Mendigos da Beija-Flor |
Homenagem a Joãosinho Trinta terá reedição do carro alegórico 'Cristo Mendigo'. Enredo é sobre São Luís do Maranhão, cidade natal do carnavalesco
Em 1989, o carnavalesco Joãosinho Trinta fez o desfile mais marcante de toda a sua carreira, com Ratos e urubus, larguem a minha fantasia, pela Beija-Flor. Para homenageá-lo, a escola de Nilópolis vai resgatar a magia daquele carnaval, reeditando a inesquecível ala dos mendigos. Nos versos do samba-enredo, a síntese da grande sacada de João: "Sou na vida um mendigo / da folia eu sou rei".
Joãosinho Trinta assinou os desfiles da Beija-Flor de 1976 a 1992 e deu à escola cinco campeonatos, incluindo o seu primeiro tricampeonato (1976/77/78). Antes mesmo da morte do carnavalesco, no último mês de dezembro, já estava previsto que ele desfilaria no último carro. Este ano, o enredo da escola é São Luís - O poema encantado do Maranhão, e fala sobre a cidade natal de João.
De volta à Beija-Flor de Nilópolis, o diretor teatral Hilton Castro, maranhense como Joãosinho, foi escalado para selecionar e treinar 200 pessoas, que viriam no último carro - uma réplica do Cristo Mendigo, que desfilou coberto na Marquês de Sapucaí após polêmica com a Igreja Católica. O primeiro encontro aconteceu essa semana, na noite de terça-feira, e reuniu 100 candidatos na quadra da Flor da Mina do Andaraí, no bairro do Santo Cristo. Para surpresa dos 500 inscritos que sonham reviver um dos capítulos mais importantes da história do carnaval carioca, a direção da Beija-Flor manifestou o desejo de aprovar todos.
"A ideia inicial era que fossem selecionados 200 componentes para o carro. Mas o Laíla gostou tanto do que assistiu aqui, que, antes de ir embora, me chamou e disse que vai fazer de tudo para levar 500 mendigos para a Avenida. Se acontecer isso, além da alegoria do Cristo, a homenagem a Joãosinho Trinta será estendida também a uma ala", comemorou Hilton Castro.
O diretor teatral comandou uma perfomance de 15 minutos, na qual os candidatos improvisavam uma interpretação de mendigo. Hilton Castro explicou que, entre os “mendigos”, havia dez assistentes dele, para avaliar o desempenho dos componentes. Ele explicou que a seleção continuará acontecendo nos ensaios de quadra, em Nilópolis, às quintas-feiras.
Joãosinho Trinta assinou os desfiles da Beija-Flor de 1976 a 1992 e deu à escola cinco campeonatos, incluindo o seu primeiro tricampeonato (1976/77/78). Antes mesmo da morte do carnavalesco, no último mês de dezembro, já estava previsto que ele desfilaria no último carro. Este ano, o enredo da escola é São Luís - O poema encantado do Maranhão, e fala sobre a cidade natal de João.
De volta à Beija-Flor de Nilópolis, o diretor teatral Hilton Castro, maranhense como Joãosinho, foi escalado para selecionar e treinar 200 pessoas, que viriam no último carro - uma réplica do Cristo Mendigo, que desfilou coberto na Marquês de Sapucaí após polêmica com a Igreja Católica. O primeiro encontro aconteceu essa semana, na noite de terça-feira, e reuniu 100 candidatos na quadra da Flor da Mina do Andaraí, no bairro do Santo Cristo. Para surpresa dos 500 inscritos que sonham reviver um dos capítulos mais importantes da história do carnaval carioca, a direção da Beija-Flor manifestou o desejo de aprovar todos.
"A ideia inicial era que fossem selecionados 200 componentes para o carro. Mas o Laíla gostou tanto do que assistiu aqui, que, antes de ir embora, me chamou e disse que vai fazer de tudo para levar 500 mendigos para a Avenida. Se acontecer isso, além da alegoria do Cristo, a homenagem a Joãosinho Trinta será estendida também a uma ala", comemorou Hilton Castro.
O diretor teatral comandou uma perfomance de 15 minutos, na qual os candidatos improvisavam uma interpretação de mendigo. Hilton Castro explicou que, entre os “mendigos”, havia dez assistentes dele, para avaliar o desempenho dos componentes. Ele explicou que a seleção continuará acontecendo nos ensaios de quadra, em Nilópolis, às quintas-feiras.
Beija-Flor e a Composição Teatral |
Os próprios foram responsáveis por elaborar seus figurinos, com direito a roupas rasgadas, peruca e até garrafa de cachaça. Um deles era Roberto de Mello Ferreira, 56 anos, que também estava na ala original, em 1989. "Fiz um laboratório com um mendigo que mora na minha rua. Ele está sempre com uma garrafa de cachaça. Como não bebo, vou desfilar tomando água de coco", conta.
Ferreira lembra que Joãsinho Trinta era exigente com os mínimos detalhes, ao ponto de chamar a atenção de um a um dos componentes da ala dos mendigos. "Parece que foi hoje. Ele mandava tirar cordão, pulseira, relógio... Dizia que nunca viu mendigo de relógio", lembra o componente, aos risos.
Outra integrante original da ala, a artista plástica Suely Sanz, 46 anos, também carrega na lembrança as memórias daquele desfile. "No Desfile da Campeãs, abiraram os portões e todo mundo entrou. Tiveram até mendigos de verdade, que se juntaram à ala. Naquele ano, o Joãosinho Trinta mexeu com os brios da classe média. Ele metia as caras, independente da crítica ou do resultado", conta .
Ferreira lembra que Joãsinho Trinta era exigente com os mínimos detalhes, ao ponto de chamar a atenção de um a um dos componentes da ala dos mendigos. "Parece que foi hoje. Ele mandava tirar cordão, pulseira, relógio... Dizia que nunca viu mendigo de relógio", lembra o componente, aos risos.
Outra integrante original da ala, a artista plástica Suely Sanz, 46 anos, também carrega na lembrança as memórias daquele desfile. "No Desfile da Campeãs, abiraram os portões e todo mundo entrou. Tiveram até mendigos de verdade, que se juntaram à ala. Naquele ano, o Joãosinho Trinta mexeu com os brios da classe média. Ele metia as caras, independente da crítica ou do resultado", conta .
Raymondh Júnior
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