LIESA |
Presidente da Liga Independente das Escolas de Samba do Rio de Janeiro (Liesa), Jorge Castanheira negou, nesse domingo, que existam irregularidades no caixa da instituição.
— Isso não existe, rechaço essa afirmação de pronto. Isso é leviandade. Temos que ver o que está errado, a Liesa não tem nenhuma movimentação suspeita. Isso eu posso garantir — afirmou Castanheira, em entrevista à rádio CBN.
Como o Jornal O GLOBO noticiou em sua edição de domingo, a Justiça Federal quebrou o sigilo bancário e fiscal da Liesa e de seis escolas de samba, suspeitas de lavarem dinheiro do lucro do jogo do bicho e da exploração de caça-níqueis. O monitoramento das contas da Liesa contabilizou R$ 35 milhões sem origem comprovada.
Castanheira disse, no entanto, não ter recebido qualquer notificação da Justiça Federal.
A contravenção no Rio tem sido alvo de sucessivas operações da polícia. Ontem também, o delegado Glaudiston Lessa, da Corregedoria da Polícia Civil, informou que equipes estão tentando prender bicheiros foragidos, a partir de informações passadas pelo Disque-Denúncia (2253-1177). Eles são acusados de montar um esquema para explorar o jogo com o uso da tecnologia, recebendo apostas por meio de miniterminais. Para combater esse esquema, foi deflagrada em dezembro a Operação Dedo de Deus.
— É um trabalho minucioso, de inteligência. É confortante saber que a população está empenhada em ajudar no esclarecimento do caso — disse o delegado.
Entre os procurados, estão Luiz Pacheco Drummond, Hélio de Oliveira e o ex-prefeito de Teresópolis Mário Tricano. Yuri Reis, filho Jaider Soares, presidente de honra da Grande Rio, também está sendo procurado.
O Disque-Denúncia oferece uma recompensa de R$ 5 mil por informações que levem à prisão dos acusados.
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