Comunidade da Mocidade |
- A escola se preparou para este ensaio. Já fizemos três ensaios técnicos com todos os segmentos em Padre Miguel visando esse ensaio na Sapucaí. A função desse ensaio é apenas uma: observar e reparar os erros. Tem muita gente que pensa que a gente deve ser perfeito no ensaio. Neste momento, a gente procura observar e consertar os erros para o desfile principal. A escola está preocupada com todos os quesitos. Por isso, reforçamos diversos setores. Estamos preparando todos os quesitos para tirar a nota máxima na quarta-feira de cinzas. O samba relembra os grandes carnavais da Mocidade. Acho que vai funcionar no dia do desfile oficial - afirmou o presidente Paulo Vianna.
A bateria veio com um andamento diferente dos últimos anos. Detalhe que o número de ritmistas presentes era pequeno. Andrezinho, um dos coordenadores dos ritmistas, elogiou o andamento e a performance da bateria. - Gostei do ensaio. Acho que o fato da bateria ter tocado nesse andamento deve-se muito ao mestre Odilon, que martelava isso na nossa cabeça. Esse é o andamento da Mocidade. Esse era o nosso propósito. Hoje fizemos bossas de 90, 91 e 92, foi uma forma de prestarmos homenagem e desestressarmos um pouquinho. Estamos trabalhando duro e esperamos ter agradado a todos - explicou Andrezinho.
Porém, o andamento deixou a percepção de que o ensaio estava arrastado, embora, o samba tenha funcionado para os componentes. Quando conseguiam ouvir o carro de som, eles cantavam com força e alegria. Vale ressaltar que o carro de som falhou por diversas vezes, mas o intérprete Luizinho Andanças, um dos melhores do carnaval carioca, conseguiu sustentar muito bem o samba-enredo.
No fim do ensaio, mestre Beréco afirmou ter ficado feliz com a atuação da Mocidade e da bateria. - Ver a alegria dos ritmistas ao final do desfile é muito bom. Depois de alguns meses de trabalho, nós conseguimos imprimir um andamento bem característico da Mocidade. Quando o samba é bom e a bateria está enquadrada nesse contexto, a tendência é a escola subir de rendimento. Estamos precisando de uma boa colocação. Tivemos uma conversa lá e resolvemos preservar as bossas. Se fizermos antes vai perder a graça, mas não deixamos de brindar o público com outras bossas.
Contratações para 2012 já dão sinal de sucesso
A comissão de frente, comandada por Renato Vieira, que faz sua estreia na escola, foi muito bem. O grupo realizou diversos movimentos coreográficos, mas nenhum oficial. - A coreografia está pronta. Estamos ensaiando há dois meses, durante todos os dias da semana. A coreografia tem muita coisa no chão, muito movimento. Eu queria apresentar alguns elementos hoje, mas a escola preferiu manter o segredo. Na Grande Rio, eu mostrava parte da coreografia, até para testar e ver o que podia funcionar. A Mocidade pediu para não mostrar para não estragar a surpresa. Apresentamos uma outra coreografia, baseada no conceito do enredo - contou o coreógrafo.
Sempre perfeitos, o casal de mestre-sala e porta-bandeira, Robson e Ana Paula, passou com brilhantismo pela Avenida. Com a bandeira sempre esticada, ela bailou pela pista e foi cortejada com perfeição pelo parceiro. No fim de cada apresentação, um beijo na boca selava a exibição. Melhor é impossível. - Foi ótimo. Vamos começar e ensaiar agora seis vezes por semana. Acho que a Mocidade mostrou que está pronta para voltar a figurar entre as primeiras colocadas. Não fizemos a coreografia oficial. Nos ensaios técnicos, nós deixamos a emoção ditar a nossa dança. Acho que essa é a melhor maneira de agradar ao público. Estive conversando com meu amigo Marquinho (mestre-sala da Tijuca) e concordamos que o vento agora é mais forte, mas acho que não é o suficiente para atrapalhar. O segredo é ter atenção e estar sempre precavida para não ser surpreendida - disse Ana Paula.
Quem deve comemorar são os compositores do samba de 2012. A obra está na boca do componente da Mocidade. Para facilitar na evolução e no entendimento do enredo, a Mocidade optou por levar tripés. Na Evolução, a escola conseguiu preencher todos os espaços da pista, mas os componentes ficaram presos nos seus lugares, faltando vibração. A primeira ala, atrás do casal de mestre-sala e porta-bandeira, era formada por jovens, que só faziam coreografia e nem cantavam o samba. O canto era bom nas demais, mas continuou faltando alegria e emoção para o independente, que precisa voltar a desfilar no sábado das campeãs, visando o processo de reconstrução e a volta para o hall das potências do carnaval.
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