes. Apesar do belo desfile, a agremiação recebeu muitas críticas por colocar uma musas do movimento Sem Terra, Débora Rodrigues, como um dos destaques de seus carros, o que causou insatisfação da própria família do ex-líder comunista.
Joãosinho Trinta foi para a escola e deixou sua marca pelo seu desfile de 2001. O enredo contou a história de José Datrino, um ex-empresário de Niterói que, ao saber do incêndio em um circo em sua cidade com cerca de 500 mortos, acabou ficando louco e se tornou um personagem popular do Rio de Janeiro. Mais conhecido como Profeta Gentileza, ele abandonou todo o seu dinheiro e passou a falar de gentileza pelas ruas cariosas, tornando-se um mito e o homenageado da Grande Rio.
Naquele ano, apesar do tema que conquistou o público, um homem voador utilizando um foguete portátil de quase R$ 300 mil e a presença de celebridades como Miguel Falabella e Christiane Torloni, a escola ultrapassou o número de carros alegóricos permitidos e acabou perdendo pontos.
Outra grande polêmica sofrida pela Grande Rio aconteceu em 2004, quando, por decisão judicial, dois de seus carros foram censurados. Ao falar sobre sexo, a escola apresentou uma ala homenageando o movimento GLBT, carros sobre os prazeres da vida noturna, Aids, entre outras referências. O tema complexo e bem delicado fez com que Joãosinho Trinta fosse demitido mesmo antes de as notas serem divulgadas.
A Grande Rio foi a escola que mais sofreu com o incêndio acontecido na Cidade do Samba em 2011. A agremiação perdeu todas as quatro mil fantasias e teve um prejuízo de cerca de R$ 10 milhões. Desfilando como hours concours, por não ter como dar notas para o seu desfile, ela mostrou superação e arrancou muitos aplausos do público durante a sua passagem pela Sapucaí. Com o problema, não houve descenso e em 2012 serão 13 escolas desfilando na avenida.
Casal de Mestre Sala e Porta Bandeira Grande Rio |
SUPERAÇÃO
A Grande Rio vem para o Carnaval mostrando toda sua força e superação. Recuperada do incêndio ocorrido em 20111, os carnavalescos escolheram o enredo “Eu Acredito em Você! E Você?” para falar de fé, garra e a importância de confiar não só em si mesmo, mas também no próximo.
Deus é um ponto forte do enredo, bem como a força da fé para enfrentar problemas e afastar as tempestades. A superação é evidenciada pela perda de um grande amor, a falta de saúde, o vício e o preconceito, todos resolvidos ou deixados para trás quando se consegue vencer o medo.
A agremiação mostra em seu enredo a luta diária de “Marias”, “Joaquins” e “Silvas” que lutam diariamente por uma vida melhor. Cidadãos brasileiros que constroem suas vidas tijolo por tijolo, lágrima por lágrima, sem perder o ânimo e a esperança. Atletas também são homenageados com o tema, pois precisam sempre superar seus resultados, almejar novos desafios e, assim, conquistar novas disputas.
FICHA TÉCNICA
Fundação: 22 de março de 1988
Títulos: 1 pelo Grupo de Acesso
Símbolo: Coroa
Cores: Vermelho, verde e branco
Presidente: Hélio Ribeiro de Oliveira
Carnavalesco: Cahê Rodrigues
Puxador: Wantuir
Mestre Sala e Porta Bandeira: Luís Felipe e Squel
Rainha de Bateria: Ana Furtado
Endereço: Rua Almirante Barroso, 5 e 6 - Duque de Caxias – Rio de Janeiro
Telefone: (21) 2671-3585
Site: www.academicosdogranderio.com.br
Títulos: 1 pelo Grupo de Acesso
Símbolo: Coroa
Cores: Vermelho, verde e branco
Presidente: Hélio Ribeiro de Oliveira
Carnavalesco: Cahê Rodrigues
Puxador: Wantuir
Mestre Sala e Porta Bandeira: Luís Felipe e Squel
Rainha de Bateria: Ana Furtado
Endereço: Rua Almirante Barroso, 5 e 6 - Duque de Caxias – Rio de Janeiro
Telefone: (21) 2671-3585
Site: www.academicosdogranderio.com.br
Raymondh Júnior
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